Alma e Coração - num. 10 - Fevereiro

2 a correspondencia para este jornal eve ser enviada para a redac!ora-secrela– ·ia, caixa postal, 168, e travessa Apinagés, 10· essencia inr·omprchensivel que penetra todos os atamos; eu sou a gol la rto grande oceano da alma universal, con– tido na materia in fin ita; e11 sou ,t força que i11q iõ ·m mov imentu a todas as forç:i;:. f<:n sou o princirio d:is alnrns ,;orno n, eleme nto:. onde palpitn, sn.o o principio dos corpos. Das cornbinac;ões qu e formamos or– ·!anism;-,s, minlws combina~ões fo r nam ns in~tinclos, os sentimentos, os µen– :Lrn1 en tos. .A matcria, meu envolu cro, c·u e:om– l'1a11do e eu obedeço . Ella não se pó e 111o vcr sem mim e eu nllo posso 111c 111anifeslar sem ella. Nós dois 11ão c;o– mos senno um é a lei sem limites, po– tencia latente, na substancia dirfusa. Eu parto da inconsciencia nbsol11la e aspiro a plena ronsciencia. lfo sou a verdade · que se approxima pouco a pouco e se realiza. Eu sou a harmon ia passiva que dc– srj1 ser a harmonia activn, vive11b; sou a força obscura que lentamente se adara e será luz um dian. Sao ~s labores da vida organica que se rn_arnlcstarn . E o myslerio <la vida a ~rgui r na succcssa.o nos seres, na cs– c~la organica, obedecendo a lei do aper– fe1çoame1ito que rege lu rlo o que existe alé sua reali7aç11.o completa 1rn homem. Das plantas unicellularcs nlé os cor– polentos 11w1rncotilecloneos e aos ccn– tenarios dirolilitloneos; ;1Os nnimab se elevando do i,r,gte:1~0 ao homem. Mas, sempre, qualqurr dos r0inos ,,,tá sujeito a unia uni ca lei, a lei cl~ auopça.o, que á uma lei de progi-<.sso, em toda a creação. Desde que apparereran flS primei– ros organismos na snpr.rf :,·ie d:i tcna 1e111 cs::,es passado atravcz <l,i niilhar'L•s de arrnos por um incess,u1tc labor a procluzir 11ovas formns dt! Hpedt içoa- 11,enlo até a sua ultima pr0clucç:1u qtH: é incontrstnvelmente o ho1111i111 acl11al. Mas para q,1e isso SI? re:.ilize, para é e dat· esse aperíeíçoan 1c•1tló gradual torna-seprccisoq11e os si•trs vivenll's possuarr uma somma de intt~lligcncia que se vae a:ugmentando lr..mbern gra- 1'11almente e se especifica11.Jo a n,edida que os seres sobem a escala rlns gt"ra– (·ües até formar organismos cornp!tx ,s ;;1,;lllO Sil!1 , '· corpos dos nniniaes e o:; dos homi:11~. A vida p;,ychicu assim apresenta em 11u·llquer dos seres nma conlinuidacle 411e assr~ura a sua in<lividualidade, O homem assim é pois um com a 111ulería cosmica, subtil, o ether dos ; 11ligos, pi1la lei da continuidade n!lo interrompid a; é um ro rn Peus, dond emana, para a conqu ista da ~ ua •indi– vidua li dade no concerto do universo . · ARCIJ1,1IJJJJO LT!IJA ":'".~""'"'f!l y~t ~ !~ ~~-ª- d onascimento Existe algu111a coisa tão grave c0mo a i\lo rle: ó o nascimento. Evocndo a viJa de conformidade com os my5tcrios dc;J 1:spirilo, vem, em se u tPlllfJO marcado, onde deve vir. Ha u::ia verdadPira tivo nin com todos os sru, horro res , ha urna Inda t0rrivel entre o csp irilc• P se ns so ffrirn eu tos fu– t11rns, :rn,il og.1 á agonia lC'rr slre e, a lu cl :1 ela matc·rin que não quer dei xa r o esp iri lo que encarna. Deanlc rias provas ent revistas : o cn– same nto doloroso, n niorle rl os filhos, a srpnraçuo dos entes cnro!', a rnina lct·– restre, a prisn.o, a deshonra , compen– sacl:ts apenas por nlgumas bem insign i– ficantes alegr ia!:, o espírito se enche de ang11s ti a 1 sua luz se ob:.r.ureoe e elle exclama , commenla11do a palavra qne echoou através de todas as espherns vi– !:Íveis e invi síveis: Senhor, nrw me aban– donei s neste inft!.'rno terrestre onde vou me consum ir ! Depois os fluidoc:: do rio _d o esqn:ci– menlo, rio astral<' n:1O pbyslf'o, rorlL!Ja111 o c!<pirilo qur ,·ai <lescr1; esta pe rda ele memoria do pas,;ado , é índ i:;pen~avel pa ra evitar o suicídio 1m terni. Duranle a evocaçtto, q 1w ro nwça por uma vP.rligrm de immorlalirlarl<', <·on– forllle seu grau na gerar ·hi~,, a alma deixa un•a elas suJs morad:1s, e vem vi~itar n 111111 1 C'J' q11e deve ,·isilar, e du– ra 11 ll! nove r •vol1u;õc•s lunarC>s, prC'nde seu-; C"ff11tYios sjrt•rar !", pe ln s:111g110 e pC'la al111..1 Lla n1i\P , .tn eorpo terrt::-;tn•, e:11,ia primeira aspiraçn.0 v.ii c11g11!il-:1. i'\'t,sla c:reaoça palpi t 1 tl!11 :ri1y~lt· 1 in Espirilo e da e""rosa do Pae. E~la rrP:inça é iim a11tPp~1-sado , uma alma l c:le,;lc numa efflgiu k rrL'sl1 L', umn immndalidacle q11e Yem mortificar-se, purificar--,c na dor, apu·foiçoar-se na prorn , prnseguir 11u ebhoraçD.'). Elia r.f.io Yé mais Fie11 corpo e:,•leslc: C's!e se eclipsa, penlPll a vida real cl'Plle , sua intelligcnci,, se ob;;;clln'c~. s11, <·la– riviJpnri.1 d1rccla n:w , ê mai", sru c>n– lr.ndimeuto 11:10 e1,lcncle mais, sua sen– sibilidade esl,i em torta p;:.rle ahatidn, ent!'e ella e o Universo se inle1·pue 11m obstaculo tcrrive!, a1gun1a coisa d~ o!Js– curo e de limitante á Materia. Elia quer fugir: porém~cai sob 111-na irratliaçao que lhe lembra a Luz vivg, , a subsla11cia celeste; ó um beijo matemo. Fundador: FRANCISCO P. MENEZES Desencarnado em 1926 - Director-Archimimo P. Lima . Redactora-secretaria-Elmira R. Lima Eis o espirilo preso a seu co,:po ma - 1 teria!. Po r i so, e te e~bclo e,:pecial, qur será r:h;i lllailo a infani:ia lerr,-s trr, sr1 á um vcrdadeil'o 0~t..cln mixio no qnnl o e pirilo vi,•e airicln em dois µlt1nos. Alé ;1 od:1de d0s sele nnnos, tPm log::ir esla existen cia dupl a, e a creu 11 ça vê ~eu genio fam iliar que lhe apt1rece mui~ 1 as vezes . Se os paPs forem hasta ntC>s inl r lli– gen tes para n:10 rortnrr1n estas relnções , p,; ta existencia em parle d11p la pode Ler urna gran,l e i111porta11 cia no dcslino ter– restre. "Alma lllorl.nl , eis ~ua Mãe! eis aq ui tua µall'ia rira.\) O nascimento é a cm porisaçüo tlas nlmas, no so ni so r nas l;1g1 imns da ma– t.e rnidac.l e. Existí eis a,llcs uo vos,; o n::i srimenlo, ·ivere is clcµois ela vossa rnr,rl e,_ lern_– brai-vos, Alma!:: imrnorta es, qucrr1s o di– vino da vid:i. o nac;ci111 cnto é o :\Iyslt>rio a purificar-nos 10 nmor 1 1 erfe ilo do l!.:s– pirito no mundo das efí1ges e das prova;-;. O grande segredo da creaç;.io se re– vela na Mul ir cr, quando u11,a alm~ des– cida 11'ella, a conl0111pla atra l" e~ do al(•111 l"éo. , 11!ARCOS ARUUELHES <-•<>-------- OR.AÇAO n.t,znr é 111andar o cot·:i.ç:1.o pelo in– fin ito íora cm busra do seu Criador. E' dizer :i alma - Jiilla ! e deixar o cor– po in e1li> e como uma rstatua snc nr11- 1Ji dn- sob a miséria de si 1110.smo ... F' ou1 ir-se alg11ém n si próprio e pene– trar uns misteriosos suss nr ros que a :rnnlornia nno cxplir:i e a fisiül0gi:1 ne– ga, roni u111 sorriso illl·rérlulo .. lC sen– tir umns har1 noni Rs estrnnllns que le111- bram os e!'OS n1orilrnndas rle um orgi\o no s~1bito silêne:io da ca lrrlral qnc se fecha ... 1i:'pert:l'ber en tre estas d11as fo1 - mas visivt?is d,t mr,léria - o 1•orpo e r; mundo - 111,rn li1 1ha !:.Úlilil, 4ue é a di,i,óri::i. forn1id,hl•I do i111"ngnoscivcl . As mni· a11gu ti,Hfa::;ora~'.11es que hon- Vt\ no mundo jámú3 se escreveram t,u, • sequer, formularam em !inguagr 111 humana. As grandes rlôres s.1O mudas como os túnrulos, e fechani os lábio,; parn que a alma se faça ouvir melhor... Uma lágrima é, enlào, o rlisco lumi– noso on,le e~su altna se reflede corno •

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