Revista Do Ensino 1930 - Abril v5 nº 44

'74 REVISTA DO ENSINO uma obra Utcraria•, o que, além ·de desnecessario, seria diJfü,cil, mas cO'l'llo urrna •narraçãp clar-a•, sLmples signHka:tiva e altrahente da passagem •hislorica. O .modo -de ex,por os quadros ll!J)l'esenita– dos a ,voz e a, expressão do pro– !ess'or, o ass11,llllplo da aula, ludo isso afastará a rotina e memori– .zação de ,pon,tos incolores que se immiscui-rnm no ensino prima.rio. ,o importante está no trabal!ho pessoal do professor, donde de– rivará o melhor processo de ensi– no dentro dos principias peda– gogicos que elle conhece. A aula equivalerá a uma construcção, em cujas peças penetrou o seu pensamento, e não um objectó feito por orntrem, tollll3do de em– presti:mo, qua,I o ponto que elle recebeu preparado e que não lhe custou nenhum esforço intelle– ctual. O ponto bem organizado pelo professor será bem exposto por elle, bem comprehendidó da clas– se, que na arguição, realiza– da segundo as regras, com– pensará o trabalho do ensino. O processo intuitivo, representado pelo r etrato, pelo mappa, pelo qua– dro historico,. pela dramatização, conforme se f1z~r necesario, auxi– liado pelo questionarib, pela syno– pse e .pelas notas que se consigna– rem, tal processo, como parte in– teg~an te da aula, virá completar o ensmo. Ajuste-s~ á historia o que em uma de mmhas aulas sobre a lin– guagem eu disse a respeito da ar– te de conversar e da arte de in– terrogar. Não irei repetir as con– siderações que fiz. Elias se en– contram na "Revista do Ensino" Si não collecionastes esse publi: cação, é aind~ tempo de procu– rar fazel-o, pois que vossa biblio– theca a reclama .• • 10rganizae o ensino da historia tao bem co_mo qualquer dos outros. Para servir ao Brasil é que sois professor as. Gravap em vosso gru– po_ou e,~ vossa escola esta inscri– pçao.: Amar, honrar e serv1· r a Patr1a". 5. O estudo da historia entregue á classe As .phases an terior es do ensino da hbtoria patria auctorizam :;t sua emancipação. Entregar-se-á a r h:He a revisão rla historia, que será feita na hora da bibliolheca e assim tambem em casa. Por si mesmos, os alumnos irão r.ecapi– tular seus estudos hisloricos. Tres dos livros indicados para a biblio– lheca do professor servirão a esse fim: Rocha Pombo, "Nossa Pa– tria" · Sylvio Roméro, "His toria do ' S "H' l Brasil"; Lucio do!s antos, 1s o- ria de Minas Geraes". Já no fim do curso primaria, durante o ultimo trimestre, os &lumnos lerão esses livros, sinão todos -ao menos os que puderem, toma;ão notas, escolherão um as– sumpto e escreverão a prova es– cripta do exame, que _lam~em po• derá versar sobre a historia local. Cada um escolherá o assumpto que quizer, conversará com o profes– sor a respeito, irá escrevendo na aula a prova escripla, consultan– do o diccionario, os compendias e as notas, ao mesmo tempo que recordará os pontos da prova oral. Haverá dessa fórma trabalho pessoal do alumno, e evitar-se-á essa uniformidade n as provas es– criptas, que evidencia o inutil tra– balho mecanico de decorar. 9 aprendizado será assim uma reali– dade, nascida do pénsamento e~– colar, que !JvremPnle pegou do 11- vro e leu á sua vontade, com o fim determinado de escrever so– bre o thema que escolheu e de to– mar apontamentos relativos aos pontos para o exame oral. O maior problema esco_la\ é aclualmen le o problema da b1bl_10- theca. A escola primaria n ão pod_e ir longe, devido ás condic;;ões ~1- nanceiras do Estado e· á sllu-aça_o economica dos alumnos : ne1:es~1- tam estes, em sua grande maioria, de ganhar a vida desde cedo, e precisa aquelle de occorrer a mul– tiplos serviços publicas.

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