Alma e Coração 1931 - Anno 14° Fasc. 12 - Abril
4 ALl\IA E CORAÇÃO · 1------------------------- E o pob re \· elho Amadeu, que até quelle rnorn enlo nun ca se havia oc– upado com a Yida espiritual, acabavn e mostrar um drsejo ardente de se rnar espirita, para mais depres3a co- . hecer a Verdad e pura,-que é a exis– encia de Deus como Ente Sup1·cmo. Em 5 de abril de 1921. Esp. Oraculo Mçd. JA NiJ' f>AnENTE u111u.u1it111111111111 A «lnterncitional Psydiic Gazetle" narra o se u númerJ de Agosto os res11llad os blidos na Sociedade de ln vestigações ar~psiquicas de Paris, das profecias fe i– as pelo grande clarividente, sr. Pasca l , 0i-lhuny, para se realizarem· anles de 1 de Julho. _fofç]iw1ento,-a-pesar•de rei– erados pedidos a todas as 129 pessoas a uem tinham sido feitas as pro fecias . só ompareceram, na sessí1c1em que se h,1- ia de verificar os resultados, 28 pessous. 'possível que de muit n,5, que nao apa- ece ram ainda ,se recebam noticias, alen- – endo a que já se encon tra va muita ente veraneando. Em lodo · o caso, os esultados apurados nas 28 profêcias po– cm considerar-se brilhantes, co1no era r eprever, em vista das fac11ldaeles ex– raordinarias deste metagnoml). Das 28 profecias aprecill.das, 16 reali– ~aram-se inteiramente, 4 em partes e 8 alharnrn. Algumas das coisas preditas mm ;ibso lutamente improvaveis ele contece r, con, o casos de enl ouq tt eci– nento, de envenen:;mento, de cegue ira, r tc., pa::sados com pessoas inteiramente esco1Jh ecidas do rnédinrn. Feitas algumas profecia; por pessoas sem mediumn idade, para termo de com· paração, os resultados toram nulos, ao asso qne os positivos, obtid~s por Pas– cal Forthuny, Pxcedem aos casos ap ura– os a pernentagem de 50 %, O I PEI ltfl:1.L,r 1ll1I IJ11t-.•ltlt 1 1 1:11•1311......,,....,,• • , .,.• r1.1nrt'·IJ'.'•••'.!AII~ 1 r .-......, Triste contingencia humana ! Tristíssimo destino o que nos trnçou Senhor D11u1,, condemnando o homem comer o pão com o suor do seu rosto! . Porque luctamoa no afan de ganhar lmheiru? Será para enriquecer? 1Será :ira accumular,será p:tra desbaratarmos 10s gosos e superíluidades da vida ? ·ao. Quem póde negar a verdade amar– ª. que nos arroxa o peito e nos com– ~·1 i:n e as lernporas quando vemos as 1fficulriarles no lar e a escnsc:;p7. rio rii- 1heiro-fonte õe todn o conforto, de odo bem est.t1· rn · l<' l'inl ; pno e casa, vestuario e luz e as mil Q uma peque– nas cousas de que prcc:isamoc:; e só com o dinh eiro 1•ode11Jf1s adqnirir? · Não ha despren di do de dinheiro {JUe nn.o careça nlimenlar o eslomago e co– brir o corpo. Na.o se vive sem comer; na.o se póde andar des pido. Apena&o mendigo, cuja mizerahilidade inspira comµaixão, vive &cm trabalhar para ler dinh eiro. Ell e, porem, precisa; nn.o traba.lha, m11 s pede. Ou lhe ds.o o _tlinh éiro , ou COUiil equivalente, ou morrerá de fome 1 como morrem os pobrl's .caes abando– nados, vadios elas ruas; · Toda profüsâo é bô::i, conforme a clis~ posiçe.o do individuo. E' preciso hwer genle parn tudo; habilidacies arlisticas, pendores intellecluaes e gP. ilo para os miste es mais rudes. De que se tc ce ru as necessidades uo· home1n . civiiisac lo, quer nas grandes c:1pitaes como nus pe– qu e11as terras ?, De uma infil)iuade .de Dbjectos q11e no& cetcam e nos s-a.o in-: di1p ensaveis-dcsde o fraldinha do re– cemnascido quando entra no rnunelo, nnm grilo de afTli cçao, até o buraco re- . tangulç11· da sepultura on.de vae dormir o so111no da transformaçn.o da chrisalida, o corpo, onde a vida se extinguiu. Em tudo entr..i a molla do dinheiro: Ajunla a futura rn am!l.e os pannos ve– lhos e arrnnj ::1 o dinh eiro para pagar a · comadre quE: ha de vir ajudai-a a dl\r á luz o filho; e a alfazema e o oleo Cl o leitezinho e a farinha alimentícia esp.ernm o pequel'Jino, logo a.o abrir dos olh os, qu ndo a parluri ent.:: não pór:le aleitar. E á beira do moribundo reunem-se os parentes ou amigos, afim de arran - jar lambem a moeda para pagar o coveiro que ha de abrir o lumu!o. Mas, enlre aquelle _berço e este tu– mulo, quanto dinheiro se dispendeu ! Quanto se soffreu, se lt·aba lhou, se es– fur.,:ou e pm::l.eceu pura adquirir dinh eiro e manter a viàa ! Encostemo~ o ouvido no pcilo alheio; Os corações andam as-itados, parecem querer crparlir as grades da prisil.o». Es• cutemos: Ha um rnurmurío igual e com- 111oredor :-Ah ! Se eu tivesse· dinhei– ro! Conio eu estou necessitado ! diz um; éoi110 vae ser para educar meu!ã filhos, Senhor Deus <los Céus ? ! E um outro coraçno, soluça, baixinho e envergo– nhado : Ah I meu Deus! como hei de comer, se os meus filhos não tem traba– lho e elles süo o meu arrimo P !.. ,Pedi r ! Nao posso; e ningnem me daria. Onde nchar o dinheiro para supprir as nos~as necessidactes ? Tudo já está faltando. E eu softro sem poder contar; niniuem acreditaria!•.• E a pobreza é como à le– pra qtte faz fugir os amigos ... O empregado pobre, o commercianle \ no balanço das oscilações carnbiaes, o profec;sor cançatlo, chefe de familia 1 grnncl e. E a viuva e a moça orrha; o es- j tnr1ante e o oper,1rio; o rle meiliana ron– diçfto e o liomi; m 110 pr,vc,, lodos se Sl' tt- tem affl iclos; lC\dos se consull:im pelo dia d~ amanhã, incerto, ass ustador e que tem de ,vir com neress iua.des no– vas, sobrepostas á,, e.dslentes. E' a pobreza envergonhada, a que não sabe andar descalça e nunca ves– tiu o algod~ozinho da carnis:l do car– regador. E' a farnilia que se préza e educa os filhos, soohan.do um fnturc melhnr. E' o joven do coraçs.o be•n formado que pésa a sua rcs ponsnbili– dade, nu pagamento da divida aos que o fiz eram um homem e a quem as por– tas do lrab~lho, como num amaldiçoado anatherna, fecham-se, lanç[lndo-o na nullidade ·das cavações subalternas. So.o :,s dores muraes µrofondas e occultas a .ferir numa corôa de espinhou o po– bre .coraçílo dos pobrPs ! E, no desalento deste quadro pun– gente, a r-nnllidilo eles desclassificados, porem ·viventes, que veem o amanhecer e o anoitecer dos longos àias, sem pl'to, em lar e sem luz ! Como seria bom ter dinheiro para faze r o bem ! Só o pobre pema ass im. ELMfRA LIM.\. Dcsencarnes J oaquina OerJeira Inesperatlamenlc, echoou em Belem a noticia de que já nrto perlencia ao numero dos vivos da terra, a venernn– da senhora que se chamara Joaquina C,i rdeirn. A casa encheu-se de arnigos, accor– ridos alli a levarem a prova ela amizade. Era real, era verdade a nova fune– bre da partida suhita de nossa presaria irmn. para as regiões invisiveis elas mo– radn, do Pae. Um collapso cardiaco, abrira-lhe a porta uo lumulo e a porta mais ampla do espaço, na occasiao mesma em que se vestira para rnhir, e, conversando com uma afilh~da amiga, aguardava uma estiada do rnliu tempo. Teh1 a morle des tas surprezas inlere~1oc1 ntes, por vezes. E que bom rll've ser isso para os que nn.o d@ixarn seres queridos a amparar e, cuja conscicncia é calma pelo dever cumprido, atr_avez ela vidnl Viuva, \'iV:! ndo na humildade do seu lar. dedic:n·a-se a nossa piedosa ifm~, em vi. ilal' os enfermos, oral' na cabe– ceira ctos qua soffriarn, levando o leni– tivo a dezenas de lares onde ella era ,·ecebida como um inlfrmidiario dos bons effluvios do Senhor. Medium curador, cheia de fé a sua arçflo de carida<le deixou .um fo;·te cir– culo de gr«lidM e sy_mpalhia, onde ella era levarla na pr<i twa do Rem. lJescançon, pois, rlo lirfor da terra on le os corpo:; pezu r11 e se a, raslan~
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0