Revista Do Ensino 1930 - Abril v5 nº 44

40 REVISTA DO E N S IN O fluenciado pelo meio e dominan– do-o por sua vez - Necessidade imperiosa de se dar ao ensino da geograpbia uma orientação in tei– r:;mente contraria ao que se tem feito : guerra á decoração, á enu– meração infindavel de nomes, e l nlroducção da explicação dos factos geograpb icos, pesquisando– s e-lhes as causas, apontando-se– lhes os effeilos - A geographia como sciencia que localiza, des– c reve e explica os phenomenos. 2.• aula Em sua segunda aula, o sr . dr. Mario Casasanla exgottou o s e– guinte thema : Critica dos velhos p rocessos de ensino e sua comparação com os novos. As considerações expendidas gi– raram em torno deste summario : O ensino da geographia baseado no criterio das regiões naturaes s ubs tilue o antigo criter io das ba– cias fluviacs - A geographia não tem por fim sómente enumer ar os factos, mas localizal-os e expli– caJ-os. A decoração de nomes deve ser por completo banida de nos– sas escolas: quem decora os no– mes dos accidentes geographicos f n o papel do individuo que de– corasse um catalogo de lelepho– nes - O ensi no de memoria deve ser substituído pela observação dir ecta da natureza - Quando não fôr possível essa observação 0 p rofessor deverá pôr em jog~ a imaginação iQfalitil, median te lei– turas, gravuras, postaes, photogra– phias, mappas, ele., de forma que as creanças tenham uma nítida vi– são do que se lhes pretende ensi– nar - A imaginação tem tan to d ir cit~ de estar no ensino da geo– graJ?hta como a observação _ O ensino deve partir do conhecido para,.º desconhecido, e não como outr or~, do desçonhecido para o conl.1ec1do - A geographia lo– cal e o fund amento do ensino da geographia e forn ece os eleme n– tos com que a imagi nação in fan– til constróe as representações de coisas e factos geograph icos que não veem - Ruy Barbosa já em: 1882 traçava um candente libello con tr a os erros do ens ino geo– graphico, o qual tem ainda hoje vergonhosa opportunidade. 3.• aula 'Essa aula constou da explana– ção e commentario dos seguin– tes pon tos: -Necessidade de se limit ar e> campo da gcographia, que tomou ultimamente cxtcn!:>ão in definido· e in fin ita - Princípios que dc– nm d irigir o em:ino de geogr n– r,h ia - Divisão da geogr aphia - Inter-dcpendencia dos phenome– n•J.\. pli ysicns en Ire , i -- :-iu hordi– naçiío das outras partes da geo– graphia, .:orno a humana, a ccu– nomica, a biologica, á geogr aphiai physica - O ensino da gcograph ia não deve r eslrigir-sc a faze r com que os a111r:1nos .Jec'lrem nomrs de, compendio 0 11 do mappa - O mappa foi feito p 1ra ser lido– e não decor ado - Como o h o– :nem soffr r: a acção do meio E como r eage a essa acção - Os dif– ft.rcnle., meios ap r esen tam d iffe– r entes typos de c ivilização: o qu!? é a vida de um pequenino gr oe– landez ou ele nm fi lho ceo rcnse emigrado na Amazonia - Neces– sidade do estudo da localidad e– para prover as creanças de ele– mentos c0m que imagina r e con– strui r ment.:.lmente .accidenles e Phenomenos que não podem ver– E' p reciso estudar factos grogra– Phicos e não as coisas, e mesmo desses factos apenas escolher aquell es que tenham u lilidad~ para o homem e lhe facilitem a adaptação ao meio. 4 .• aula O p r ofessor estudnu .º crileri<> de d ivisão geogr ~p_h1ca por hacias fluviaes, class1ftc:rn do-o de

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0