Alma e Coração 1930 - Anno 12 - Fasc. 6 - Outubro
4 O sonho ~é -Nâ~uco~onozor • • , .1, , m111111 m111U1,m1m1IUIIIIIUl'\llll NHIUlll n111nNtlilll llfll lHIIIIUllllll"l'lllblll lll!III e as visões ~e Daniel lll !INI IIIII U\ltlllll !lnl a1111t1i.llffl lllrl ln+1Nllll lllli.. lllUlll1l'llliv1:11~Nlllf'IIIJIUarm■1 De todas as ~re1ições que a historia regis– ta uma das mais importantes senfo a mais edificante , é a reve lada em sonhos á Nabu– codonozor, o rei de Babylonia . Por esse tempo havia Nabucodonozo r sub- ' mettido '.1 escr~-.:idão todos os paizes visi- 11hos e c1rcumv1smhos formando a primeira m_ona,:chia universal cuja séde e ra Babylo– ma, cidade dos grandes palacios, tias . gran– de~ torres e d?s magnifi c;os menumentos que faz1a1:1 ~ admiração do? povos e o orgulho do rei cioso da sua gloria . O paiz de judah fo_ra escravisado, J erusa– Iem tomanda e Joaqmm, o seu rei , feito capti– vo: Dentro a leva dos presioneiros que se– gui am_ po,: ordem de Nabu~odonozor, para Ba– byloma, iam, entrem; mais nobres e sabios o propheta·Daniel, Hananias, Misael e Aza: r rias. ·· · Meditando so~re o futuro dos povos que , estavam escrav1sados ao séu mando, o rei , Nabucodonozor, pensava sobre ps seus desti- nos, tendo no ~omeço o desej.o ardente de conhecer o destino.que lhes rese rvava, visto a ordem dos acontecimentos ter collocado de– baixo da,.,...,;uas mãos, raças diversas, povos que fa lavam varias linguas e professavam religiões di ffer'entes. Teve e ntão Nabucodonozor um sonho, que não fora revelado nem inte rpretado, pelos sabi:>s adivinhos, magos e sacerdotes chal– deus . Assim, o rei ordenou a Ariock, capitão da guardas que fizesse matar a todos os sa– bios de Babylonia. Daniel o propheta de Judah, que naJeva de captivos, no an no 606 antes de Christo, tora pela tomada de J erusalem de Judah le– vado á Babylonia, e que tambem seria mor– to senão ousase ré velar e interpretar o so– nho , permittindo ao rei alguns dias para medi– tações . Foi pelo anno de 603 A. de Christo, no egundo reinado independente de Nabuco- li donozor . <? propheta D_a ni el era o sol da terra, como 1 mais , tarde falara J esus; e ra o salvador do mundo, e pela palavra revelacja salvou da destruição , Babylonia, impedindo a morte dos seus, homens sabias , como Noé, fechan – do ymboli camen te -a porta da a rca •sellou a sorte de um mundo», como Lót, e nquanto esteve dentro ' ifos ,-muros d.e Sodoma; como Paulo sa lvo u cio naufragio os tripulantes e embarcação que o conduzia a Roma. O sonho de Nabucodonozor estava de ac– i::or~o com as suas crenças idolatras . Vira unia estatua formada de · differe ntes m _taes, sendo ,, a , cabeça de ouro fino ; o ~eito e os eus braços de prata: o ventre e a~ coxas de cop1=~; as pern·as ·de ferro; os pe com pa rt~ de ferro e parte de barro. pm_a pedra foi cortada , sem mão e rolando en<? a es tatua. nos pés de ferro e barro e e mmço u. Então e miçado o ferro, o barro, o cobre, a prata e ouro e se fizeram como l')raga na das ei ras do es tio e o vento levou não e achou l_oga r alg um para ell es; mas a pedra que feriu a estatua e fez gra nde monte e encheu a terra ». r Daniel-Vs 28 - 25 . Bello e ex pl endido exempl o, pa ra aqu ell es que governa ndo _a lmas ou dirigindo povos não. têm o_ co_raçao puro, nã o olh am a orte 1 dos seus 1rmao , _com o desejo unico de a li– viar os seus soffnrnentos, e ncaminliando-os á ct·estino -felizes . Firmam-se no orgu lho, na vaidad , susten– ta m e detem. e1T1 Q1ãos o p.oder, por inte re. . se occulto e inconfessave!. /4 ALMA E CORAÇAO . . Seguem estradas tortuosa·s levando con- 1 sigo os q~e o~ escutam,_ para a pertubação · das consc1encias, desviando-os do caminho rect<? do Senhor. A esses governos podemos appltcar·o sonho de Nabucodonozor com sua estatua de pés de barro. . O rei Nab11cog nq?,_0r Cll?bell ezou _Babylo-• ma, que se ostentara magestosa e admirada com os seus jardins suspensos sob re vastas arcadas. .susten tadas por polidas columnás · suas 255 torres, soblevadas, pelo templo d~ Marduc de duzentos metros de altura, cida– de fechada, por cem portas de bronze con- te ndo meio milhão de habitantes. '· Era_ a cabeça de ouro da estatua do sonho do rei. 1:ão depressa se elevou ao ·apogeu, Baby– loma, c?mo desceu rapida uo seu·pedestal de _glorias, p_orqu e os successores do rei, o mai or co!1qmstador do seu tempo, se deixa– ram dommar, pelas conspirações. N'um mome nto, cahiu Babylon ia, apezar de parecer in expugnavel, pelas suas defezas de altas muralhas, desde que os seus valen– tes, vivendo das suas glori as ao celebrarem uma festa nacional, uma das suas victorias peixaram-se tomar de licenci osidades. ' Cyro 1 ·ã frente dos Medos e dos Persas no anno 538 A. C. havia mudado o curso 1 das aguas do Euphrates, e no momento oppor– tuno fez C! rio decrescer dando passagem á seu exercito, que entrara de surpresa na ci– dade monstra . E fala J eremias no v·24 e 50. «Eu te e nre– dei ó Babylonia e tu foste tomada e sem o' saberes, foste surprehe ndida e apanhada, porque provocaste o Senhor». Babylonia teve opportunidade para c"onhe– cer a palavra do Senhor. mas ao em vez de seguir o~ seus ensinos, prefe riu confiar em seus 1dolos, e tE:ve de perecer com elles. Cyro poupara a cidade; Dario e ntretanto em 518 A . C. destruiu os seus muros e or– denou a sua despovoação. Xerxes d~spoj ou o templo de _Belus; e nos tempos do Plínio, e ra B'.1byl oma um grande dest:rto cheio de maten aes dE' constru cção que serviram a le– vantar os edifiri os das cidades visinhas. Os salgueiros seculares cantam nenias ás glori as passadas, parecendo recordar as sen– tidas queixas dos captivos de Judah quando dedilh~ndo as suas harpas, chorav~m pelas maravilhas da sua J erusa lem perdida . MEDO - PERSIA Cyro fundou a segunda mona rchi a uni ver– s~I qu e coml?rehe,~dia a Persia, !V\eda, Assy– n a, Ba~yloma_, As1a menor, Cyna, Pheni cie e o_s pa1zes on e ntaes, pelo lado das Indi as. Se Nabucodonozor destruiu a cidade de J e– ru salem e os ~eus. t_emplos, Cyro disse á J e rusalem : <Se ·ed1f1cada», e os Templ os foram le vantados, sendo posto ein liberdad e o povo de Isra el, que es tava a setenta annos no captiveiro. · O segundo reinado não pode ri a, entretanto subsistin:om -a morte de Cyro, sen fundador' Era formado do peito e braço de prat~ do sonho .de Nabucodon~zor, mais fraco e menos bn_lha1!t~ que o primeiro re inado. Seu ob1 ect1vo for~ des truir Babylonia : Deus estr:~elece os rets e os remove. A dup l1 c1_dade e ra o attestado de sua fra– qu eza, h'.1v1a_ fa lta de cohesão entre a Meda e a Pers1a; tinha de desa parecer o segundo remado, estava findo o seu mandato, e as im e deu no anno de 331 A. de Chri sto. Era o urso ~o so~l10 de _Danie l. Ergue-se de um lado -e Dano- o M1do, e firma-se so– bre o outro lado, com Cyro o persfl uces- 1 sor de Dario . ' ' · Tem nos de ntes o urso que devora a trez co_ te llas , que repre e11tam os tres 'pai – z~s maiores conquistados : Babylonia Ly- b1a e Egypto . ' E' ª verocidad~ que arrancou as azas do ·Genesis Espirita A razãê> s obindo ao ultimo termo da an a– Iyse psychologica, a-os·1mr:is elevados -cimos do mund ô do pensame nto; reco nh ece co o1 0 um fac to a r eve la ção dos esp íritos com o homem , como uma necess idade s upe rior do pensa111 cn l? humano, a aspi ror.;üo áo sob_ren.a~ural , a communicaç:)o com o 111un– do 111v1s1vel por um culto rehgioso, digno ::i um tempo da r azão que o pratica e do De us que lhe é obJecto. · E' qt!e .se não procura este cspirituaiis– mo rehgt?s_o com o no~ne de mysli cismo. O 1~1ys t1c1scno é sce pt1co e começa po r de . n~rn ciar a fraqu eza e proclamar a decaden– c1a da r azão; nó.s principiamos reconh e– cemos e proclam.:i 1110s que a razão é o or– gão di vi no da verdade . C~ença univ ersal na poss ibilidade, na realid ade da re velação que fo rma o dncu lo entre este mundo, e o mundo da vida fu– tura. A sc~encia espirita é ª. perfe içiio sHprema da r azao, e a prova es ta em que quan to n~a1s ele_va,;nos e aperfeiçoamos nossa ra- · zao, mais nos tornamo s ap tos para com– l? reh end er ·e apreciar; tornando-se uma força civil, leiga, a lma de nossa civilisação co rren te de agua vim que penetrou a or~ dem social em tod os os seus elementos; como _11101:31 universal ·se impõe a toda a C?nsc1enc,a recta a todo o espirita esclare– c1do, abre as asas sob re o mundo arritado pelos odios implacav eis de raças e i;:Gsses e cultos. ' Contra esta espanto_a contrndiçfto acha , se -a s~~i edade d_es~ rr1:ad a, e se um sop ro d_e r.a11da~e chns ta nao vem em seu auxi– h~ ema ncipa r 1o~as as consciencins oppri– nndas, ~ expung1r dos corações de todo os espoh~dos o fe l qu e nelle se acumulou durante mnumeros s culos . A hi sto ri a ini'e li"z mente está cheia de cri – mes, e dos mai s repugnantes e cr ueis, per- ~eão de Babylonia E: entra na posse de uas nquezas e dos seus importantes despojos. A ~y~o succedeu Cambyses o Ahassuero de_ B1blta_, a este Art_axerxes· sete mezes de– pois D'.1n o Hytasper, que reinou até 486 A de Clm to. · · Debaixo jeste gove rno rebe ntou a malfa-· dada g uerra e ntre a PPrsia e Gr · ~~rminou tão desastradamente par ecip, q~e Ja no ~overno de Xe rxes . a a e r ia, Van os governos se succede ram até o verno do magnan imo e nobre Dario c/d~- mano, ~m 355 A. de C . - O remo i·á q · 1· • - uas1 e 1ssolv1do, por si me mo r ao poude er restaurado: vacill ava preste a omba r, quando o macedonio Alexa ndre, o g:a nd e, appa rece em scena e em dois on trez v1ole nt?s gotr-es, contra o nobre Dario funda o terceiro remado . Dari? tendo fugido , para Bactria ah i fora a sa~ mado po~ Bessio, quando este pe r– egu1do pelo rei da Mucedoni a De moronou-se o reinado de prata como a demonstra r que po r ma is forte qu e pareça 9 P<?de r de um reina do, e ll e cede sempre á JU tiça de Deus . Cyro _fõra a mão da Providencia 8 libel'tar os apt1vos de I rael. Alexandre O g d muda a fac do mundo dando 'a· G ra! 1 e, t · • d • rec1a o ercc1ro rema o uni ver ai b . ventre a nas coxa d , ym 0 11 ado no Ph ti co de Nab d e cobre do onho pro- . uco onozor. ( Contimía) ARCHIMIMO LIMA l
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