Alma e Coração - num. 9 - Janeiro
ALMA E CORAÇAO --------- sciencia Divina, pois qu e o proprio Pae o exige . E se o orgulho calhedrati co se recusa reconhecer uma fonte :;uprerna de Sabedo– ria , esse orgtllho se agitarú sobre o appa– r ccimento cada vez mai s radiante do Con– :;o lnú or. N'estcs dia s um acontecimento grandioso ~slú rcvol11ciona11do ainda mais a familia Espiritu al. Na «Rev uc Spirite> de Maio o apostolo precioso e infaligavc l ·do Espiritis– n,o, Prof. Ernesto Bozzano, 11 a rra que na Irlanda un,a nova medi um é ohjecto de es– tudos no mundo psychi co, prol"ano. Trata- se da senhorita Geraldina Cummins, filha do illustre clinico .l\shlcy de Cork, que está recebendo comrnunicações maravilhosas de... Cleophas, um discípulo do Nazareno. Até ago ra Lres copiosos volumes sahiram da mão febril e inconsciente da medium excepcional; tres volumes que e5pargem luz nova e compleruentar sobre os aactos dos apostolas» . Aquclles actos que viram a lur muitos annos depois da partida dó Na– zareno e que foram traduzidos, corumenta– ctos, por muilos interpretes, sem urna pro– va aulhcnlica e originaria de sua fid elidade; dahi as diversas igrej as culluraes os di$pu– larem «ad usuru dclphini ». Bozzano, que está contrnuando a narra– ção summaria do grande acontecimento, desti nado a maravilhar o mundo christão, à iz que Cleophas, cuja identificação é esta– belecida por «fa..:tos, nomes», «topographi– as ", fidelí ssimos ::'t epocha de Christo e um Revelador que excede toda espectativa hu– mana ... Mas o fa cto importante, assás inportan– tissimo, que corôa tão ines perado aconte– cimento, é constituído pela seguinte decla– ração, bem sonora que o Espirita Gui a de madcmoiselle Cummins prnpalou : «presen– temente não existe mais lufjar para a velha fé: a humanidade deve chegar ao espiritismo através da materia ». Crcatura, comprehendei tal communicaçào. E' a realização do vaticínio de Christo, re– lativo aos «novos tempos», ao ulterior co– nhecimento», ao «Consoladon,. - E' o grito de Allan Kardec que revela na Communhão Universal da Alma, o «fil~ do mysterio_> que cobria as duas cx is lc ncias, planctana e astral. E' a humanidade que marcha, por graça de Deus, para a «Intelligcncia Suprema». Crcatura, de joelhos cl eantc do Consola– dor, qu e é a continuação da «Revelação Divina" através de todos os seus precurso– res. E como «adulto.. impunhac o facho da luz entre os ignorantes e os orgulhosos para diluir as trevas ... Não mais ,allcgorias» mas o ,,credo» que mana gigante do conjuncto multiforme, eloquente, radioso das vozes do Alto E s<i é verdad_c. que o conseguimc~to de tantos bens esp1ntuacs nos ad vem da com– bustão da dôr humana, preço logico da Ill Ren>la<,;ão, esta dôr sep a punficaç·ão que melhormen te nos aproxima de Deus. Esta é a hora do Consolador, synthesc de Deus nosso Creador, de Christo nosso Hc– dt'mptor, da Communhão Universal das Almas. De joelhos, creaturn ... MARIANO RANGO D'AHAGONA A MORTE não é nada de todo; na– da significa. Tudo fica do modo que foi. Eu sou eu, vós sois vós. O que quer q~o fomos uns para os outros, isBO a1nd a somoR. Prof Scott Ho/land --d' «O PEN– SAME.NT01, Reliquia do Ceo (A ' uma crear1ça morta) . Anjo que vieste ::io mundo, como um botão purLssimo de rosa, que sen – do · divinamente delicado, feneceste sem desabrochar. enchendo os nossos corações de tão fundas sau'dades ! • Vieste ao mundo, subtil como um sonho e partiste sonhando. Sorriste e cantaste, quando os anjos, como tu, cheio de innocencia e pureza te vie– ram buscar. Meu coração sensivel, "por excellen– cia , bem comprehendia que tu , anji– nho de imrnaculada pureza, eras de · rnasiado puro para a mesquinhez do mundo. Atravez de teus sorrisos in– nefaveis, bem se percebia a tua rapi– da permanencia entre os humanos. O que é do ceu a elle toca. E foi numa madrugada fria de abril; tu vieste num gesto brando de ave celeste, e pousaste sobre a nossa vida enchendo-nos de amor e ungindo-nos de carinho. E a tua passagem por este mundo de irnmensas torturas, não foi mais que uma symphonia de risos e ternu– ras . Retornando ás mansões celestes e deixando profundos sulcos nos co– rações dos que te amam, tu has de sorrir para este planeta de duras ex– piações pelo sorriso santíssimo das estrellas. Foste para a immensidade azul do céo, deixando nos corações de teus amantíssimos paes uma fonte inex– aurível de saudades latentes, e nos olhos encovados de tua vovósinha, já tão alquebrada pelos desenganos, a saudade ficou chorando um perfume assidulado de angelicas fanadas. E todos os teus tios e priminhos que viam nascer no lucilejar de teus olhos inconscientes o brilho de uma espe– rança, aqui ficaram pranteando com lagrim~s e preces _a t~a inexaurível memoria. Mas, no Jardim do Eden, o Lyrlo alvo de castidade tinha de desa• brochar, sublime d~ pureza e tu vol• taste castíssimo anJo. Que no esplen– dor dos céos tu sejas sempre o astro rutilante a espalhar sobre os que te amaní teus reflexos bemdictos ! ....... . ......................... ' Como estavas linda, anjo de mei– gu ice ! no teu ataúde todo branco ador• nado de rosas e angelicas-symbolos e thesouros de pureza! Ao contemplar-te, as creaturas ami– gas que vinham trazer o testemunho de suas affeições á nossa grande Dor, não podendo conter as emoções assim se exprimiam :-«Este anjo tão lindo não poderia ficar na terra >! Não pude resistir ao meu senti– mentalismo: Com o coração saturado 3 de dor, ?COmpanhei, com os olhos ra· . sos de agua , o teu corpito de ave, até á ultima morada. E a tua alma - Cysne luminoso de Esperança - no seu vôo ascencional alou -se ás regiões alcandoradas da ventura! Recebe, Cherubim divino lá do ou– tro lado da vida onde não ha vilanias nem torturas, a prece que os meus labios balbuciam e que minha alma a~iga repe~e? affectuosa : «Jesus, illu– mrna o esp1r1to pequenino de There– zinha, partícula de minho alma ale– gria dos meus olhos tristes, e es 1 palha sobre ella todas as venturas do céo como premio pelo muito que soffre~ na terra >! 4-- 9--930. ALEGRIA PONTES. A UNIDADE NA PLURALIDADE DEUS, A FORMAÇÃO DA TERRA A VIDA EM EMBRIÃO, O HOMEM O mundo é uno. A' Pe~ro Cardia Esta verdade immensa entrevista, pela humanidade, desde o berço das civilisa– ções reapparece clara e brilhante, no cor– rer dos seculos, até os nossos dias. Toda a criação é uma e tende a ser una. O ideal do homem é estabelecer a unida– de nas suas obras. O maior elogio que se pôde fazer de uma producção qualquer que ella seja, é della dispor os elementos q~e coordena, os seus detalhes que combma, os seus meios, para constituir um ajuntamento harmonico, um todo, uma unidade. Isto é verdade pa~a o artista, para 0 actor, J?ara o operaria, para o escriptol', para o mventor. E' a verdade para todos . O homem é um _em si mesmo e cada pen– samento que realiza ou quer realizar é um como elle. Deus, _a unid_ade por ex_cellencia, não tem senao rehzado a umdade na sua obra. A immensidade dos sêres é uma uni– dade . Que diz a scienoia? pe _accordo com a tradição Mtiga, a scrnncia moderna affirma a unidade pela attracção. ' O movimento dos sêres organizados é determinado por uma lei, a mesma para todos, a acção que elles exercem uns 110• bre os outros. A simples molecula obedece a esta lei, nas composições dos pequenos corpos, como nos planetas; nas composições dos systemas, como nos sões mesmo, como nas combinações mais elevadas que ape– nas começamos a entrever. A terra e os outros planetas do turbi• lhão planetario, giram em torno do sol, em virtude de uma acção que o sol exer– ce sobre elles. O sol arrasta o seu turbi– lhão para a Constellação de Hercules obe- decendo elle proprio a uma lei. ' Os sabios e pensadores, theista ou atheus todos admittem a gravitação universal'. todos reconhecem essa lei de atracção qu~ outra não é senão a hierarcbia dos seres l;l
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