Revista Do Ensino 1930 - Maio v5 n 45

28 REVISTA DO ENSINO quando uma arvore está em plena fronde e ô crescimento da estação foi praticamente acabado, o alimentp se move para fóra dos ramos menores para os ramos maiores e para o tronco· Na primavera, quando as folhas·e flores se estão desenvolven– do, o alimento está sendo utilizado nos renovos, e a direcção do movimento dos materiaes de alimentação é invertido. O tecido mechanico é completado pelas cellulas cylindri– cas ou fusiformes de paredes muito pesadas. Com effeito, as paredes na maturidade podem ser tão espessas que tornem . _as cellulas quasi solidas. A cellulose ordinaria não é muito r1Ja, mas as paredes do tecido mechanico são endurecidas e engros– sadas pelo deposito de uma substancia chamada lignun. A dif– ferença entre as madeiras duras e macias é pela maior parte devida ao engrossamento das paredes das cellulas mecha~lic~s_; em sr.gundo logar, ás ,mudanças nas proprias paredes (hgmf 1-. cação). 1 O tecido mechanico é encontrado tanto na parte condu– ctora de agua como na parte conductora de alimento do feixe. Na p::.rte conductora de alimento elle fica fóra do tecido condu– ctor de alimento, e é realizado por longas cellulas fusiformes, excessivamente delgadas, quasi solidas. Essas cellulas são cha– madas fibras filamentosas, e o tecido elaborado por ellas é cha– mado a filaça. A filaça pode ser vista nas fibras filamentosas na vinha ou na casca das arvores. São as fibras filamentosas do linho, do canhamo, da juta e de outras plantas dicotyledo– neas que são utilizadas na manufactura dos fios e das cordas· As cellulas de tecido mechaníco na parte conductora de agua do feixe são algumas vezes mais curtas e mais grossas do que as fibras filamentosas. Ellas são conhecidas como fibras lenhosa e elaboram o que se chama propriamente o lenho, embora em muitas dicotyledoneas as fibras lenhosas estejam mistu~adas_com os v_asos, conductores de agua, e em toda a parte mter10r do feixe e conhecida como lenho. Nas plantas lenhosas este tecido mechanico apparece abundantemente e for– ma o grosso do caule. A madeira obtida das arvores dicotyledo– neas é derivada das partes interiores do feixe e é produzida pe– las fibras lenhosas e pelos tecidos conductores de agua. O r.ambium é uma camada de tecido molle entre os dois tecidos do feixe. E' o principaf tecido do crescimento do caule dicotyledoneo. O crescimento se opera nella mediante a divisão longitudinal das cellulas. Na sua face interna as cellulas da ca– mada de cambium se transformam em cellulas conductoras de

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