Revista Do Ensino 1930 - Maio v5 n 45

l4 REVISTA DO ENSINO Ora, esse trabalho é absurdo. Não se querem for jar car– tographos na escóla. A escola primaria não póde t er essa aspi– ração. O que se quer, com tal processo, já o deixamos assigna– lado: fixar na memoria certas formas, situar bem cert os acci– dentes, factos e phenomenos geographicos., e comprehender um mappa. COMO AGIR Se o fim é apenas esse, tanto se pode alcançal-o, com um mappa em que se levem dez annos, como dez minutos. Um esboço rapido, que dê uma idéa da reg~ão, alguns traços desi– gnativos da direcção dos principaes rios e montanhas poderá alcançar o mesmo objectivo que um mappa perfeito e primoro– so, que occupa horas e horas dos alumnos. UM CRIME Vejam esta lição de Proença, no seu estimado livro "Como se ensina geographia". "Tem-se comprehendido mal a cartographia. Umas ve– zes transforma-se o exercicio de intelligencia em trahaiho de paciencia e habilidade. Temos visto em exposições es.colares , trabalhos tão caprichados e perfeitos que não os diríamos obra manual. Obrigar o alumno a fazer isto é um crime. São dias e dias perdidos, horas de esforço physico gasto inutilmente".

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