Revista Do Ensino 1930 - Abril v5 nº 44

' , REVISTA DO ENSfNO 115- pelos professores, elles ,precisam de ser estudados e comprehendi– dos pelos alumnos das Escolas Normaes. Eu, disse ás minhas alumnas do Curso de Apiplicação que havia sonhado com a reforma do ensi– no nos vastos moldes em que ella está vazada. Foi nos dias ter– riveis da l1espanhola que eu mais impressivamente acalentei aquel– Ies sonhos, e elles como que en– tão me retribuíram, p r eservando– me da cruel epidemia. Tenho motivos de sobra para re– jubilar-me com a reforma. Eu lhe queria bem antes que ella n ascesse. Nestas linhas n ada mais faço do qµe mostrar o seu portico magnifico, como si fôra um sim– ples cicerone do ensino prima– ria. e normal de nosso Estado. Os prefacios histnricos são o iportico · magnifico àa ·nova cidade da in– strurção, que o dr. Francisco Campos f'Onstruiu com tanta arte e sabedoria, assegurando ao go– ,·erno do illustre presidente An– tonio C:;rlos o reconhecimento publico. FmMINO COSTA. (Do "Minns Geraes", de 3 - JV - 19J0). Mandamentos ✓ do bom educador I Educa tu proprio os teus fi– lhos. A casa ipaterna, se fôr o que deve ser, é preferivel ao melhor internato: em. troca do teu di– nheiro, um estranho fará do teu filho um estranho; e ainda resta provar se o teu dinheiro educará melhor que o teu amor. . II Disciplina e corrige desde o berço, nara não teres de conven- \ cer-te muito cedo de que é tarde de mais para o fazer com exito. A -pontualidade, a ordem e o me– thodo são frondes de uma plan– ta que não vinga, se a não re– garem com 01 primeiro leite. E o rapaz de oito annos, que não arruma !l)or prazer os seus brin– quedos e o seu quarto, está ar– riscado a seir toda a sua vida um trapalàão incorrigivel. · III Nunca elogies nem reprehen– das os teus filhos na presença de eslranlzos: o indiscreto louvor tornal-os-á vaidosos, e a censura sem recato offende-lhes o brio, t:mqu·mto o não emb·o_tar irrepa– r avelmente. IV Exige delles obediencia com– pleta: mas facilita-lhes o encargo de obedecer e dá o maximo pres– tigio aos teus mandado~, P<?r meio de uma sensata parcnnoma e.rn prohibir e ordenar. Sê escru– ;,ulosamente justo, verdadeiro e lcgico; aconselha e adverte com paciencia, antes de ipunir; res– peita, como um contracto sagra– do, a promessa feita, seja de pre– mio ou de castigo. E entre pae e mãe haja sempre absoluta con– cordancia de procedimento pe– rante o filho, para que a auctori– dade dos dois se não desmoralize mutuamente. V Sublrae quanto possivel QS creanças ds conversas de aduUos, se as quizeres conservar moral– mente saudaveis e puras. O habi– to de as deitar cedo é mais in- , dispensavel á hygiene da alma que á do corpo, porque é á noite que em geral se faz em casa a chronica das to-rpezas da vida . E os pequeninos cerebros traba– lham sem cessar e adivinham fa-

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