Revista Do Ensino 1930 - Abril v5 nº 44

REVISTA DO ENSINO E a outira -côr da bandeira, qual é, Renoto? A. Aimarella. P. Côr de que mesmo? Aqui lhes m-0stro no meu reloginho. A. Côr de ouro. P . A côr de ouro da bandeira lembra riqueza, que ha tanta, es– -condida em nossas terras, á es_pe– ra do esforço, da coragem e da instrucção. Mais outra côr ,ahi está, a azul, côr ide que, Lourdes? A. Côr do céo. P. E que existe ,nesse azul? A. Vinte e uma estrellas que representam os Estad-0s do Bra– sil. P. Ainda ha esta faixa branca, Que corta o circulo azul da ban– deira. Que é o que está escri pio nella? A. Ordem e Progresso. P. Qual de vocês quer hastear a Bandeira? Vem hasteal-a, Al– fredo, emquanto os outros canta– rão o Hy.mno Nadonal. - .Agora venha urrn de vocês recirtar o Hy~ runo á Sandeira, como saudação a ella. 5. • O Juiz de direito P. Hontem vei-0 visitar a esco– la o dr . Alvaro Alencar. Fica– ram conhecendo-o? ~: Fica11;10s, sim, senh-0ra. E' o JUIZ de direito da comarca P · As.~im_ eu o apresentei. E porque Ja hve occasiã-0 de expli– car-lhes o que é comarca vou falar apenas no juiz. E' ;Ue a primeira auctoridade da comar– ~a, .'° principal >distribuidor da Justiça. Eu explico melhor: si, por exemplo, uma pessoa é presa sem ter ~dto crime algum e está na ca~eia, Porque o delegado 9u_er vingar-se, ella recorre ao Juiz de ~ireito, Que de accordo com a lei_ manda S-Oltal-a . A. Entao, o juiz vale mais do que o delegado. P. Quesm vale mais é pro,pria– mente a lei. O juiz apenas a cum– priu . Outro caso: si Antonio quer fi. car á .força com um terreno que Pt:rlence a José, este recorre ao Juiz, trata da questão e :pr-0va que o terreno é seu. O juiz lhe dá sen1ença favoravel e está acaba– da a questão, ainda que seja pre– ciso em.pregar ,força para execu– tar a sentença. A lei garante o direito de ,propriedade. Ninguem póde tomar a casa de seu dono, não acham acertado? A. Achamos muito certo. P. V-0cês assistiram á sessão do jury. O juiz de ,direito a presi– diu, dirigindo os trabalhos e np– plicando a ipena de confor.midade com a lei. - Já visitei com vocês, nesta cidade, a casa onde o juiz trabalha, aquelle grande :predio que fica n a rua Direita. Alguem se lembra do nome dclle? A. E' 0 Forum, lemhrrum-0-nos muito . P . Pois, naquella casa -traba– lham o juiz de direito e ou-tros empregados da justiça. O nome delles .todos parece com -0 nome da casa: é o fôro. Escrevam no quadro e leiam as duas palavras. A. Forum, fôro. . P. O juiz -de •direito precisa de ser <homem illustrado, indepen– dente e justo. Qualquer não serve para juiz, nem mesmo sendo f~r– mado. Juiz é como o nosso: nno tem vidos, estuda sempre, não en tra em ipolitica, é Jereno e ponderado, todos lhe tee_m res– peito. Ainda ha poucos dia~ elle cleu sentença contra um amigo e de noite foi visitai-o. Tod~ o mundv sabe que elle é a Justiça personificada . A. Esse é o dr . Alencar? P. Elle mesmo, a quem vocês todos devem respeitar• Além de que elle tem amizade á es~ola, rec~nhece -0 valor della e ª P1Jli– tlgia com a sua auctoridnde • Aj.. Juiz assim garante a todos. gum de vocês quer escrever no .)

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