Revista Do Ensino 1930 - Abril v5 nº 44

A ACTIVIDADE INFANTIL E SUAS CONSE– QUENCIAS PEDAGOGJCAS (Palestra) Disse Comenio: a actividade é a lei da meninice . Este principio, posto em pra tica p or Pesta lozzi, é, a inda b oj e, con– siderado a p edra basica de toda a Didactica . A observação de todos os dias nos confirma essa ver– dade. A cr eança norma l, em •perfeito estado •de desenvolvi– mento physico e m ental, sente, com effeito, uma necessidade· imperiosa de movimentar-se, de fazer qua lquer cousa, de tra– balhar ou de brinca-r. E, na creança, em que esta a ctividade encontra amplo e favoravel meio de acção, - surge um esta– do affectivo agradavel, que se manifesta pela a legria que lhe envolve todo o ser , e p elo riso que lhe brota dos Iabios, e pelo brilho de seus olhos. A dôr, outro estado affectivo -de pólo opposto ao prazer, apodera -se da creança, cuja actividade foi tolhida. O prazer , consider ado a té como um verdadeiro tonico dos musculos, r eper,cute beneficamente em todo o organismo de quem s e sente a legre, favor ecendo o funccion amento dos orgams e cJas glandulas internas . - A .dôr, ao contrario do prazer, deprime-o, entorpecen– do-lhe os orgams. E' cla,ro que, assim sendo, confmme ,nos af firmam os psychologos, - a actividade infantil, fonte de prazer, precisa e deve ser mantida na escola . E' erro, e erro gr ave, o querer. coercitivamente, r eprimir a inquietude das -cr eanças em das– se . Essa agitação, a que dão o nome de indisciplina , é o m eio de que a na tureza se vale par a livrar os escolares de um obsta– oulo .ao seu desenvolvimento physico e mental: a p assividade. '

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