Revista Do Ensino 1930 - Abril v5 nº 44

JIEVlSTA DO ENS I NO 107 .dr . ,Francisco Campos, que não sa– beria agraidece-r suffi,cien•temenle, h avel-o acompanhado, e á sr a._Ar– tus Per:r clet (1) , em uma viagem ao i111~erior e da q ual muitos as– p ectos pi,Uorescos esta r ão sempre ,pres~n,tes ~o meu oopirito. Fal– ta~me o tc,mipo pa ra faJa.r-vos d e noss,a t;rav-esi a do S. P r ancis co 1 sobre algumas 1l)Ta:111ahas, ào aimibi– ente d os ba·nquetes que sobre cer– tos pontos, lembraim os nossos do tempo ,de Luiz XIV, da habfüda– de dos mot>0rist-as ao passarem, em plena no i<tce, sobre dois '(}aus -collocados a través do curso d'a– gua, quando não abr-em elles mesmo o •cami,niho. Só iposso guair– d a<r ,dessa v-iagcm a pai,te esooLar. Trata,va-se d e i•nuugurar, em Pi– tanguy; uma Escola Nonmal e um g ru;po escola r . . . Comboio offici– al. A1wmnos agglo,meraidos nas es– tações. F ogu~tes, h ym,nos e di5- cursos em e aida par ad a, e que dis– cu,sos, meu Deus ! O meu pasmo eTa veriíi,car o quan1>0 .a mi·n'ha prosa, ,traidtuzid•a nessa lingua quente, -de intonações vi,gorosas, se tornava gran,diloquen•te. Mas não é ainda sob r e isso q ue eu queria .falar. Ao mesmo tempo, o pres idente do Esta do, acompa– nhado do -in9Peotor geral d a I ns– trucção, dr . Ma1,io Casasa,nta, inau– gurava, ,por sua vez, outras es– col-as normaes •e oUJtros ,g,r11pos es– c olares. Em sumnM1, é uma obra eonsider avel que se emprehende p or toda a exhen,são do Estado, ,para a ins,brucção das gerações que ,ch ega,m . IE' um movimen to que, ademai•s, soube gan,ha,r a OIJ)i– nião e é ,hoje conduzido por ella . Agora, talvez, me pergu·n teis: que é que vós ,mesmos .fizestes Já? Aohi está o objeoto ida segund,a p ar1e deste r ela tor-io. Jl!I Quando chegarmos em BeHo Ho– ,rizonle, a Escola de Aperfeiçoa– mento não se abrira ain,da -e o seu pessoal não estav~ r eunido . Ini– ciei en tão, no salao de honra do grupo escola•r " Ba,rão do Rio Branc o", \lJilla série d e con,fenen- ci-as sobr e t estes, ,pa•ra o ;professo– raido de Bello Horizonte, e demais p essoas a quem o assum pto pudes– se interessar . F iz essas palestras em fran.cez, p a ra auditorias que variavam de 300 a 500 pessoas, cir– curn.s·Lanciia que não assignalo por vaidade, mas porque r evela ain– da uma vez, até que f})on•t,o a nos– sa lingu,a é familiair por lá . Taes coniierf'lldas li,rnham Jogar -duas vezes por s emana, ás 19 hor as e · mei,a. Não faJa ndo no acolhimen– to do publko, a parte miai•s agra– daiveil ipara aninn eram os pas,seios su'bsequen•tes, no au,to do dr. Francisco Camipos, em c omipa,nhia d esite, pelas ,aveniidoà.s da Crupital ou nos morros que a dominam e de 0111die se v er-cebem as suas lu– zes fulgu ra<niles, ou mesmo a té pe- q uenas d d'll!des vizinhas, 1ão p it– itol'escas, COIJTlo Saba,rá, n,a relat.i– ·va frescura ida ,no-i1e . .Alberta a Escola d e Ai1>erfeiçoa– m enil!o, eu .fazia nella, ca,dia ma– nhã, d•e 7 âs 9 horai.Y, duas séries de ,d•emons brações, 'lll])J)roximadia– men•le, n o genero d as que r eali– zei nas E scolas Normaes da qui, .mias, o n urrnero das aJwmnas (cer– ca Ide 150) e um a organização ai,n– da incom pleta ,não me permi1 ti– l'aim ,d.a-r~lhes o c aracteir d'e t raba– lhos pra<tioos, que teria ,desejado, e cel'tame n ~e precis-airi:a modiJfi– cair o hora,ri•o, si lá tivesse p e·r>ma– ·ueci,do por mais tempo . Na Escola de Aperfeiçoamento, o en sino em francez, a falar a ver– d ad e, apresentava algumas d iffi– culdades . Uma confer encia só é assistida p elos que podem com– preh en dcl-a. Em uma escola que r eun ia pro fessoras d e todos os pontos do Estado, em numero de 150 mais ou menos, havia forço– samente uma grande pa rte a que e francez não er a familiar, Mui– tas começaram a tomar aulas sup– plemcntares da nossa língua. mas, mesmo assim, er a n escessar io mais tempo pa r a nos en tender– mos. Notae, de r esto, que se a igno– r ancia do francez er a grande em vultuosa proporção das alumnas, . o seu conhecimen to, em outras,

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