Revista Do Ensino 1930 - Abril v5 nº 44

44 REVIS'FA DO ENSINO fins marcados - Da conceitua– ção que faz uma professora dos objeclivos do ensino da arilhme– tica depende a sua orientação - Esse objectivo pôde ser para um a habilidade no calculo, para ou– tro a gyrnnaslica 1nental e, em– fim , para terceiro, auxiliar as creanças na cornprehensão dos factos decorren tes da pratica - Nos grandes paizes tem havido largo i,nquefi to dos interesses e das si tuações infantis para s e lhes elaborar um progr amma adequado: questionarios em que ~e om:em hoonens de negocios, rnquer1tos em que as creanças são escutadas com inter esse, etc , muitos meios têm sido postos em pratica nesse sentido - E' ne– cessario considerar os valores J)raticos do ensino da arilhmeli– ca (que vôm a ser efficiencia no calculo e habilidade em ver rela– ções quantilativas) . para eli mi– n ar do programma ludo que não seja abrangido dentro -desse cri– terio. 3.• aula Conli nua•ndo a fazr r conside– r ações sobre as programmas de arilhmelka a senhorinha AMa Lodi censurou a conternplaçfo de alguns topicos no ac•lual -pro– gran,ma . Tal prograimima acha– se escoimado da maior parle das _i nutilidades que os antigos eons1gn::ivam, como: m inimo mulliplo c ommum, regra de com– panhia, contabilida de, etc. Qua11- to ã regra de 3, que foi dada como descober ta por uma das alumnas, r ealmen te não tem o valor edu– cati vo da reducção .á unidacl e, mas collocada no fim do 4." anno, como se acha, não apresenta in– conveniente. E' um processo novo e rapi d0 para os alumnos re– ~olverem seguramente problemas Já d e seu conheci mento. Passou depois a comrrnentar os objecivo~ que o professor deve ter em vista, no ensino da arilh– anetica: 1.º ) desenvolver melho– r es habitas de pi,ecisão ; 2. 0 ) Dar rapidez. 3. 0 ) iDar ma is a l1enção ao trabalho or al. 4.º) Automati zar os factos fu ndamen taes . Finalmen te, e·ntrando no ensi– no da arilhmct ica n o 1.º uo no, defend?u a opinião d e que deve ser essencialmente inc idental, constar apenas de exper ienc ias e de opporlunidades para o em– prego -ele voca'bulos que expres,– sem r elações ,numericas, como: mais longe, mais c_ur~o, compri– do frente a lraz, d1re1ta, esquer– da: ele. •Relações númericas e não escriptas, insis tiu, por que neces– sariamen te surgirão depois e em 1tempo opportuno sit~ações em que seja o al~no obrigado a es- c r ever <11um eros . · ,A !professora r ecommendou lambem como excellcn te 1 a pr a– 'lica de ànnotarem os pro1essores, 1dia a di a, em caderno es,pecial, a 1evolução dos alumnos. sob o pon– •lo de vista da a rithrneli-ca. o que 'Sabiam ao chegar. quan do adqui– 'rirarn tal e tal ,conheci men to, que lfalh a r evelaram na COlmlJ)rehe n– lsão desta ou daqueUa r elação quaintifaotiva, etc . 4.• aula • Estudou a ,p-rofessor a a d istin– c ção en tre a contagem racional e a con tagem - s imples enuncia– ção dos nume ras . 1• Começou analysando .º pro; gramma do 1. 0 anno, cons ide ra n– do gr ':m de vantagem a qu~ elle apresenta so!Jre os an ter10res, pois r estringe a té 1Oo es!udo dos numeras no allu dido p eriodo . A professora não vê exag~ero n isso . En tretanto, si se qu1zer estender esse estudo até 100, os Ir es p r imeiros mezes, pelo menos, deverão s er dedicados apenas aos 10 numeros in iciaes, fazen~o-se 'Sobre elles todas as operaçoes . , T al esitwdo precisa s er objec ti– vo, isto é, cumpre que elle ve~se sobre objectos concr etos. Segmr– 'se-á, én tão, o desenho '?º qu.idro, a representação por mew de sym– bolos .

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