Revista Do Ensino 1930 - Abril v5 nº 44

,, REVISTA DO ENSINO 39 e nriquecer o seu cabedal de cultu– ra ,pela iniciação em processos e methodos modernos, que o gover– no Antonio Carlos tanto se esfor– ça por vulgarizar en tre n ós. Con– ·stituiu, sem duvida, um bello e suggestivo espectaculo, o dessa le– gião de educadoras de bôa von t:1- -de, que accorreu immediatamente ao chamado das auctoridades do ,ensino, manisfestando o mais vivo interesse pelas materias do cur so e assegurando-lhe, por isso mes– mo, um exilo largo .e magnifico. Tudo leva a crer qae, desenvolven– do-se nessa atmosphera de enthu– siasmo e de trabalho, tal curso ,produzirá fructos abundante~, marcando uma nova etapa na obra d e; elevação do nível intellectual ,dos nossos mestres, com reflexo i;nmediato no rendimento e ex– p ansão do ensino. Os trabalhos inauguraes tiveram inicio ás 7 1 /2 •horas, sob a presi– <lencia do sr. dr. Mario Casasanta, inspcctor geral da lns lrucção, qLe, d eclar c1ndo installadr; o curso, fri– sou bem a sua finalidade: iniciar -0s nossos professores no estudo ·das m ais palpitantes questões p e– d agogicas. Não constituía uma es– ,cola propriamente dila, capaz de formar technicos; era, antes, uma sementeira h,nçada em bom terre– no e de que se esper ava uma larga messe de ben eficios. A professo– r es intelligcntes e experimentn– ,dos será muito fecundo, por certo, um tra1balho, mesmo· r apido, de -vulgarização, não tanto p elo que se ensina mas pelo que se orienta ,e se aconselha. Fez largas considerações sobre .a necessidade de se adquirir uma ,technica de ensino e louvou a bôa vontade com que as professoras, :aliás sobr e·carregadas de trabalho, .acudiram á iniciativa do dr. Fran– d sco Campos, o illustre realizador da r eforma de ensino, em bôa hora idealizada p ela visão politica e social desse estadis ta de raça que é o presidente Antonio Carlos. 10 dr. Mario Casasa•nla concluiu o seu eloquente improviso congra– tulando-se com todas as professo– r as inscriptas no curso e dizendo tudo esperar da dedicação,_ bôa vontade •e anseio de aperfeiçoa– mento de todas ellas. -As palavrás do inspector geral da 1-n strucção foram demorada– mente applaudidas." Methodologia de Geographia 1.• aula O curso iniciou-se com uma aula de methodologia de geographia, dada pelo sr. dr. Mario Casa.:'anta, inspector geral da lnstrucçao. . Inserimos abaixo o summario desenvolvido por s _ exc. . O conceito actual da geographia - A geographia, tal como s~ en~i– nava, ou era uma geograph1a p1t– toresca ou simples enumeração de Hccidentes geograpbicos. -A geu– graphia estuda a terra como ~'ha– bitat" do homem - P ara que se •:í,sina a geographia - A geogr;,1- phia como elemento de cultur:i ger:il: localiza acontecimentos, au– xilia a historia, explica innum1;– ros factos sociaes ...:_ Valores edu– cativos da geographia: desenvol– vimento do vocabulario, cullur,1 do patriotismo, exercício da ob– servação e do julgamento - O meio e as civilizações - O meio txplica,;iflo as profissões e os modos de vida·: a steppa e o cria– dor, o bosque e o caçador, as cos– tas e o pescador. Inter -depend.en – cia entr-e os phenomenos que s e passam na lithosphera, 'na hy– drospbera e na atmosphe ra - O rio e a montanha - A velhice do rio -- O· relevo terrestre e as suas modificações através dos tempos - Relação entre o clima, que é uma resultante de varios factores, e esses mesmos factores - Os factos geographicos como expre1,– são transitoria - O homem in- •

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