Revista Do Ensino 1930 - Abril v5 nº 44

80 REVI S TA D O E N SiNO tristezas. Conven h amos em q ue a v i rtude não tem sabido, faze r p r opaganda de s i : r a lha muito e pa<;sa gr ande var t e elo tempo a descom,por o vicio . E ' o ma rtel i– nho que q ua nto mais ba,te ao rp re– go, tanto mais o faz p en etrar . 2. Inter pre tação do programma. Ei s um dos pontos do primeiro anno : "O bom alumno compa r ece pontualmc-nte ás aulas" . Fala r com a class e a res pe ito da pont_u– alidaclc dando-lhe a s ignif1caçao desse tei·mo, é p artir de um pon to des con h ecido para ella . 1Ias, a p,ofesso ra sabe que a crean ça tem ouvido dia r iamente as exp r essões : é hora de levanta r. de almoça r, ele ir rpa1·a a escola, de t om~r café, d e j a nta r, de dor– mi,, e tc. Essa pal avra hora tor– n o u-se-lhe familiar . Todos os me– n inos con hecem ·lambem o _re_lo– g i o, ai n da q u e não saibam ,d1s trn· guir as hor~s . Ponh a a p rofesso– ra u m r elogio, um des pertador, em c ima da mesa. e em t or no da idéa ex p r essa pel a ipalavra hora dê a s u a a ula , da qnal lhe, apr~– sen ta r ei um , exemp lo . Ser a a li– ção d a pontualldade, appar eça ou n ão a ppareça n ella este vocabulo. Outro pon to do p r imeir o anno : "Us ar l enço e ter seu cop o ,pa r a b eber a gua" . Levem-se pa·r a a a u l a u n s l enços b em passa 1 dos e dobrados, assi.Jm como alguns co– pos ou canecas ~eq uen as. Con– versar sobr e uns e outros, mo~– tra n do a u tilida'de delles e verd 1 - ficando o seu u so n a classe. Na .ª mai s s impl es, con forme exemph– fi carei. t ao se"un- Po-nto concer nen e · º. d do a nno . " A felicidade da v1 a · · te ac- es tá n o tra b alho ll~ 1 ;; mT~do n a ceito como u m ,d ever · b l'l)o • a-ul a são testeimunhas do tra ª s ~ a carteira em q u e o .alumno assen ta, a m esinha -01nde escr eve, o soa•l h o sobr-e que r epous~ os •pés, a r ou!pa q u e veste, o l_ivro q u e l ê o qua uro n egro, o gi z, a ·a ula i nteiri nha é r esultado do tra- balho . Não poderá ser mais in– tuitiva a lição. Agora, quem dá assumpto é o proverbio : "Remenda o panno, durar-te-á outro anno" . A pro. fcssor a mostrará á classe duas calcinhas de menino, uma deUas rasgada e outra com um remen– do b em feito. Compar ando uma e outra, ser-lhe-á facil IJ)ô r em evidencia o valor da conservação da roupa, o que repr esenta um bom ensino de economia . Para o terceiro anno ha o se– " u inle ponto : "A instrucção é a ~iqueza dos ;pobres" . O cas_o de um diplomado da escola, re~1den– te na local ida de escolar, CUJO no– me não· faz mal se torne conhe– cido da classe, servirá de pro,•ar o p ens,.tmento mencionado_. Acha– se b em colfoca do o refendo ex– alumno. que exerc_e tal e~ prego por causa ,de sua rnstrucçao. Consta de biographias e de no– ,Licias de descobe1)tas o quarto a•n– ·no de ins·trucção mor al. O des– envolvi,men to da classe, nesita al- 1.u l'a j á facilita em muito o tra- 1bal!ho do 1mres1tre . Caibe z, e!>te tira,r da narra tiva, feita com toda a ex- p r essão, um ensino que cal_e no animo da classe, fazendo vibrar seus sentimentos nobres de c~m– par ticipação n o progresso social. Para melhor externa·r meu pen– samento vou apresen tar alguns esihoços 'de aulas de mo':'al. E~– tou ce rto de q~e ipo dere1s reali– za r coisa supenor : em _todo ca- . meus exemplos equivalem a so, - uma or ien taçao . . 3_ Aula de p ontualidade pa1·a o J. armo Professora. Na sua casa ha ho– ra de almoço, José? Alumno. Ha, sim, senhora. P. Em quasi todas as casa~, ha hora de levan tar, de almoçar, de tomar café, de jantar e ~le dor- . . . h a lambem hora de ir para m1:;cola de ir trabalhar, de des- a 'i-la tantas boras, meu canso - < • de cher1ar Deus h ora de partir _e . º o tre~, h or a de corre10, de missa,

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