Revista Do Ensino 1930 - Abril v5 nº 44

) .. REVISTA DO ENS I NO 91 Oh! é conveniente entrar sem d~mor a na vida social, quando o meni no ou o joven pretende con– quistar o mundo ! O sentiment"O de admiração, que ahi se exerce, ex.pande-lhe o ser, projecta longe o seu pensamento, -deixa-lhe r e– cordações a,praziveis. E' aquelle h omem eminente que conheceu, aquella menina formosa que ad– mirou, aquella velhi nha intelli– gente que tra_tou com respeito, aquelle incansavel operario satis– feito com a sua sor te. Exprime uma ver dade e&te pensamento de Goethe: "Só a humanidade i ntei– r a é o ver dadei ro homem ; .o i ndi– vi,duo, para ser feliz e con tente, deve ter a coragem de sentir-se parte desse t odo". Inicia da -na socialização, j á a cultura civica da classe se torna rcnliz:ivel . Ella discutiu e a,ppro– vou o estatuto de seu club: fez trabalho do poder legislativo. Elegeu a directoria : r ealizou com isso uma eleição. O presidente qu·e escolheu é -0 chefe do iJ)Oder executivo . A pena que imipoz a um dos socios, depois de julgar o seu ,procedimen to, l embra o poder judic iaria . O programma official de in– strucção civica está elabor ado de molde a or ien.tar bem as aulas respectivas. As Normas ciuicas, que elle contém, constituem p ar a as creanças os dez mand amentos do pàtriotismo. Vou apresentar-vos em lres li– ções r esumidas, a ionterpretação de outros tantos p ontos do pro– gr aimma, que _são os s~g~intes : .ª Bandeira Nac10nal, o JUIZ de di– r eito, a historia de tres leis. ~ stá claro que taes aulas p resup p oem a necessaria e.oordenaçã? . ante– rior, o preparo de e~ 1nto dos alumnos e a oppor tumdade que se oHer ece . Não se compr~hen~e, mó rmente no curso IJ)rtmario, uma serie de aulas desconn~xas, que fragmentam o centr o de rnte– resse do dia lectivo. Torno a dizer-vos que o ensino é uma construcção, e não um m-0nte de materiaes . Equivalem, portanto, a simples suggestões as aulas que se seguem. 4. A Bandeira Nacional J>. Como se chama esta ·bandei- ra? A . Bandeira Naci-Onal. P . A que IJ)aiz ella ,pertence? A. Ao Brasil . P . Para que ser ve a bandeira, Dulce? A. A bandeira representa o Brasil, a nossa Patria . P . E os outros p aizes tamhe-m possuem b andeira, Floriano? A. Todos os paizes ipossuem. P. Seria talvez inter essante fa– zer uma collecção de bandeiri– nhas, cada qual de um ,paiz . Mas, vamos descr ever a nossa, que aqui se acha deante de vocês . Qual a côr que occupa maior es– paço na Bandeira Brasileira? A . E' a côr ver de . IP. Lembra o que, essa côr? A. A côr das arvor es. - A côr dos campos. A côr das matas. P. O verde é a côr da vegeta– çã-0 que cobre a terr a e deve ca– bril-a . A terra brasileira está pe– à indo essa côr, o verde dos ce– reaes, o verde dos p omar es, o v~r– de dos p astos, o verde dos quin– laes, 0 verde .de todas as jplanta– ções. No dia em que esse ve_rde produzido pelo trabalho co~n: a maior parte da terra bras1lell'a, n esse dia o Brasil terá fartur_a e poderá alimentar outros m~u to_s paizes. E o verde lambem s1gm– fica outra coisa, quem sab e1 A. O verde quer dizer espe- r ança. P . E' lambem, a côr da espe· ra,nça e o nosso B~asi_l é um ipaiz esper an çoso, iprm cll))a1men– te quando seu povo for edu<:ado •

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