Alma e Coração 1931 - Anno 14° Fasc. 12 - Abril
nós illilminndo pelos esplendores da \'erdade Ele I na, em plena concordan– ria com o mundo éxterior, cheio de maravilhas. e um e outro . cm plena r1uctoridade, lent1111do approxirna!'-se funto quanto possivel, cl'esse symbolo da Pcrfrição Suprema. Taes são as rnncl11:,ões cnnsoladorJs do «Evangelho E~pirita", interprcta11do o plano da creaçno- enr.aminhanrlo os povos para as soluções do seu destino na terra-unir cmfim aquelles qne a descrença P. o fo~o das paixões SPpara– \ arn, na 111ais fulgunwle união de ir– mãos," MARCOS A RGUELIIES • ,.... • • 1 1 1. • • 1 , • 1 1 • • 1 1 , , , t r• • 1 ._,......__, 1 , , , 1 , 1 , 11 Meu caro.: Entraste, agora, a observar um novo campo. F ,..lai-me das diversac; opiniõrs de · crentes espíritas rii\'ididos por intcrpre- taçúrs de rloutrinas. 1 l'-i: o é tllo grnnrl0, como te pnreccu a 1 separaçno de que tralns, porque tod0s · procnrarn alcanç:n o 111esmo 1im: o do aperfeiçoamento hu111ano, pela regrne– raçno dos costumes. Se un~ n'io acceitam a rcencarna– çno corno acontece com os nossos ir– mfios dos Estados Unidos da Ameriea do Norte, 011lros e cm mnior numero rnlendrm que a reencarnaçno é o rn io principal de resgate de faltas do pas– f'[lcio. Em uma só vida, sel'iu inexµI ca- v Ia justiça de De11s, qiiando obsen·a– mos as difi'errntes classes sori:res, os nnsriml'ntos felizes ou desgraçados, as ' virtudes e os vicios das creaturas qu nllo podem ser attribuidos aos pnes, pois a hi·torin regista facttts de casaes vii tuosos, cC1mo de .Marco Aur<'lio por Hcniplo, geran,fo a Commodo, um filho monstro, de vicias. As luctas que dizes se notar entre oi; c>spirilas nno te pareçam como moti– vos de rlC'sunino. Cada qual dá o que tem. ,.\ inlelligencia nno se aclnra, sem trabalho; o moral nil.o se aperfeiçôa sem esforço. E' lc>ntamentr,, paulatinamente que ,·amos deixando a ganga da vaidade, no orgulho que geram desavenças e por vezes odics. Ante$ deves acreditor: a proporção rrne a intellig<'flcia se aclara, que I ra– z:10 se illumi11a, que o moral se aper– f, içoa, as lmas se i1man~rn, se unem, ·e comprehelH ern, se e!-ltmain. E' o principio de affinidade que se az po~ilivo. Divergencia de p:mgar, de sentir, e :rn11•· C' prin('i pi lm ' llfe 1'01 rfffundir J, f • 1- 1~ lt 111 ,, nm l I l,,s ,,s tempos . Para o meit bom ir m(w .Mo, e "lf! tli'guellcii TPm Arguclles de Madrid «G:orieta bella y hc:rrnosa" Este, que aqui conheci, Tem outra bem mais formosa. O seu valor ei-lo n'alma, Que D,?us fez amplll e .rasgada E nas lemµestarlcs calma. (Porque é de Dru3 a~ençoada) Penso nos dois monumentos ... Der,ois fico a niedifJr: Qual deles, d'azas aos ventos, Se consegue av:rnf iijar? Na praça todos reparam Nesse Arguelles de Madrid O do Pará só cantaram As vozes do Ben; -lr-vi· Eu, avesita passando, I ipilei co'ns da ciclade, E peço a um zéfiro brando Que lhe leve esta verdade : ; Ta praça do coraça.ú Só Deu<, ergue os pedc>sfa~s Onrlc em pureza e razA.o Bl'ilha111 grnnd,:,s Iclcaes. Anlrs se1· visto por Deus Do qne por olhos h11manos. !\tio \'Oll. Chol'e. Os votos meus : Qnt? virns por longos ano9 Com saudc e alegria, Contente· por conhecer Oue a noite sucedo o dia E, na s1.11da do dever, lla na dôr tal clnridadc Ou~ ela propria é que alumia O r:rn1inlro da Verrlade. Que importa a chuva a cahir? Nao põe eston-o ao pensamento Poir: que mesmo sem sahir Visitei-vos 11m momento. E fica a minha saudade Hrm expressa ntsle paprl Sem a chuva nno ficava Eu passnv· l~ nada 11rnis atestava Lembrança amiga e fic,1. J\ssim ~ chuva, cnhindo, Fez falar o: co1\1ço.o E disse quanto la indo l\"no diria. Eis a razrw, D&sta chuva torrencial: Deixar-vos uma saudade Que fale, com verdade Do vosso e meu Portugal. MARIA O' 'EILL 20-1-1931 -Bclem-Pará P. S. -Fuzila o raio, o lro,~o Ribombando c0m fragor ... Queres a tC'rra amedontrar? -Sâo tempestades qne Yno ... Vne terminar muita dôr. Anós o sol a brilhar Outra vez torna, sorrindo á flôt· Virá de novo alentar Tudo com alm e calor. . 1 Pensas que os pl'illlciros apostolos do Chri tianismo, :ipezar das persPgui– ções que nbnegadamentc todos suf– friam na época l' que, por isso mesmo deveriam ser unidos, andavam a pre- goar sr.m desnYcnç:is, a mesma f{,? li:studa a vida de Silo Paulo, o bnegado apostolo, e conhecerás das pei;seguições que soITreu dos nã.o me– nos abnegados-Pedro e Thiago. Quanrio Paulo ele Tarso, illumi– nado na estrada de Damosco abraçou o Chrislianismo e entrou a re:sgatar a snas. muitas faltas, c;,palh:rndo e!:'sa consoladora doutrina coma uin teste – munho de sua nova fé, lc\'e de se diri 6 ir aos ge,1tios, porque, entre os hebrnicns, ~ra recebido com res~rvas e desconfi– ança, nno somP.11[1> por 1,ireconceilo de raça, mais ainda peb largnc-za e intelli– gC'11cia que cnlüo d.1va os ensinos do 1 J\leslre. . Diri<liram-se os partidos entre os 1 cl11 isli\os. Thingo e os seus di!!cip:ilos perse • guiram fortemente a Paulo, perturban– do-lhe as su(ls con11uistas da fé. Corinthio, a cirlade amada de Pau– lo onde com denodo elle hnvia cliffun- ' 1 , dido a sua nova douirí11a couso actOra, , fnr11 perlutbacla pelos er,,issarios de Thi, "º parlidoc; de Jcrusal,•m, para desu~r~dilar o auo tolo, Jauyarnlo a u1:so,de111 nas Pgl'~J°IS. T11;11 partidos se formaram, o de Pedro e Thiago, o de Paulo e o de Apol– los -o judeu eloquente que havia abra– ç:ido o Christianismo. 'r,o somen~e em C:orinthio, mas em toda a Antiorhia e por toda parte os hieroso'ymilas, como se chamavam os chrisli1os do partido rlC' Tltingo, per– srguirnm P,rnlo , desunindo as cgrejas por este funclndas. Para lentar uma concilinçâo Paulo, Barnabé e Titus, foram á forusalem entcndrr-se com Thiago. ConfL'rcnrias sobre conferencias c;e rcaliznt·.1111 e r:ada ficava tir111aclo. A principal questao Ycrsa\'a se O!> dtl'islnGs deviam i:ujeitar-se nos pre-~ ccilos da lei mos:1ica , so dcri:.tm SN' cil'cumch1dos ou circu.mci ar-sP, por– que Paulo suslt-ntwa fit-mcmP1H1~ <pw Deus nno distinguia o. p1gilos dos Jll– dens e ncio 1 1 m !frito consi,lcrnr i,nput'o o rpte T>eu., !uivia pw·ijicarlo P, ulo fora olhado como um herr"e pol'quc o seu ~n:igo, Titus, qn_e s? con– vertc>rn ao chr1:l1un1s1no, era rnc1rcu111- cirn. Foi preciso a intervença.o ele Prdro, moderado e d' profundas~ mpathin por Paulo para lrnzer a paz, serenando os animo:; e decirlindo q11e fossem con– siderados legitimas as com·crsõcs dos pag-no . Paulo cnnsentin lumhem que o sP11 amigo Tifus fosse circumcidado, l•í'lo qne rtisse: «Fui judeu com oc:; jn– d<.:1 s vara cnplirnr l's ,i11rl 'Jh•>.
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