Revista Do Ensino 1930 - Abril v5 nº 44
72 REVISTA DO ENSINO tá n:a apresentação do Brasil ás creanças. E os retratos do Brasil, quero dizer os mappas, grandes e p equenos, figurarão por toda a escola, na sala de aula, na entra– da do gru,po, na forma do cantei– ro do jardim, no taboleiro de areia, em cartões, em lenços, etc. A escola toda será a propaganda do Brasil, a homenagem ao Bra– sil, a dedicação pelo Brasil, o tra- . balbo em prol do Brasil . 2 - A vida nacional Na escola primaria, a geogra– p.bia é principalmente o Brasil, e a historia é a vida do Brasil. Este já foi apresentado á classe. O professor lhe mostrará agora como vive o nosso paiz: primeiro o presente delle, mais tarde o seu passado . A partida somente póde ser do iponto em que nós nos achamos. Brincando os alumnos descobriram o Brasil· elles passarão a ver como os bra~ sileiros organizam a vida nacio– n al. De que fórma ha de o pro– fessor apresen tal-a? _Por _meio da imprensa diaria, nao existe mo rio melhor . A lição de historia será neste caso aula de imprensa. A principio, o pro– fessor _es~olherá n 0 jornal, !J)ara 1ransm1thr aos alumnos noticias eXIJ)ressivas da civilização e do pro_gr esso de_ nosso paiz, ahi in– cl!11do, especialmente o Estado de Mmas · Depois dará á classe jor– n~e.s para _ler, assignalando as no– h cias mai~ convenientes. Final• men_te, deixará aos alumnos 'J)le– na liberdade na escolha da leitu– ra. . Não ser ão necessarios muitos Jorn ae~, 1;1em variedades delles. ~astara ~1spor de um grande dia– no do Rio e do "Minas Geraes" qu_e ? profe_ssor assigna. Quand~ ~eJa. imposs,vel ter os dois orgãos ..~.imp,~ensa, utilize-se apenas do mas · Nem se fazem precisos numeros sempre U outros serv· - b novos. ns e 1rao em A leitura de forna · . 1 . ia uma inicia - es eqmva er a 'çao Para o estudo .da historia patria. Lendo as noti– -cias, os telegrammas, os artigos. e os annuncios, na maior p arte concernentes ao nosso q>aiz, a classe irá começando a compre– hender a vida nacional, o movi– mento da sociedade, a acção ad– ministrativa, a marcha da civili– zação. O lado bum e o lado mau da nacionalidade passarão deante de seu espírito como fita de cine– ma dean te de seus olhos, sem dar– lhe a perceber tudo, é verdade, mas exigindo-lhe um exercicio de attenção, um treino util ao es– tudo. De outra parte, mais dia menos. dia, s urgirá a occasião propicia para o desejo de conhecer o pas– sado, que constitue a historia propriamente dita. O mesmo jor– nal, que lê, ter:i a sua his toria pa– ra contar á classe. Quando com– memorou, por exemplo, uma data nacional, seja a de Tiradentes. ahi virá naturalmente a Conjura– ção Mineira com o seu grande martyr e com os outros chefes dessa conspir,ação p atriotica con– tra o despotismo colonial. Essa ou outra opportunidade d espertará entre os alumnos O in– ter esse de conhecer o p assado da terra brasileira, quando a men– ,talidade delles já foi .orienta da 111esse sentido pelos estudos pre– cedentes. O ensino da his toria não r epresentará, dest'-arte, urt.. trabalho unilateral que o profes– sor offerece á classe, mas uma collabor ação que ella lhe traz no momento opportuno. Professor e alumnos estudar am a vida n acio– n al e vão agor a estudar a histo– ria patria, sem deixarem de acom– panhar aquella. 3. - Programma de J1istoria Em artigo ultimamente publi– cado prestei homenagem ao pro– fessor J oão Toledo, um dos no– mes mais !l)uros do manisterio lbrasMei ro. O ca<piitullo \},!'LI de seu livro "Didactica" deve fazer p arle d~ bibliogr aphia que eu. vos rndiqnc1 'Pall'a o eslu·do da ,J11s<to– r ia. O programmll, ahi apresen– tado á pagina 253, contém os se- ..
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