Alma e Coração 1931 - Anno 14° Fasc. 12 - Abril
• . E pensa meu aniigo que a lucta fi cou lerminarla enlre os ch1islãos? Thiago continuou a perseguir Paulo desunindo as suas egrejas . E nem por isso deixou o apostolo dos gentios, o intemerato Paulo de percorrer qnasi toda a As ia menor, abrazando os povos na sua nova fé, encan1inha1Hlo -os á doutrina rle Je:rns, e de c·om seu amigo Barnabé, levar o christianismo ao mundo grego e ao mundo romano. E nem pelas desaven– ças dos primeiros c/1ri!>laos, deixou o christianismo de atravessar os seculos vindo até nós,-talvez, os convertidos de hoje. Comprehendeste, certamente, que nno é para admirar, ainda, agora, anda– rem alguns dos que adaptaram a mesma crença a levar de grupo em grupo (í'grejas), ou de cidade em cidade o <iescredito a seus irmaos. Dia virá em que todos, esclareci– dos e forles pela mesma fé, se irma– nem em solidas lnços _de fraternidade e de amor, pc la .,,anta causa de Jesus. Esperemos. ._ Até breve .i\ncrm.rnto Lf\tA ALUA E CORAÇÃO , sympathia muito particular, propria elas almas simp les e bôalil. [ lado u en – contro costumado, foi encadeado entre os dois arnigos, uma séria e demoratl.. conferencia. O n,ais moço dos uois, re– solveu, . tomando da palavra, contar uma pequena 11historia» para dissipar por alguns instantes, a magôa d'aquelle cor,,çao de velh,o, ácerca de um caso quasi idenlico ao seu e q11e bem poct ia lhe ~errir para obter, corµo exemplo, alguma coisa para o seu beneficio, e sobretudo, para por um lérmiuo a sua 3 um alljo, em fórma de mulher, sern a minina demorn, o co:1cluzio, que nlé hoje se saiba o destino que maram ! misera situação. . E d'esta fórma lhe fallou: Dizem os qu~ contam essa hi ria, que o bom do velhinho naJa n era, que um esp irifo de alguma ele çno, que terminava a sua dolorrsa et· de sotfrimentos na te1Ta. A Jama véstei; brancas, era o seu Anjo de Gu da, que disfaçado, lhe vinha abri porta d'aquella cadeia, para lhe da liberdade oecessaria. Só assim, elle · 1 cleria se encontrar na posse de .mesmo. .i\ sua visn.o eslava deslu «Guardava. o leito de um hospital I brada ante o quadro eloquente qu descortinava em sua frenle: uma b_ ti 1 1, 1.1 1 1 1 1 1 1. 1 ••• 1 1 ... I li I llll ill19Jl, 1:llll ... .... .u. ..... \l,/1l .•1•,u...11 alan1êda, atapetada de flôres, emb ©@:!©Gll(!)~~ ~~~i)®@! I gnndo com o seu perfume, todo aque ~ f • • • t suave a111bie11le de Gloria e de fe ~ OQUefl fO espJrJ 8 dade" ! ! -------------- i ' -Porqne, meu dedicado am , ~ oo ALJJIA E CORAÇÃO ~ egual ao velhinho da historia, no.o ~ Aos confrades de BtJlem do Pará ~ vas o teu pensam,mto á Deus. roga 1 ~ 1 ~ perdão para as tuas fali.as e · prol ~ Co1uo cnEGUEt AO :csPIRITJSM0 ? t'i , para a tua alma, combalida de t º QUE PE~S0 DA D0UTRl:SA ? 1 soffror? ~ ~ O bom velho, pensativo, quasi a l'í O Ar.MA E CoHAÇ.i.o, IJO proposito ~ dido por tudo quanto ouvira e lhe ~ de tomar conhecidas as oµiniões ~ rnelado, . pois nunca em sua lo ~ dos vanguarcleiros do Eepiritismo ~ existencia se havia preocupacto de O S , mo ~ nesta terra, inicia, em seu pro- ~ ve, siquer, com a vida futura, julg u p re ~- ximo numero-!? do quinto anno ~ ~ em sua imaginaçllo, que a felicid u, ,,,,,,,,,., ,,,,,,,,,, ,_........ ,.,.,.,,,.............. ,,.., 1 ~ da 2~ phase de sua existencia , ~ 1 terrena era a unica que podia lhe a .. • • 0 • • · ~ n1aio de 19~ l, o inquerito acirna, ~ veitar: e que fóra d'isso, não pe Apenas era visto raramente pelas ~ despretencioso e amigo, para O ~ tempo com as lendas, productos ruas, de uma peqnena villa, quasi des- t'I qual forá distribuir convites cir• ~ phantasia do homem. Mas,_ por d conhecida, do velho e decahido impe- , ~ culares. :J I reocia para com seu ap_recia_do a1111 rio romano, uma d'essas creaturas que ~ A!! respostas ser/lo publicadas resoh eu di?.~r alguma co1sl:I a resp pelo avnnçar dos annos e pelo estado ! por ordem de reccpça.o. · 1 do assumpto venliladn. de penuria que apresentava, duva logo ' ~~~~~(!)~~ j -1\l&u bom Jorge : a lua «histor a entender, nos acharmos cm frente de 1 ,._. •• ,,,,,,,, , •• ,. , .,. ,.,. ,,, ...,,, ,.,. ,, ,,, .., .•,., ,.,•• ,.., em nada me adianta, porquanto, jt um pária da vida. Realmente, conse- tudo isso, factos absurdos, e que p guindo all'avessar ta.o longa jornada e de Caridade, como indigPnte, um velhi- 1 a minha triste siluaçn.o narla pod serr:pre penosa, causava compaixao, nho, que se111 familia e francamente só influir. Vejo os acontecimentos da v nao só o seu e1tado pliysico, como a no inundo, ni\.o linha por elle, u111 ente por outro prisma inteiramente divc1 falta absoluta de um ent·• caro que po1· querido, vivendo terrivelmeute abando- Jorge, no.o encontrando oulru m elle velasse, ju1tameote nessa emergen- nado! E, para minorar as suas dôres ao soo alcance para converter eia, em que nos d~frontarnos com a e afflições, de quase foi elle lembrar? bom caminho, aquella alma de mi'::i eternidade. Fez uma préce com trinta ferrôr e con- lropo e de descrente, resolveu, en Era de o vêr, sempre com as vés- vicç::lo á Deus, pedindo consolaçO.:> pan, lhe dar nm alvitre que melhor influi tes ândrajosa1, sem cuidado e sem o os seus sofl'rirnentos e amparo, lambem, cm seu espirita endurecido. E foi ') asseio conveniente. Os cabellos bran- para que pudesse aincla a ~ida _Ih~ ser realmente fez. cos a lhe cahirPm sobre O!I hombros mais suave durante os pouqu1ss1mos CUl'VOS e a barba baslonte longa, sq. ~ias fJUt! lhe reslavam ... Subtamenle, parecia que obrigava aquel la cabeça inesperadamente, um sêr e~tranho lhe pendei· f)ara os (Jé&, lhe emprestando bate a porta do quurto; ern uma for- uma apparencia de monge dcspresarlo mosa darna, envôlta em uma tunica pela cornmunidade. 1 branca; o pl'Ocurava, pronunciando o Corriam, como de costume, céle. seu nome. remente os dias, e com elles, todas as Uma Yez lendo penetrado no pe– lonenles de amarguras e de trislesas queno e misero aposento,, disse clara– por que vamos espiando na tena... E mente o fim de sua D1issn.o, que era se -Amigo! Nno quero, ao partir, deixar em duvida, sem uma pro\'a 1 que Deus exic;;te e que a nossa , ullo se acaba com a morte. A a nâo morre; é mysterio para os ntr dos, l)0rém, é facto real e con hcL de todos os crentes e muito espcc mente, d'aqudl es que estudam e o pobre velho, solitario, pelas ruas de. encarregar da sua possôa, pois, rarn 1 guem a doutrina espirita. -Doutrina espirita? Afinal, o vem a ee1· issu ? &et'las, sem uo menos ter wide se reco- isso, alli linha sido enviada. Jher pura dat· descanço ao fardo do cor• O vel!lo, sem a menor indagaçrw. po, tao vergado sob os pesos das des- resurgio logo, como por encanto, do • venturas I abatimento em qne se encontrava. Fi - üe quando em vez, se npi'P.sentava cou mais encornjado e se levanl.011, ar.– em sna frente um rnpaz, qne manifes- cei timdo o braço caridoso ryne lhe em lava pelo rlcsbcrdad o dn so rt e, u111 á offerecitlo pela visa.o enca ntadom de -E' a doutri11a que convence < a verda-ie. Hespondeu Jorje in co nente. -Pois b?':11, meu amigo Jorj e, r111ero ser e~pll'l h , parn r.onhecrr a dnde.
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