Revista Do Ensino 1930 - Abril v5 nº 44

24 REVISTA DO ENSINO hora de chegar á escola?" (O examinador dá-se por satisfeito qua!ldo a resposta, embora mal expressa, contenha a idéa just a . Em materia de expressão, as meninas estão sempre na van– guarda, como mulheres, têm mais facilidade em falar ... A ava– liação exige que a resposta encerre a ·idéa de apressar. Não foi a totalidade que assim o comprehendeu; na verdade, uns disse– ram: Corro, ando despressa, etc. Mas outros responderam de maneira acceitavel, embora não correspondendo exactamente á idéa que se suggeriu; assim, por exemplo, disse um garoto: Chego tarde e dou uma desculpa á professora. E' sem duvida, uma solução intelligente. 2) "Si alguem lhe perguntar que é q..:.e você pensa de um menino (ou menina) que você não conhe– ~e bm;., que é que você responde? "Esta foi comprehendida em l'E.'$P"2, pelas creanças. 3) "Supponha que um menino nos faz uma indelicadeza; porque é que nós o ·perdoamos mais facilmen– ~ si elle está zangado do que si elle o não está?" Como era de suppo · .se, só os mais perspicazes notaram o pormenor. Dois é!'>p;·imiam-se muito bem: 1) Si está zangado, faz sem pensar. 2) Si não está zan– gado, faz por maldade . -1) "Porque devemos julgar uma pessoa pelo que ella faz e não pelo que ella diz?" Uma pequena vivazinha diz: "Ella pode estar dizendo uma coisa e não estar sentindo. 5) "Suppo– nha que você tem de emprehender alguma coisa muito impor– tante. Que é que você deve f ?,zer, antes de tudo? Houve quem perguntasse o que é emprehender; tendo obtido explicação, res– pondeu: "Eu mé preparo". Outra disse: "Penso". Foram ex– cepção os alumnos que entenderam o que visava o exercício. O test 57: Resistir á suggestão em toda a simplicidade, constando apenas de linhas. E' uma experiencia muito curiosa, capaz de dGsorientar até adultos desprevenidos. Ha uma differenciação de termos abstractos muito inte– ressante, em que se obtiveram as respostas mais variadas ·. Entre prazer e felicidade alguns notaram ser um passageiro, outro - duradouro. Um pequeno achou que: "prazer é a gente sentir-se bem e felicidade a gente viver em paz". Entre pobre– za e miseria, um ou outro distinguiu: "Pobreza, disse um é, fal– ta de dinheiro, miseria é a gente não ter nada". Entre revolu– ção e evolução, nem ·um só percebeu o sentido. A. achou que devia ser a letra ramais; B., que revolução é briga e evolução– o que fazem os aeroplanos. Parece que a idéa de transformação brusca e lenta está acima da intelligencia infantil. Mas basta que o alumno dê a differença entre dois dos tres pares, para

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