Revista Do Ensino 1930 - Abril v5 nº 44

REVISTA DO ENSINO 75 Sem a bibliotheca, impossivel ser á erguer o n ível intellectual do povo, e dahi fazel-o compreh en– der ~ elh? r a cooper~ção social e a sohdan erl::tdc soc1:il. Sozinha. a escola que temos fracassar á n:i luct~ contra a. ignoran cia ; alliada, ,por.em , que seJa á bibliotheca, esta ser a sua s uccessor a lcgitim,a e per– manente. O exemplo d a União no~te- a1;1erican a, além de outros, aht esta, p atente p ar a attestar o Yalor da bibliotheca n a educaçii'o do povo. O es tudo da his toria pa tria n ão pódc continuar morno como até agora ; urge esquental-o, fazel-o flamm<:jar no esp írito e no coração elos alumnos. Não se constróe uma n acionalidade com a ignorancia d a sua historia, com a indiffcr en– ç a pelo seu p assado. Os corpos dos_ constructores da noss-a n acio– nah ~a de estão sepulta dos e car– co"?-1~os, não ha duvida, mas o esp1nto delles é ch amma que illu– mma e é scentelha que abraza, uma e outra c apazes de aquecer os nossos esforços na caminha da do progresso nacional. lO trabalho modesto, constante e methodico da professora, levan– do os nlumnos até a posse dn bi– bliotheca e especialmente até 1.1 posse da historia p atria, formará homen s e c idadãos novos, con– scios de seus dever es e de suas r esp onsabilidades perante esta p atria• magnifica, que é o Brasil. O ensino da historia patria 1. Da vida do alumno á historia local. 2. A collabor ação social do alumno e de seus antecessores. 3. Notas historicus toma das p elos alumnos. 4. Observação da vida local 5. A historia da séde escol~r e seu município. 6. A historia e a geowaphia lo- cal. 7. Meios intuitivos p ara o estu- do d a localidade. 8. A s ala <lo municipio. 9. Trechos concernentes ao meio social do alumno. 10. Apresentação do Brasil á classe. ·11. A vida nacional. 12. O p rogr amma de historia. 13. Ensino da historia patria. 14. O estudo da historia entre– gue á classe. 5.• aula O professor Firmino Costa assim desenvolveu a materia da aula : 1 - Jnstrucção e educação moral. "Conhece o teu dever e cumpre– o", disse Carlyle. "Conhece o teu dever" é a instrucção moral, "e cumpre~o" é a educação mo:al. São as duas faces da mesma vida, • a theoria e pratica do viver, os meios ~ os fins da nossa p assagem pelo mundo. Outro escriptor assim se ex- pressa : "Nada vale falar bem e p ensar bem sem fazer bem". E' a supremacia da acção, ~.onfirma_da por François Guex: A acçao, fonte de felicidade na vida, escre– ve elle, é tambem a condição do progresso na escola". Não se quer com isso d epreciar, n em de longe, a vida do p ensa– mento, a vida intima, que con sU– tue a base da felic id,a de ou da in– felicidade pessoal. Além de que, o pensamento tende a realizar -se, a transformar-se em acção. Esta é mais social do que aquelle, porque lhe succede, p orque o contém em si mesma. A palavra de Marco Aurelio • ainda se mostra mais incisiva : "0 que importa é fazer bem o que se faz no momento presente". Este p ensamento abre-nos caminho par a o ensino da moral na escola p rimaria. · Mas, é commum dizer-se que "nas escolas não deve h aver in– strucção moral; pois ,a moral não se aprende nos livros, mas nos exemplos, ~ no habito de traba- lho".

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