Alma e Coração 1930 - Anno 13° - Fasc. 7 e 8 - Novembro e Dezembro
~---'---------'----···ALMA E CORAÇAO _ _ ___ EXPEDIENTE Toda a correspondencia para este jornal deve se r enviada para a reaactora-secreta- . . po~tal 168 e travessa Apinagés, 10. 1 a, caixa , maldades. olhos fitos no resultado de ma farta colheita no futuro . u foram assim os grandes ~efon:na- res do passado remoto, CUJ O bri lho d~o impallideceu no transcorrer d?s nact·los . são assim os que se permtt· se amar 05 desgraçados e os fracos, t emo primidos e mesmo ~s opp'.esso– os P O proposito de gutal -os a con- te~, t~ de um ideal elevado, para sal– ~~~s e tot nar f~lizes a todas as gentes, ela segurança dos costumes . P Ern nossos dias, aquelles_ que pra– r 1 a fraternidade partilham da d;: 1~ça geral do aperfeiçoament<? hu– nano pela pratica da moral soc1~1.. Tudo O que é estricto e exclus1v1s– ta, tudo O que tende a s~para~ se afas– ta do sopro de toleranc1a e_ l1b_e~dade e conse_quentemente do pnnc1p10 de fraternidade. . . . Mesmo as int~lltgenctas ~1ed1?cres odem contribuir para a v1ctona da ~raternidade, porque, preparam. gra– dualmente, o ~ypo humano para pos - sibilidades maiores . . Se vivermos num ambiente contra– rio {t evolução superior, tornemol-o toleravel. apr~veitand_o os element~s 01 ais access1v~1s e delicados, mas v1- bra teis ou mais elevados que possam oppôr ú corrente de destruição o risco que nos ameaça. E essa lucta que no~ inqueta~a , ce5sará, para dar o·anho a Frater111dade que servirá de ílcção para conduzir outros da vida ordinarí a á vida superior. E o que nos pareci a, hoje, intoleravel, se transfom~ ,mi, amanhã, em transportes de verdadei ras alegrias. Olhae o mon– turo atra\·ez dos vidros côr de rosa, e vereis irradiações douradas a encan– tar-vos a \'ista. ARCHil\111\10 LrnA UMCASO SINGULAR DE REINCIRHACAO • '\ rcvi5t:' ~() t•msa111,11./o» n~rra um c,1so de duas cxi,tcn~i:ls d~m 1_nc,mo cspirit?, n.:ali7.Jdas n:1 incsm.1 famd1~ e_ ,1 c~n_a ?istanc1a u~a ~a o~tra com rcminisc~nc~1s v1\· ~ss1111as d,1 primeira nd,'.. Foram doi 5. m_n.10s a111111_,1_•.los P;lo mcsino lSp1• rito. O. pnn~e1ro, Pr,mc1>,o \ 1lar, na~cer.1 cm Jahú, no Br. , 11, llll 2_5 dc Março de 1c:,1"1 e mor– rer,1 cm 1 3 de f anc1ro d. 192 3; e o segundo, H~d Vil:ir. <1ascitl o cm 21 de Dc1.cmbro J c' 1923, i ida \'ll'l, IJ ~sd a ua. vri1m:ir1s pllav~.. s, lbul afirn1.1 iuc mo,·rt.u; e •~-~o h:1 muito, falando os r:iis Sc)hrc os seu, filhos fal cidos, êlc d..:clarou pcrcu oria– J nK 1tc t. .. ra Francis..o, descrev mio os aco?1tcci, 111c111os' cu\irin.tnt ·~ por que passlr,1 .. 111 francis– :l e corno 101::\r,1 cm Haul. Chegou :t dt'<crcv r .1 ,.i t. n , t • t normcn:c •;Ívt.r.t 1 a e .. ia J d Fr:11 c1 ~ t. .1 .. o"' •·cc! u:\1 ,;opo .. ti ilu , ,ido oícrecido :1 F·,mc,sco e que o pJi se dispunha a utilizar. hle. porém, replicou: •Papú, /11 ./.' t,: lstt ' copo a'Francisco mas agora sou eu que sou Francisco e porln11/o o copo é 111e11 : 111c1s empresto lo». Sa!>em que o esquecimento das vidas anterio– res se1a a regra, este caso notavel vem corroborar a afirmação_de que, quando a reincarnação se faz pouco dcpo,s d.1 morn: am.:rior, como nos casos das duas Alexandrinas, de Spuglas Cabrera, de Nell_y. H_ors_tes, de Gcnnaro dei Valle, etc., as ren~1111sc~nc1as que transitam para :; nova perso– na l1d:1de mcarnada abundam e são uma pro,•a io– contestavcl da reincarnação. -----·------- As Reincarnações anormaes P elo Dr. G. Enca11sc Podei ::;er punidos alé a seli11ta ge– ração, diz a Escriplura . Esla phrase é incomprehensivel se nfio se conhece o mysterio da rein ca rnação. P hy -icamen le, uma doença pód e mo– dificar os co rpos phy::;icos durante lre::i gerações, senão mais. Aslral e espirilualmenle, e ·ta inodi– ficação pôde estender- . e até se te gera– çõe:, como muilo ju ::i tamen le o diz a Escri ptu ra. Supponhamos um homem carregado duma terrivel responsabilidad e soci a l, representando na sociedade profana o papel de juiz, geralmente fonte de um dest ino llorriYel ou ele recon pensas su– blimes. Supponhamos que es te l1ome111 seja um scepti co, crendo sóment~ 110 prazer immedialo, e julgando os outro::; ho– mens corno o faz a si proprio . Por seu alheismo lranscedente e sua certeza da r.ão respon abilidade effecti– va de . eus actos, cobertos por sua si– tuação social , este homem accumt_llou, uo 1110111c>nto de s ua ,norte, as 111a1orc-– difftculdacle::; para os seus, dizen<lo a si proprio, t.:orn alegre sorri so. e De– pois de mim, o 11111 do mundo,. Tal ente determinou, sem saber, o seu proprio destino ; quiz que não hou – vesse oulro mundo; não havel-o-á para ell e. Morre com edadc>, rodeado da falsa consideracão terrestre; nunca f<' z hem durante a !"Ua ,•ida senão a si p1·o prio , foi um cancro soc ia l; por isso o plan o divino está fechado para elle. Kão lendo habitação cspi1·itu,d do outro lado, reinca rnava-se im1nediala– menle num dos seus tllhinllos ou 11u111 filhinho dr pobre, se n:ío le111 Lnn1ilia propria. Punilll gl'ra lmcnte ú elle nic,;mo, eo,no desce ndente ilc -; i p1·oprto, qnc vPm rect>bPi· os intcrr,,,-,cs negativo,; (lo capital de provas quP constituiu. _ Soffre, poí,;, na segunda gera<;ao, aquillo de que quiz fugir. O neto do magistrado tem in,;t in clo,; r;;p,intosos, ren, ltu-sr eon lra tudo: la– rnilia, socieclll<le, 1·eligi:i.o; (· u111a < cabe– ça dura•. Accusa :ieu a vii de tocfa :, " ua · de~– g ra.ças, não ,;abenclo , que foi cll,i ITle:--– mo que estabeleceu . eu ju1.lo . A prisiio, que fartamr.nte dis1 ri liu iu aos outro,;, sn alJre para elle, e ,. al1i qur•. ú;; ,·rze,;, un, raio rei<'. ltl vem pro– (·11,al-o, ,, al11 qtw n~ pr1Jva:- 11111 du - 1·a<: seu e:pi1·ito readquire cons1·1P11cia da existencia do Além, e é, pouco a pou - Fundador - FHANCISCO P. MENEZES Dese nc a rn a do em 1926 Director - Archimimo P. lima. Redactora-secretaria - E/mira R. lima. c_o, !,evado para. e te plano divino que tml_,a desco nhecido e in uflado. lJm o_utro caso de reincarna~ão anor– mal a ~as ~requente é o s uicídio. O s u1c1d~o foi deixado ao homem em compensai;ao_do esquecimento da, cxis– tenc,as ante1·1ores. Se o ho1nerr1 Li ,·es~e com:cicnc1a de ludo O que deve re ga– lar, nem _mesmo q uere t"i a começ ·. vida ph~:s1c~ e se sui c ida1·ia immed~ta~ mente. 1~mf1m, num momento de covar– dia, de loucura, de desespero o hon ro111peu Yoluntaria111entê o 1' 1em . <1' aço que o p~e11 ia a_odco1·po ph~·· ico . Aqui lambem n ,io e po e faze r rpg·ra rr .. 1 . l . l'idio:< elo ,., t· !"e 1 e\ · ia su1- ues 1110, qu e> n ·Lo det . nenhu,na du,· • . ' r1111nam , pois e uma te rm · - normal e preYi ' la cl ,.' 1 naçao 1 · ·c1 .' u lllrt 'ida terres tre · ,a su1O1 10 devidos li. lou . , a qual o espírito é e:-.1 r·at rllta, durante po; ha s ni cidios cau:,ar;d~ ª~~eu cor- astrac, ... e uma multi 1-- dp lavra • s l ,to e outr ca. º"· . em c~la bclecc r re . . o de-c:; dizer qu e O ho g , ª gl'n l pó - 1 . tn em que ·e . . e ou consc1e1tlemcnlc n'io . ~ su1c1- corno mor:to ])ela naLut~..... e i·eco nh oc ido K l . ~za. , ~ eriwel su pplic io de T· • tem ,:-1>de, Lem fome » antalo; physit:os pa r;i realisa;·! ~uº :3~ te~· orgãos neces:3 tdrtd es alt"ozcs de O eseJos, tem gão · pltysicos para de.;,c; 11 '~ 10 , em or– rito; \'Olta, en1 momento · çl r cn cspi- . ' ,; < e t''lt\' t r1vel. ao se u corpo ft"io P 1 · . a e r- zes, fi e ,·olta ao tu1nu1o,' enti-1u 1 tas vc– cacl:we r e o moYe. ª e111 se u E:c'la per! u rbaçii:o ccs •a só i di~ que o 'desliuo tenha deL~;.ente no sua morte real, que !he d:i cl lil•r~;ua_do \ \'• te ca o, pó<le lultat" ao co. 1 aç1. 1 O. sico futuro o orgão qu e O ,; 0 1 po Ph~- , . t nie,n te nha Yolunlar1a111en e upprit1ti<.lo · exi'-Lcncia anter ior, ou ao 01 ein sua funccio11amento _dc:' Le orgão Póc'~no ~ ~ gra\'etne~ le p1·eJtHhcado. , se, E' ass, m q uc a-; pessoa que 1. · 1 · 1 azcm ~a ltar º" 11110 o~ poL em nasl'e i· cotn · . tu 1'11:i1;0t'5 cet"elmH'S gr-1ves, ep il ep ~- 1,– id iot i-,u1O, ou atrazos 1ntellec tuae ias, 0 11 ,edico terres tre não pode co 5 q_ue 1ie11 ck r. o,, que se cnveneual' ... 111 mpre- 1 1 - . . " nascem 1·0111 per ur nc;oc:- gastncas riue 1 11H.'d1co púde acalmar e soffn•n n~n 1 um le ll íll'l e:-.islcmcia terre;-t 1· 1, ii\t~.r'.·an– dor cnnstanlc de Ulll ccntrn llwP.'-f- .ª i111po-:,;1vel de cr curndo. i-- • t\o • .l 1 11.., en tori;auos na 'CC tn di fonii c-: co1·c1111das. · e Por«:•m não podemo~ eslahelere,· u n c;orrrute de rnodi licaçõcs pllvsic:as. q ~~ ,;Pr1:t purarnente itnaginativà. e l) uPremos ::;c.hnentc indicar as gran– des c-lt~Ye d'um my1:<lerio . P«_ir t·No, sr q uizPrd<'s <·011 !, crer a ver– d:-ule1r~ receita d,L lwlleza actntl.l <' fu– i u ra , sprle cre11 tc::1, sc\le carinho , 0 . to lo I s :; e1 11 ' ~ t)-: P auo·, e voltareis pa,·a 11 r,:i e11c~1!!l'ar em corpo~ cada Yc1. um,,. perft,1to,-. lmped1 o-, suicid, J • no t'e Jor dr• ,·o , e hn1a1-,·o:; o l n111plo ,1 l ros, 11a<;·io na-- JWO\a;;; te1· 1·(•,;tres: l'\'il:1re1,-. a-ss,111 a;; teniv:;is reincaruaçües anonnaes.
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