Revista Do Ensino 1930 - Maio v5 n 45

56 REVISTA DO ENSINO Nesses pequenos ex~rcicios dos alumnos, elles vão des– envolvendo a responsabilidade, a iniciativa, a confiança em si, a lealdade, cortezia, respeito á personalidade alheia, etc. Nestas condições, o alumno se interessará muito mais pela escol_a, que não póde ser sep~i:ada do lar, fará tu?o c?m conscienc1a, ao passo que os exerc1c1os para casa, como mfehz– mt?nte se vê ainda hoje, nada interessam ás creanças que, con• trariadas, os levam par~ fazer em casa quando f<!-zem, pois miu– tas vezes pedem aos parentes fazerem, alhe1ando-se a esse flagello, conforme consi?eram, e cultivando em si, em vez das virtudes sociaes, a mentira e a deslealdade. EuLINA JovIANo oos SANTOS Si este professor tiver em vista um fim educativo, sa– bendo tirar proveito dessas opportunidades para ministrar conhecimentos, penso que age bem e de accordo com a mo– derna Pedagogia. A escola activa implica autonomia do escolar e essas commissões confiadas ao alumno, a auxiliam, porque a crean– ça sente a responsabilidade do que faz e isto lhe desperta 0 interesse, induzindo-a a desempenhai-as o mais galhardamente possível. ti ? ca. Não tem a creança de agir, independente, na vida pra- Acostumal-a, pois na escola é cultivar a sua iniciativa. Para o ensino innumeras opportunidades se offerecem. Num recado, por exemplo, ha ensejo para que a crean- ça aprenda a se exprimir numa linguagem clara, correcta e tambem cortez. (Entra ahi o ensino da Língua Patria e Instrucção Mo- ral) . O acto de fazer uma compra desenvolve a iniciativa, a linguagem e offcrece optima occasião para toda classe fazer uma serie de pr oblemas. E' uma situação r eal e os problemas assim surgidos terão o subido valor de serem actuaes. A propria creança que fez a compra dará aos collegas os dados do problema. Que interesse despertará e com que prazer será resolvido ! Zelar pelos collegas meonr es, penso ser proveitoso, attendendo-se ao valor educativo que tem.

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