Revista Do Ensino 1930 - Maio v5 n 45

REVISTA DO EN SINO um endereço, ao qual poderiam se dirigir pedindo material, o que serviu para lhes proporcionar um bom exercicio em co1-i:es– pondencia. Depois de terminado o estudo sobre a Asia, apresentá– mos aos alumnos este problema: "Como pode1·emos organizar o nosso material, de maneira que seja da maior utilidade tanto para nós como para a classe seguinte?" A maioria da classe era de parecer que se reunisse o material em forma de. livro. Dividi a classe em tres grupos, incumbindo ~ada grupo: de um dos importantes paizes, China, Japão, lndia. os ·paizes menores ficaram por conta de um alumno, como traball!o addi-· cional. A cada grÚpo destinámos um Jogar especial de ·'traba– lho, elegendo cada um o seu presidente e procedendo ao deli- · neamento do seu programma. Os topicos a serem estudados fo- ·· ram devidamente discutidos e distribuidos entre os diversos membro.s grupaes, sendo o material distribuido aos competen– tes grupos . Assim se desenvolveu tanto o .espirito de cooperação como o de emulação. Procedeu-se a um inventario do material existente e a uma investigação no intuito de obter os dados mais importantes que ainda faltavam . Os trabalhos eram pre– parados e escriptos tanto nos periodos de aula como fóra da aula, effectuando-se as reuniões nas horas regulares de. aula, occasião essa em que se distribuíam entre os differenles alu– mnos, os trabalhos de escrever, collar, desenhar mappa!l,_etc., e liam-se e discutiam-se os trabalhos apresentados. O meu traba– lho consistia em passar de grupo em grupo, dando sug~_estões e - observando o trabalho. Depois de lidoh e discutidos Iià' aula, os ' trabalhos passavam para o presidente que por sua vez m'os en– tregava para serem corrigidos. Depois de devolvidos, os traba– lhos eram dêvidamente copiados nas respectivas folhas de papel. . Entravam em discussão, para decisão formal, problemas taes como o desenho da capa, a introducção, o indice, a lista de illustrações, appendice, etc. Foram examinados varios livros– no intuito de se determinar a melhor disposição a dar- ao· mate– rial. Esse trabalho era feito, pela maior parte, por éomités no– meados pelos presidentes dos varios grupos, tarefa essa em que se aproveitavam os alumnos mais adeantados e vivos dos diver– sos grupos. Não esperava eu obter um trabalho perfeito, visando antes obter o melhor e o maior esforço segundo a capacidade de cada alumno. Não se admittia no livro trabalho algum que não fosse approvado pelo grupo -ou pela classe toda. Muitas ve– zes O alumno era convidado a preparar ~e novo o se~ trabalh!J, R. E. -2

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