Revista Do Ensino 1930 - Abril v5 nº 44

32 ij. E V I S T A D O E N S I N O· 3. 0 ) Os principios como ponto de partida. 4. 0 ) Ambiente artificial. O methodo de projectos corrige, satisfactoriamente, es- ses erros, propondo a seguinte !Jl.Odificação: 1.º) A radocinação. 2. 0 } A instrucção como instrumento ou meio . 3. 0 ) A prioridade das questões (donde se induzem os principios). 4. 0 ) Ambiente natural. Como se vê, com o methodo de projectos o ambiente em que a creança se educa deve ser na1ural, isto é, identico ao da sua vida extra-escolar. O plano "ha de surgir e resol– ver-se com a mesma naturalidade e os mesmos meios com que surge e se resolve na vida, chegando a resultados analo– gos. Como na vida, na escola os proj ectos suppõem uma fonte de informação, uma collaboração, uma procura dos materiaes adequados, uma successiva victoria sobre os obstaculos, que vão surgindo e uma aspiração indefinida pela perfeição dos resultados alcançados". Este methodo, "regido pelas possibilidades do menino e não pela logica do adulto, admitte qualquer fórma de seriar– os conhecim•entos, por que melhor se accomode ás capacida– des dos rapazes, despertando sua alegria e optimismo, por se acharem auctorizados a discutir o facto, a imaginar, a procu– rar e achar a ensaiar, a combinar, a rectificar, a construir e a realizar. A personalidade dos meninos est~ ~e~pre presen– te. E como a actividade em commum perm1thra as creanças. comprehender a necessida?e da disciplina e, apre~iar a belle– za do esforço e da abnegaçao, o methodo sera um mstrumento precioso na formação do caracter. Os meninos adquirem, com este methodo, o habito do esforço, procurando, sem auxilio de outrem, os cami•nhos a seguir e os instrumentos prec!sos; continuam com a preoccu– pação fóra da escola e, tudo isso, os acostqma a duas cousas. de extraordinario valor e~ucativo e social: a adquirir o de que precisam; l?ºr seus prop;~os esforços, e a medir com justeza e reconhecimento o auxilio que lhes prestam os demais. • - l Desde o momento em que os meninos não são meros. elementos passivos, sinão investigadores e criadores, respon– saveis por sua tarefa, - nasce entre elles a idéa do auto-con– trole, do auto-exame e da auto-correcção, exigindo-lhes cada vez maior rigor e esforço. .

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