Alma e Coração 1930 - Anno 12 - Fasc. 6 - Outubro

• {letrados em nome de uma verdad~, _que -mais tarde se reconheceu ser fals1ss1ma, . ,que não !?assavam de illusões e de menti– ras que amda hoje se subjugam muitos m·i– lhares rl e milhares de creaturas ingenuas e ignorantes. As --· verdades , sc-rentifica_~_ i_mpo~m-se, pois, por si mesnrns desafiam todos os con– t rad ictores, e levam estes de vencida, tor– na ndo-se solidarios á Humanidade, de que ·ão parte integrante e com esta persistindo e triu,n ,,lrnndo. . Para a hónra da sciencia espirita ·não se ·a rchi va na histori a um unico crime de in– loler.,nda, um unico crime commettido em se u nome contra seus adversa•rios, ao ubjugar crentes. E' por isso que a Verdade carece do pres ti gio da evidencia pela demonstração pnra ro111per por tôdos os preconceitos, fic ções, mentiras, previlcgios, appreensões, foíquid a<l es do _passado e despojar os seus exp lorado res dos illegitimos · interesses creados á sombra d'uma moral desrespei– tosa, d'uma verdade scientifica divina. A sciencia êspirita, que tem desdobra– mento numa genesis so li'dariamente har– rnon ica entre si, como os ramos d'uma gra nde arvore, e que por isso, na sua- or– dem hieran::hica, presta recíprocos serviços preparando as creaturas, na suá func ção mora l, chamando os povos d'os velhos para o novo culto sem opprobri os, e sem der– rama r sangue, desde a mais alta hiernrchia . ao grau mais infinio da esca la, a mesma subs tanci a a mesma verdade, a mesma lt:z, u mesmo ~spirito, onde enfim domina e tri umpha. São os modernos sace rdotes do pensa– mento humano, do pensamento que ha de .ab rir o caminho ás creaturas, illuminar o mundo, derramar.o Bem e redemir os pci– ,·os com as constellações das verdades Ete rnas, innu meras e formosas como os a stros do ceu, verdades que a sciencia es– piri ta revela de todo existente o subHme Nazareno vindo d'um mundo sobrenatural -0 /fereceu generosamente seu sangue, a sua ·vida pelo triumpho da sagr:ida causa _a verda de limpa de toda a macula de duv1- --da que só a sciencia espirita, emfim , domi– na e triumpha. Assirn st3 hão de preparar as al!11as das fu turas gerações, que leem de cont111uar na •e nda da civilisação e do prog resso, ser– vindo a Huma nid ade. . _ . Nas altas regiões da pb1losoph1a e da se_,. e ncia espirit~, os sabios nas suas res.pect 1~ vas especialidades, apurai:n a ve1 d~de~ que consti tuem o patnmomo da conscien -e ia mode rna que , lhe empres ta o Sol da n ova justiça. . , " . E este thezouro prcc1oss11110 ~ . _a.,iad o ue O espiriti smo t.em de Lransm1tt11 as no– ~as geraçõe··, ? ótando-as c~_m .~u-~o quaf t~ lhes seja pre ciso parn a ve11nc,1çao da \ e1 -<J ade. . , t d A ver dade é tudo o qµ e e, e . li o o que. -es tá latente na essencia da s coisas e ~a al– ma , é tudo o q_ue se_ de~1on tra por s1_pro– r O quand o a 1llum1na a luz da nossa 1déa, l~ 1'. 1{ando c-erla e_ irrcd ucli ve l pela ciencia. como uni ca med ida de ce rteza . Fecham-se os temp los das orações inute– is, para nãu _mais irnport~111ar-se o_ Criador co m imperLmentes suppl1cas, ped111do-lhe -<! ue profan_e a s ua propria obra , que allera .as leis sabi as po rque se r egem a a lma e as cousas. ALMA E CORAÇAO ... ..... ... . , ........ , ......... . Amaivo-vos com.o irmã°"a's / - eis a ·legenda que a mão da nqtureza g rava e estampa em cada marco da espinhosa 'Senda que vai do berço á campa. Somos todos irmãos. escutai bem o africano, o chinês, o selvagem, o indio, o português, venham donde vierem, todos teem no banquete da vida o seu lugar, banquete on_de nos vemos primazias , mas comunhão de dôres e alegrias - urna familia em lôrno do seu lar. Todos somos irmãos ! Se alguem vos disse -alguém que a vossos olhos revestisse os trages de mentor- . Se alauém IJOS disse que o eslranyciro, o escravo, o hotentote, o judeu, o negro, o pária não vos merecem fraternal amor nem ·são vossos irmãos, por terem raf_a estranha e crença vária, não lhes dei fé, porque esse algu~m ...mentiu-uoj 1 ....... ' ... ... . .... . . . . . . . . . .. . ... ....... -~ ........ .. . Todos somos irmãos ! O voss o çun :.:r - será como a corrente cristalina: ou transcorra o valeiro ou a campina, brejo ou algar, por onde quer que fôr, ' Cl tudo.há -de levar a frescura que as margens opulenta, a ·abundancia que· os povo:; alimenta; · a alegria, o bom ar. · E uma corrente- vêde- Não mostra preferencias por ning uem . Pelas varzeas que o sol queimado tem, onde aparece a séde, onde a fome desenhe escuros traços . .. ella a todos atende; a um lado e a outro estende os providentes braços. CANDIDO DE FIGUEIREDO (Excertos dum poemeto) Jesus, reunamos os inYalidos d'alma para o lernnta rn ento da razão divina o e, pirito dos Novos lempos a mais profunda, mais humana do qu e essa que se _fecha nos es– lri ctos limit~s de do1:es eterna~, oncte' nin– guem ac redita na vida, na teh cicl ade, na virtude e no bem. Das velh as e novas d outri nas, resultar(t de ce rto o ~sp le ndor da Yerdactc eterna que de''.': tr!umpbar na ·unscien cia uui '. versa!; Jatn~1s poder _algum na Lcrra poderá apagar o b!'llho e ev itar-lhe o imper io, por er a plantada por Jesus a lr:1\'éz ás re "iões do alem tumulo . 0 MARCOS ARGUEL LES Interca,mbio espirita, ~~-~~~~~~~~~~~~~~ ~ -----.,...._,...,..._,_, Brasil Portugal-e O ALMA E CORAÇÃO Ab t'f!llJ ·Sl! as escolas ob o espirito divino <1.los no\'OS tempos 1 repas ada da ve rdade -ete rna q ue cncam1~ha o · povos para as so- Ju õeS do seu des luio na terrn. i b mundo 110~0 reclama o lrinmpho de – f ·tivo da justi ça e da verdade, e cad a um ~~ 'nós qti c somo· pela na tureza e pela 4:onscie ncia representantes da p:ci lavra de LcvRd os po r um se ntime nt o d e ve rdad e ira sy mpa~hi n toda_ es pon– t a n ea e sin cera, qu1 ze rn os , hoJ e , a bnr n o se io b ra n co e amo roso do .é\LMA 5 · E CoRAç.W uma pagina sob essa e pi– graphc s inge la, na demonstração dos d e s ejos de fraternidade pura e simples, como é _simples·um aperto d e mão que damos. a se r e s .di s ta n– tes que folam a nossa lingua e s e n– t e m do nosso s e ntir a ffe c ti vo , v in– culados pel r1s linh a gens espirit uaes de seculqs de p e rmutá de relações e d e r e li gião , quer quando n o pavi– lhão d as Quinas só se inscu lpi a bTazões catholicos e no Brasi l se r ezava a prime ira missa, quer qunn– do, como hoje, as reverberações da Fé Nova e ntre la çam, un e m, ape rtam, ~olidificam e irma nam a t é a Eterni– dade os. dous p aizes irmã os. _Transcrevemos, hoj e, destas hu– mlldes .columnas brnncas como a pur~z_a d a inte nção que dito u , as notic1as r e fe r e ntes ao movimento do Espiritismo e m terras de Por- tu gal. · --- Fe·deração Espirita Portuguesa Segundo o ultimo numero da «Re– vista ~ e Espiritism o », org ão de -ta ·Fe– der açao , _c<:_nslafamo com jubilo que a s u bscr,çao Pró-Fe deração Esp iri ta P o rtug·u eza, e_tá q u a i a atingir a s o– m a orçada para a con tr ução ,da s i. · sêde. 1 ª _Vae já ~um _total de 177.804$ 26 n ao s~ndo rn clu1dos do is im portant ' donativos _de 20 e 25 contos que , ~s bemos ult1_mamente foram entreg ues~ Presumimos, portanto , 0 i n icio hre– Ce da ob~·~, pe_lo qué felic itamo n os t odrpos ire?t~vos d es ta agremiação , 0 os os ~spmtas portug ueze -Conl!n_ua a F _. E. p_ na sua rn tcn. a acttv1dade, que r no campo cx– µe:1~ental e do_utrinar io , qw~r no. ua m 1ssao bemfaze.1 a. · Além das scssõe experi men tac r e– g ul ares, foram r ea lisados no · u lli mos m ezc d" Dezem bro e .Ja neiro u. se· g·uinte s confere n c ia .' : _ «Do · Es piriti m o no _l'e11 . amento co ntP.mporaneo », c< A Can Jade ü fa ce do Es piriti mo )> , ( d ia logo), ,,Ori c nta– çüo " r ea li <-a çõc · da Cornmi , fto de Bcnefi cencia da F. E. P. » ,, «O Amor e o Odio p runtl' o E piri l i mo", n · -~ peet ivamenh-, pelo .. .-nw;:; . co nfrad es, D. Maria du Cunha Cardo-o, U_ Ma. - ria Em itia (; onçal ves <' A11to1\io Ho-'. clri º' Ues Pereira, D. {111inli11 a do Car-: m oº Solt' s t' Sil va. 1• .l o ·t• Pere ira dé Lin1u, P<.'l o q11 c loca a l>t·nl'f1tP nc-in, Ll'm a s ua commi s:-;f10 ido inca n~a n •l, ternlo. n u x.ili acl o n111ilo 1i11e1• _ ·ilado-, l' ale- n11 ado mu ita 1ni , nri,l. As,: im i11 a ugu - 1·o u p e lo Na tal a Crf'ehe ti a, Moni ·as, ,iunlo el a. C•1deiu do me. mo nom~, para 19 cr<' an a · .filh a. - J as pn' a:; ali r ·clusa , ofer et; ndo r~o cobcrlores. 40

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