Revista Do Ensino 1930 - Abril v5 nº 44

ESCOLA ACTIVA LIBERDADE E DISCIPLINA Por muito tempo, e na America do Norte até 1880 ou 1890, diz-nos illustTe escriptor pa tricio, a educação popular se reduzia substan:cialmente aos tres RR (Reading, Riling and Reckoning) - ao ler, escrever e contar da antiga escola dOlonial. "A trarnsformação social, scientifica e industrial e a tentativa democratica vieram exigir um ala:r-gamento formi– -davel desse primitivo cun-iculum." Nós começamos, apesar das incréus ou rotineiros, a perlustrar essa mesma estrada palmilhada pelos Estados Uni– dos ha 40 ou 50 annos; estamos no inicio da jornada, é bem certo, e temos deante de nós grandes obstªculos a vencer; mas 'lambem é certo que o movimento innovador toma vulto e vae ganhando corações, dia a dia. . O velho conceito de educação vae cedendo logar á theo- ria da educação como crescimento, crescimento que se opera de dentro para fóra e que só a propria creança poderá r eali– z~r, e realizar com majores vantagens si f ôr propicio o am– biente creado pela esco1a. Ferriere, citando Albert Chessex, perfilha a opinião de ier escola activa aquel1a em que a creança aprende traba– lhando, pesquisando, observando, experimentando, com um esforço que o .professor procura tornar, quanto possível, es– pontaneo. E esse esforço a creança o dispell'de sem sentiT, por ~e encontrar inteiramente absorvida no trabalho, que attende as suas nece:ssidades e se harmoniza com seus interesses. . . Ha, e:ttretanto, no regímen da escola activa, um prin– cipio que assu.c:;ta ainda a muitos educadores: - é o da liber– dade 1 Sup-põem-nll. incompativel !com a disciplina, quando é ella, ?e fa~to? condi'<ão indispensavel para a existencia da ver– dadeira disciplina.

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