Revista Do Ensino 1930 - Abril v5 nº 44

42 R E VISTA DO ENS I N O sor antigo, que consistia em mar– car lições para casa e ouvil-as em aula, e c()TJ])parou-a com a do ,pro– fessor moderno. Este, ao contra– rio, p reooclll])a-se antes com uma looga e at ura da p reparação das lições, que equivale e por vezes ex,cede o trabaliho da aula, Iam. b em, e por sua vez, inteiramen te trnnsformado . A disdplima ferrea de antiga. m~nle dava ao of.ficio de pro,íes– sor um caracter de sinecura; o disciJplinador l))Ossuia Iodas as virtudes e dispensava-se de qual– quer outro trabalho que não fosse o de marcar e tomar tarefas. Hoje, ,tu do mu dou, e pa ra bem Cllllil,prir a sl!a missão, no caml))o da geogra'Ph ia, como no das ou– tras !mia.ferias, deve o professor fazer lillTI largo estudo sobre o to– pico a ensinar, abrangen do-o no seu todo como nos seus porme– n ores. Só conhecendo 111esse 1odo a mater1a, é que 'J)oderá o profes– sor discenir o essencial do i nsi– gnificante, para fornecer aos alumnos ap enas o essen cial. Estudada a ma leria no seu con– j uncto, o professor elaborará p la– nos de lições, distribui ndo-a em varias aulas, lendo em conta o in teresse e a capacidad e dos a lumnos. .A apresentação da materia em aula virá precedida ode uma revi– são dos termos essenciaes do lihe– •ma propos to . I sso quer dizer que toda aula de geograph ia se i,nici– a rá com a proposição de um pro– hlema chei o de interesse lmma1110 e, por isso mesmo, capaz de agu– çar a curiosidade infan til. Sentindo necessidade de resoJ. vel-o, os aluminos coUigirão sob a guia do p rofessor, os da dos'e in– formações de que precisem l))ara tanto 1 buscando assim a solução em livros e publicações div ersas dentro ou fora da escola. ' Ap ós ':SSe trabalho, que occupa– rá o ma1or tempo da aula, 0 pro- fessor recolherá as conclusões dos alumnos, ou as tentativas de c onclusão, e ai nda a eXiposição das soluções do p roblema. Ohega-se, p or fim,_ á verifica– ção dessas conclusoes, d o seu acerto ou do seu erro. Este trabalho a r ealizar é que, desenvolven,tlo-se mais ou 1111einos a través dessas, etapas, não inl'por– tará de anodo algum em perda de temJpo, pois pe11miltirá aos alu.m– nos a acquisição de gran de som– ma de conhecimen1os, investj. ga111do e pe rquiri n 1 do. Mesmo, ,porém, que a messe de conh ecilmien los assim collecta da não fosse maior que a adquirida pelo proresso i:nedrnnico da de– coração r estan a, para os alum– n os que' assim agiram, a van ta– gem de se h ave rem dese,nvolvirlo cs<pi rilua,Jme·n,te. E iclesenvol'Ve– ram-sc, sobretu do, q uan,to á i·n– dependencia de pensarrnemto, â. inicia tiva ao in,teresse, ao ma11e– jo dos li~ros cQlmo ins1rumen1.o de solução dos problemas, etc. 8.• aula Versou a ultima a'iila sob re os segui11Jles lopicos : O uso e o abuso do maJ)IJ)a - Van tagens do maippa sobre _as 11hoto" rapl1ias e sobre o ensuno o ral ~ O m~pa, cQlmo t01da ~oti– vidade escolar deve detenm,rnar pensa,mcm'lo e )ulgam<mto - Ne– cessidade de se dar aos alu,mnos o bom h a bito ,de lerem e compre- . h cnde-rem o maippa e deUe u sa– r em ,como 1nstrumen1o de traba– lho - A ,Jinguagem do . ma'))lp a : a escola, a sua aprend izagem, o seu el'l1Jprego - Como se rep re– sentam con,vencion almente os ac– ciden tes da sUJperficie -: Quaes os accidentes e infoMllaçoes geo– gra:phic:rs que se devem p r ocurar no maippa - Necessidad e <1!! se elaborarelm mappas eS1~eciaes, não só r efer entes aos accidenites ph ysicos mas laimbem ~ S':,ogrt phia humana - Locah zaça_o ª cu1lura .do algodão, do c aife, do J

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