Alma e Coração - num. 9 - Janeiro

2 ALMA E CORAÇAO ------------------- EXPEDIENTE Toda a correspondencia para este jornal deve ser enviada para a redadora-secreta– ria, caixa postal, 168 e travessa Apinaçés, 10. o espiritismo, e <A Victoria do espi– rita>. Foi-nos um enlevo todo espiritual ouvil-os, no antagonismo 9as suas n~– turezas idades e tendenc1as, e na s1- militud~ de aspirações e fins colli– mados. Uma, na singeleza evangelica dos pastores que se encarregaram d~ con– duzir almas, o outro , no enthustasmo do neophito que a luz de~lumbra, e, sequiosa. della, nos transm1tte as suai ancias e a sua sede ... Maria O' Niell, amadurecido talento ao repetir das estações, José Pereira de Lima, na floração das caçoilas aro– madas, que mostram no desabr?char, 0 louro fructo, a amadurecer mais tar– de, na doçura dos favos ... De todo o encanto que foram as noites de Maria O' ~iell nos «Cami– nheiros, levando ah a sua palavra fluente, e o verbo moço de josé Ma– ria outra expressão não temos para no; faz6lr entender, senão que fica– mos agradecidos e encantados. Quvimol-os mais ainda na Socie– dade Beneficente Portugueza, sobre 05 themas «A Caridade> e <cA Dôr do mundo>. Na Phenix Caixeital sobre ~ (A mulher e o livro» e ? . <r. Coraçao ~o homem»· na União Esptnta sobre <Nao julgarás; do Evangelho, e <!re~ fa– cetas da Vardade»; nos Cammhe1ros: o <Passad0 e o Presente> e «Syn– these e Analyse >; na Tuna, <Juven– tude e Velhice (Dialogos); n_o Gre– mio Litterario Portuguez, «A mfluen · eia da arte> e ff. A Alma das cousas»; no G~upo Roustaing, após bellissima, emocionante e humanamente real ma– nifestação do espirita do immortal Junqueiro em sonorosos e cantantes versos rimados, pela medium Ame– ~ca Delgado, os missionarias portu– guezes dissertaram sobre ~A Frater– nidade>; na União Espirit; «Materia• lismo e Espiritualismo~ (Di~logo) ten– do, antes, Maria O' N iell discorrido sobre a «Educação da lnfancia » na sua simplicidade de apostolo, 'nar– rando contos-historias reaes, exem– plicantes do máu e cto bom fructo, segundo a educação, no proceder das creanças que ell a conheceu na sua missão sublime e pura de conduzir, illuminar, r~generar os indivíduos e 1 as collectividades onde tem alcançado a sua acção productora. . Falou mais, o nosso querido par de semeadores do bem, em outros • O consoládor Os millenios e os seculos parecem abys– mar-se no oceano lum inoso do infinito , de anno em anno, de mez em mez, de dia em dia.-O Espírito (intelligencia), a Sciencia (revelação), caminham parallel amente na direcção do Pae Universal. O occultismo está deixando de ser uma ex– pressão de mysterio, para se tornar estudo e conhecimento da Verd ade que é Deus . De facto a palavra (occultismo) presuppõe urna fatalidade intransponivel, uma barrei– ra ao vôo do Espiri to, entretanto a Scien– cia não deve, não póae deter-se em frente ao (cognoscivel) . Basta educar-se, estudar, elevar-se e o occulti smo aesapparecerá gradualmente, como a neblina sob a acção solar. Ora, cabe a nós marchar na direcção do infinito, com a consciencia do passado, com a fé no futuro, joeirando os tempos, os acontecimentos, para deduzir qual será o Consolador annunciado por Christo . A deducção não é difficil. A primeira, moral «Revelação Divina», é o Decalogo confiado á Moysés; mas qu e este ultimo é obrigado a decre tar com a lei de Talião, co nsideran– do que a humanidade é ai nd a quasi primi– tiva. A segunda, desta vez christã e Revelação», é Jesus, pela qual, deixando firme o Codigo moral do Decalogo, se subslitue a lei de Talião pela do amor e do perd ão. A creatura , assim, póde obedecer a consci– encia (sentelha Divina) , não por imposi– ção, mas pelo conhecimento da Verdade . O ljvre arbítrio entra, desde a vinda do Redemplor, em plena e sciente aci;:ão; geran– do tal maneira a plena e completa res– ponsabilidade de todo o homem na p1·csen– ça do Creador. Certo porém que dita responsabilidade é altenuada pela ignorancia da epocha, d::Jhi o grito do Mestre: «Hoje eu falo as vossas acanhadas mentes com a parabol:I, mas mai s tarde meu Pae vos enviará o Consolador que vos explica rá muitas : desconhecidas». E' claro que pela manifestação do Consola– dor, a r esponsbi li dade humana conquistará forma mai s substan cial e o lin-e a rbítrio, avistando melhormente a Verdade, respon– derá á Deus pelas s uas acções . lagares onde o ALMA E CoRAÇAO, por motivo superior, não compareceu. O nosso humilde jornal , orgam de pr<,paganda espi rita e, muitas vezes, da voz dos espfri tos , grapha, nestas columnas a impressão amiga e grata que lhes deixou o trabalho santo e desinteressado, dos irmãos Maria O' Niell e José Pereira de Lima, nesta seára, onde, graças a Jesus, mesmo eivada de mil cardos pelas imperfei– ções inherentes aos seres humanos, que não teem forças para se christia– nizar, graças a jesus , porém, a ::tecei~ tação da Verdade é ampla, sympa– thica e proliferante. . ~i':emol-os, ainda, na captivante tn!tm1dade duma visita em familia, e fot a redacção do ALMA E CORAÇÃO, que funcciona na sala do casal Ar– chimimo-Elmira, quem teve a sati~ facção de os receber. Deus os conduza a bom porto e abençõe os seus grandes esforços á bem da humanidade. Fn11.dador- FRANCISCO P. MENEZES Desencarnad o em 1926 Director - Archimimo P. Lima. Redactora-secretaria - E/mira R. Lima . A III Revela ção, o Espiritismo , é o Con– solador em um crescendo irresistivel das cousas e effeitos que regulam a vida Un i– versal. A creatura, dominando com o estu– do e a intelli gencia, não mais primitiva, os tempos e os acontecimentos, sabe ter a consciencia corroborada com a «razão ». Elia caminha para o estado de «adulto» ... Occorre mais discutir sobre a base das parabolas ensinadas pelo Mestre? Não, e quem se obs tin a é como nm Yi ajôr parado em uma es tação que não é a ultima de sua peregrina ção . Allan Karclec, o codificador maravilhoso da Ili Revelação, é de uma eloquencia ex– traordinal'ia quando no «Evangelho segun– do o Espiritismo », commentando a vinda do Consolado r affirma: «Espir itismo vem , abrir os olhos e os ouvidos, falando sem figuras e sem a/legoria : alça o véo propo~i– tadamemtc deixado sobre alguns mysterios e offerece assim a suprema co11solação, aos desherdados da terra e a todos aquelles que sof(rem , fazendo-os comprehender a causa justa e o fim util de toda a dór . .. E eis de setenta annos até hoje urna r evo– lação da alma humana, em um sentido di– ametralmente opposto ao «simplismo» do apologo de XX seeulos atrás. A mediunida– de, traço de união entre duas existencias, planetaria e as tral, deixa tocar com a mão a evidencia da nossa immortalidade, e se isso não bastasse, as vozes directas dos trnspassad os fal am-nos sem gr:rndes obsta– culos. A <:ommunhão universal das almas tende assim tl'iumphalmenle ajustar as duas existcncias em um pacto unico de amôr de auxilio, de ele rn ção á uma méta soberana, ffual a de nossa reunião em Deus, Factor d e cada ser e cousa . Ca lafrios e ·so· pro., Divinos nos passam no nosso «sub– consciente», s uavisando dores, iníundin– do- nos ene rgia, alçando nos a contempla– ção da abbobada celeste. Alguns de nós de– ve riamo s j á estar mortos «phisicamentc» por effeito da viva emocào que experi men– tamos vendo e e~cut:rndo os nos!ios caros trespassados. E todavia estames ai nda so– bre a terra , po is qu e a clevaçao do espiri,\~ em contacto com os Desincarnados, alug. menta a ene rgia de no sso cor po; assi~n a mis~ã.o. nossa de !Jnmi~des mi ssiona rios do Esp1ri t1smo conlmua 10alter~1 da e fec un d::i a espera que a geração tia o Fé innata• 110 ' subs titu a nas batalhas quotidianas Pat s tl'iumpho do "No,·o Verbo». ª E di go com intenção ,,Novo Verbo,, ··í que, Kardec, sempre no ,,Evangelho segut d? o Espiritismo», affirma ainda: «mystc– nos absolutos não vos podem ser, ,[esus rlis– se a verdade quando assegurava 11ao e:tistir segredo que não fosse revclado.-O:J Pro ,-i– os aposlo/03 ignoravam muitas CúuSas, fi,;o conhl'cimento estcwa reseruado aas lernpiu> ulteriores» . Esses •tempos» qu acs eram? Sem du,•ítf:l aqu elles do Consolad_or, csem allegorí:1. .:; nem apo)ogo;'i», mas a luz t(·ansce nctcr1':'. 1 da conse1enc1a humana cvo lmda (sce 1 tcJll· 1 l)i,·ina) como, lltteratura, arte, scie 11 -•~ qtJe são os attrilrnLos elri Sabedoria C't c~darn. O fac tos mnraviH\osos q ue est~ e 5 uec~, demlo em todos os angulos do n 1 ºdo cot, roborani a nossa persuação inabat\.cl t[ll(l o Consolado!·eslú finalmente entt ~ 1 6,, n~() para dcslrull' o perfume que <\i111n Qil maxim_as simples de Cl!risto, ma e~l;lf:l ~s!.l~ bstanciar» a ·ua doutnna corn 11 11:i 'Qq· ' mntl,nra inl_elligcncia da crcatur~- l~ No~ cam111hamos celeremente p:irn ()t"tltt· l, . ..._

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