Revista Do Ensino 1930 - Abril v5 nº 44

54 REVISTA DO ENSINO Assim tambem, o maximo divi– sor commum não contribue para a saude e não contribue p ara o trabalho, porque não é usado na vida ord inaria; não contribue para o civismo e tanto menos par a o r epouso. A disciplina fer rea será exter– minada si se levarem em conta esses criterios. A p rofessora commentou, por ultimo, os objectivos que Thorndi– ke fixa para a escola primaria, • ·• aula Estudou a professor a os inte– resses e sua variação de accordo com as differ entes edades. Frisou bem que cada edade offer ece in– teresses esperiaes e que, de con– formidade com elles é que deve ser mi nistrado o ensino. Ponnenorisou os principaes in– teresses - curiosidade, sociabili– dade, imitação, collecção, etc. - commentando-os e extrahindo in– teressan tes applicações pedagogi– cas dos mesmos. Reportou-se ao jogo e ao nota– vel papel por elle exercido na for– mação da creança, notadamente quando ao sentimento de ordem e de lei, que cornmunica ao5 alumnos. Proseguiu a aula com o exame das applicações pcdagogicas que se podem tirar do estudo do des– envolvimento infantil. A p r o fes– sora terr.-:inou com largas consi– derações sobr e a necessidade de se adequar o ensino :is tendencias~ interesses e h abilidades p eculi a– r es a cada etapa da existencia. 5., aula A professor a ver sou com pro– veito os seguintes pontos: O ensino individual e simulta- / neo - Differ ença entre um e ou– tro - Razões economicas e peda– gogicas que determinar am o en– sino simultaneo - A necessidade de se attender as differ en ças in– di viduaes vae determinando ten– clcncia de individualizar o ensino o muis poss:vel dentro da classe - Importacia da consider ação das differ enças individuaes _ A adaptação do ensino á capacidade dos alumnos, como signal do bom professor - Factor es qu~ influ– em na differ enciação dos nlum– nos, como a her editariedade e 0 meio, e r apidas considerações so– bre cada um delles - Necessida– de de variar o material de accor– do com a capacidade de cada alumno, não considerando exclu– sivamente uma média ideal, mas tendo em conta os sub-normaes e os supra-normaes - Critica do– regimem escolar de permittir pro– moções só em épocas determina– das e annualmente, fazendo com iPoz de manifesto as peculiari– dades que cada edade apresenta, como a noção de t-empo, que só se defin e perto dos 13 annos, - de onde se conclue ser infecundo o ensino da historia chronologi– ca no curso primario, porque não comprch ensivel pelas crea nças. . que r etardados e normaes cami– nhem no mesmo passo - Neces– sidade de fazer o alurnno traba– lhar em classe, para que se veri– fiquem os seus processos de tra– balho e p rincipalmente si sabe ou não estudar. Fez demor ado estudo sobre a adolescencia, mostrando a influ– encia que ella exerce na vida hu~ mana, a ponto de já se lhe ter chamado "segundo nascimento". As novas qualidades e possibili– da_des que ella apresenta, como seJam a sociabilidade, a attenção, a abstracção, foram egualrnent,e consideradas pela p rofessor a. 6.• aula Na aula final, a senhorinha Be-– nedicta Valladar es Ribeiro t ra-• tou do p rofessor e de sua p erso-

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