Alma e Coração - num. 9 - Janeiro

. sarnento, apontando os vultos dos ir– mãos vi sitantes qu e iam falar . Levantou-se ~lar ia O'N iell e acaça– pou a assi stencia com o argumento irrespondível dos factos qu e narrou, eontando do seu chamado ao Espiri– t ismo. Como «Encaro o Espiriti smo>>, foi o thema. E a oradora di ssertou mais de meia hora, singe lamente, como q uem quer ser entendida de todos, de– monstrando que não é sua feição fazer pros elytos, arrancando a fé alh eia q uando "não tem a ce rteza de poder compensar, com a otferta da sua, o vasio qu e se fo z no llspirilo do qu e a ouve. Maria O'Ni ell encara o Espiri– tismo como a chave qu e abre todos os problemas, dando ao home:..: a noção cxacta do se u des tino na vida de rela• ção, diffi cil de viver , como se a deve v iver pa ra agradar a J esus, sem offen– flcr a ning ucm, sem a nin guem apou– car, nem lh e roubar os direitos, certos d t' que o dia de hoj e é a sequencia de hontem e o amanhã é illi,nilado aos nossos olhos, para pagarmos o mal q ue fiz ermos e o bem qu e deixamos .-de fazer, atravez as cxi stencias mul- t ipl as, por vir. . O salão cheio, contendo para ma is de 800 pessôas, a escuta va no respeito -0us sil encios de sympa lhia. E entre a ass i.5 teocia mui tos dPscrentes, outros dPsconhecedores das verd ades es piri- 1.as , viram como é bell a a força duma convi cção em quem, esc udad o. no va– lor _da sua cultura, no merel'imento rea l do se u nome já fe ito, vem dizer como foi chamada á No rn Fé, depois -de ter duvidado de tudo menos de De us, ha apenas 10 annos', qu ando a dõ r lh e enchi a ó.s bordas o cali ce da vida !. . . E se seguiu o jovP n or~dor p_ortu_– •guez no seu dizer condoreJJ'O e rns p1 • -ra do, no fogo juveni l e no vul cão_ da Dôr, a tecer a lindeza das suas 11na– gens, para cantar A viciaria do es– p fri t o. Filigranas de prata e ouro ond e se v0 como entrellasi nhas multi cores, o J1 ril ho lapídar <l os iHljecl ivo,; c::rnla11les pinclurescos a pintar qu adro,;-i ma~ ge ns vivi das e formosas, a im pressionar a::; alma , nos exemplos q uc r1'prcscn ta. O g•:slo a com pida r o p lnasP perfei – ta, cuidada, rnaviosa e palpitante, q ue ·óbe como azas a :,P cmbchrdar de ]uL "' mais l uz no, amplos e ill imila– dos horisontes do 1111.mdo esp iritual, o nd e nascem f' jorram _como r ios dia– mantinos ás fontes <l n m!=:p ira ção poc- ti ca. . . ~rnte-s(' ao ouvd -o, qu e a ~a,ol a do c-o~po roati~riul í.· eslr1·ita dc_mais para con t1• r a ave can óra dP ~a nl1r o ·_a ~·rou– Jmntes que a dôr da vida_ apn 1?na. Não SP sabe quem ma rn admirar, •ada qual na sua fe içfto mui to sua , ALMA E C:ORAÇAO muito original, muito sincera, e mui– to bella . Compl etam-se para a tarefa imposta de semear o bem, a carid ade, a belleza da palavra que inslrue, o benefi cio dos ensin amen tos qu e edu– cam. Foram offerecidos odorantes ramo1t dP. rosas e ange licas aos dois oradores, cobertos de appl ausos . Fizeram- se represt! ntar os membros da colonia porlugucza qu e fazem par– te da Commi ssão de recepção e ho • men~gens ao dois vi sitantes, e repr ~– sentantes qu e são da Federação Espi– rita Portugueza. O Grupo Ronstaing da presid encia dos presado irmão Haphael Gomes, foi por es te pessoa lmente representado. Não sendo possivel , nomin almente, citar os nomes de pessoas da nossa melhor soeiedade, qu e a presença de Mari a O' Niell levou aos Caminh eiros, deixamos· de nomea r os que vimos . Uma seg unda vez, na sessão dontri• naria domini ca l de 11 do corrente, teve a Confe deração ensejo de ouYir os irmãos de al em mar nas theses– «ü Prese nte e o Passsadon e Synlhese e Analy e», desenvol\'iJ as com a mes– ma profi ciencia e agrado de sempre, por toda a assl slencia qu e, apezar da chuvarada qu e cabi a, iusislenle, desde a ta rd e, quas i enchia a casa . FESTIVAL EM HOMENAGEM E DESPEDIDA A MARIA O'riiCLL E JOSÉ FERE.IRA DE LIMA Annun ciado dias antes pela impren– sa, con vites a circular, e pelos socios dos Caminh eiros, o fr sti val não podi a deixa r de ser o qu e r ea l111 enl.e foi– l.lm a victori a compl eta cm lodos os sentidos. Accedcndo aos convitPs qu e lhes fez a commi ssão chefi ada µda irmã Elm ira, fizcram·sP represe 1, lar suas cxcellPncias, o sr . l11lr r vr ntor Militar do Esta.do, capilüo Joaq uim Bara ta, pelo sr. ,J oão ViPira; o sr. prefc_ito 1~rn– nir-ipal, padre dr. LPa nd ro Pmhen o, pr lo sr. Francisco Chcrmont; s. s. dr. Edua rd o Chermoni, cl1d'c de policia , pelo sr. João Vi eira A l\Jaçonaria Paracnse, a quPn:i tan to dPve a Confederação no aco llumento l.iu mc1namc'nte c:uidoso de C<' dl'r a sua casa aos traba lhos dos Cami nh ei · ros; a Commissão Porlugucza; vnrias associuçõPs, a impren sas e centenas úc, fam ilias de todas as classes, desde o escó l de nossn ociedadr aos mai s sim, pies filh os dP De_u s, si, quio o_s de pa~– t icipar da ag uo. viva do fo slim csp1- rituo.l. A b1' r la. a ·rssfto prlo sr . represcn · tante do Inten 'e nlor, presidente do acto, seguiu -se a execução doprogram– ma : !- Prece a Jesus, pelo canto coral. li - Oradora officiol, Elmira Lima. 111-Sólo de violino !fado portuguez), pe senhorita Olympia Cunha, acompanhad pela senhorita Elvira Almeida. IV-Adeus do Brasil Espirita, soneto, pel alumna da escola «Caminheiros do Bem Orlandina Ponte Sousa. V-Musica classica Capricho arabe, vio Ião, pelo professor Peàro Silva. VI - Drama infantil, em versos: Um exemplo de caridade na escola, pelos alumnos da es– cola <Caminheiros do Bem». Vll-Sólo de canto (Divina Dama), pelo tenorino Emílio Albim, acompanhado ao piano e violino, pelos irmãos Alberico e Olympia Cunha. Vlll-Saudação da escola, pela deputada da escola «Cami nheiros do Bem», alumna Maria de Lourdes Coelho. IX-Solo de viol ino, pela senhorita Olympia Cunha, acompanhada ao piano pela senho– rita Elvira Almeida. X-Versos, pela senhorita Edemée Sam– paio. XI-Bailado, pelas irmãs Lorele, acompa– nhado ao piano pela senhorita Olympia Cunha. · XII-Fado portuguez, pelas meninas Lycia Ponte e Sousa e Maria de Lourdes Fonseca. Xlll- Dialogo portuguez, pelos meninos Carlos e Ruth Mendes de Carvalho. XIV-Vari ação ao vialii.o, pelo professor Pedro Silva. XV - Versos de saudaçõo, pela audora Elmi ra Lima. ' XVI-Musica classica ao piano, pelo pro– fessor Alcimar Moreira. XVII-A cri ança e o velho, conto, pela auctora, Felyz Cavaco. XVIII - Canto, Castello ao luar, valsa, pelo lenorino Emílio Albim, acompanhado ao piano pelo profe ssor Alcimar Morei ra. XIX- Senhora Maria O' Niell. XX-José Pereira Lima. .XXI-Agradecimento ás auctoridades, des- pedida pelo presidente geral dos «Caminhei– ros, dr. Archimimo Lima. XXII-Hymno dos Caminheiros. XXIII-Encerramento dos trabalhos, pelo sr. João Vieira, representante do Interventor f e– deral neste Estado. Foi u rna das ma is bcll as noitadas essa fe s la de orle onde a jovialid ade geral respl and rc ia em todos os sem– blantes, com0 se um sorri so do cé u boixasse para receber Mari a O' N iell e seu j ovcn di sc ípulo que andam a espa lh ar Sl' men tes de luzes, l uzes de cari dad e espi rit ual, car idad r.s lum ino– sas nascidas w1s Fon le:,, Divinas do Santo e Divino Amor- Düus ! Sessão pu bli ca real izada pela M açonaria Paraense no salão nobr e da Loja((Cos– mopolita», em 18 de ja neiro de 1931, homenagea ndo a escriptora portugue– za O . M aria O'Neill e seu secretario sr .J osé Pereira de L ima. Uma commissão de ,·cncrav is foi buscar cm autornoveis os homenageados, no local onde es– tavam hospedados, conduzindo-os á séde da Loja, Gujo vasto salão de recepção achava-se repleto de Maçons. suas familias, e profan os. A's 20 horas entraram os dois illustr-es visitan– tes, s~udados pela as~istcncia com uma salva de palm~s. Ao fundo do sa lão destacavam- se os estandar– tes das Lojas de Belem, tendo ao centro a bandei– ra do Brasil. 17 pollronas, em semicirculo, rode– a\·am mesa, cob;!rta com um panno vermelho-/

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0