Revista Do Ensino 1930 - Abril v5 nº 44

Daqui Dois mezes em Bello Horizonte O dr . Th. Simon, scicntista emi nen te, collaborador e conti– •nuarlo r rle Bm et nos seus t r::1b ri- 1'hos de psyohologia educacion al, que r cnovar :1111 o ambicnle da es– cola. ·acaba :de tr ainsmiiltir aos seus patrícios, em i ntercssan lissi– mn exposição, que transcreve– mos, as impr essões de sua via- gem a Minas Geraes. E' sabido que coube ao nusso governo a tniciativa de ch amar par a a Es– cola de Aperfeiçoamento, em sua phase inicial, um grupo de tech– nicos e de pedagogos eu ropeus, entre os quaes a figura particular– mente sympalhica do illu,stre me– d ico de Perray-Vau cluse. Em Bel– lo Horizonte, onde habitou alguns me2ces, o dr . Simon exerceu com agudeza os seus dotes de obser– vação, sobre todo o nosso appa– relho escolar. O resultado são es– ms paginas muito expressivas, que a lnspecto,ri..a Geral de I ns– trucção achou conveniente tr a– tluzir e di vulgar, e que foram li– das, pelo seu aucto r , em r eunião da Sociedade "Alfred Binet". Paris, na presença do embaixa– dor Souza Dantas. São traços de um espirita fino e desembaraça– do! passeando agilmente sobre c~1sas e panoramas extranhos, e nao se deixando turbar nunca p ela transição brusca de plano e de ª!11biente. Estudando o nosso 4:síorço pedagogico, p rocurou ser J US t o e definir exactamente as proporções da ob ra que empre– hendemos. Tal de suas imp res- e dali sões, com al,go de a nec·dotico e pittoresco, ajunta mais encanto a esse quadro, que, po.r certo, at– trahir á a attenção dos nossos lei– tores . ,convidado pelo governo do Estado de .Minas.! embarquei p a– ra o Brasil a o de fevereir o ultimo. Penso que vos seria a"ra– davel empr ehender a mesmá ;ia– gem, tan to mais que vos seriam p oupada~ ~s hesitações da p ar ti– da e as d1fficuldades inherentes a qualquer m issão. P~is b em, não é sem appre– h ensao que n os re solvemos a em– barcar; imaginamos com temor as novas condições que vamos en– contrar e, de resto as imagina– mos erradamen te. Abandonar- mos, por qualqu er cousa de des– conhecido, a tarefo que .estava– mas realizando, a vida, talvez rotineira mas r egrada, a que já nos habituáramos... Accr escen ta– rei que, se as nossas adm inis tra– ções favorecem esses d esloca– mentos, e eu fiquei r ealm en te sensibilizado pela solicitude que me disp ensaram, os r egulamen tos que os tyrannizam impõem, entre– tanto, a obrigação de nos afastar– mos d'i:)Jla,;, e snbei s que : sso não se faz nunca sem pezar, mesmo por pouco tempo. Não digo n ada sobre outras sep arações, de que as p lataformas das estações são tes– temunhas habitua es... Quan to aos mo tivos da partida, que devem vir no fim de tudo isso, além do de– monio da aventura, que represen- ,

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