Alma e Coração 1930 - Anno 12 - Fasc. 6 - Outubro

EXPEDIENTE oda a corresponden_ciá.para este jornal e ser enviada para a redactora-secreta– caixa postal 168 e trav_essa Apinagés, l U. e rle comer aos q ue têm fome , e aos que se d izem .saciados> . ~sses conse lhos, como todos d e àn Kardec, são claros, simp le·s e )retudo praticas, parn que nos r e– d ernos çf eli~s e os aproveitemos · toda occasião. MARCOS ARGUELHES lRT Meu caro . .. ~ptão, eEtás admirndo da resigna– n'ó sofft·iínPn to e na dor '? Me u j;,o : A resignação no ia:offr imen– _i::,a esperança do afflicto. E ll e se :Oirna · 11a dor, quando revê as 'as. p·assadns a lhe desp~rt~rem dades, os quad1·os apraz 1veis, as as imagens de lembranças ama– s · no torvelinho das luctas pela ~ e mesmo nns desillusões, no ppo das ide ias ! enceu nas competições'? 1 ez recuar a turba dos calum– dores, dos ·ma ldizentes, dos des- 1pados , dos frivolos e dos ma l– ·os'? · · levou o prosaismo da vida á minancia dos gozos espir ituaes '? }lorifiçoµ o .amor pelos que sof– ' tomando partilha na dor? esprezou o bem -estar para oc– Dar-se da ed ucação da mocidade vando-a ao domínio do saber á 1q uista das posiçÕf~s que se m~n- 1· pela virtude'? ~mpenhou-sl;) ern arrancar a mü– i.· dos praze!'es fri va los, das mo– ;· cheias do vu lgarídades, de des– i'sões, d_e atribulações que aca- 1hham e. rebaixam, para elevai-a ympatbià gei-al, p e lo sentimento ~ ~sE?ón.~~b ilidades, filhas da alma 1 1 ~ ad ~. e do coração .puro ? 1 ostrou-lbe.s que a partilha des- .. béns dignificani a mulher, tor– ido-a sacerdotisa no lar, como ta ·irm·ã, ~sposa ou mãe e maior, da, se torna se ella abrange um culo ma'is exten~o, amparando os !essitados: educando-lhes a a lma 01·mando-lhes o carac ter ? tmoÚ áos pobres ·desejando-lhes ·grandé' bem p ossi'ver '? qã~ yiu, -~m: tudo isto, a sua pes– L unwar;nente, as suas alegl'ias, as 1.~ rec~mpensas, para olhar o bem fectivo ou indiviqual , na alma dos li~tos, _qu~ ·se esperançam com a ~s.e,_d-9 .~~p,r_ espiri tual\sado ? ALMA E C0RAÇAO -------- -· . - -- . ---- ---- CANtffO no R[G[N[RADO ~~ A' Irmã YVONNE A. PEREIRA « C hamo homem vlclcloso ao amante vulg ar, que ama mals ao corpo do ql.l.e a alma... - SOCH.A. l 'hS. Q ua l saudoso pros-:ripto andando ao lfo do fado, vivo como sonhando ou tro mundo e outra vida, tendo, ch!c!ia de dór e eh ia de pcccado, no G:arcere do corpo a alma velha rerida. Um louco fu i talvez cm dias do passado, quando apenas o goso-11. 8ór appttecida- eu buscava colher no jardim perfumado da ill usão terrena!, que é breve e femcntida . Capadocio, bohcmio, estroin~, vagabundo, eu andei muito tempo illudido no mu ndo, creatura sef11 DEUS, que cria sHbt: r tudo. Hoje, que uns passos dei na senda da verdade, ,i os olhos volvo atraz na vida da Saudade, eu choro, e me arrependo, eu gemo, e fi co mudo!. .. Jf «Vinde a rnlm v ós todos que vos achaes alfllctos e sobrecarre– gados, e e u vos alllvl arel». Perdóa- me, meu DEUS I Perdóa a ovelha errar.te que tanto tempo andou do aprisco transviada , mas retorna , Senhor, humilde e confiante nas p~omessas de amor da Tua Lei sagrada . Confe;so os erros meus. Minh'alma que é culp::da, está cheia de dôr-a dôr dilacerante que punge o cornç:io na prova abençoada e leva a alma a T eu reino , após soffrer bastante! Minlia maximn culpa, -As culpas por que peço T eu divino perdão, estas que T e contesso, eu bem se i que hão de ser por mim mesmo re- (midas ... Pois que, para extirpar das culp~s toda a casta, si não ch egd um viver, si es te mundo não basta, - outros mulldos nos dás e nos dás outras vi Jas !... III ocEm verdc de vos digo que não pode ver o reino de Deus sln6o aquelle que renascer de novo»_ Como é sublime um DEUS que escuta as orações do pobre peccador, do filho 3rrependido, dando_áqu:lle qu e. vence as pro·.,as e affiições, a glo:1ficaçao perfena do remido 1 Espero, poi s, chegar, a pós ter renascido e ter me dep~ r;; 10 em muitas gerações,' ao ter_mo da Jornada, ao reino prorn ettido, onde impera JE5US, e ha paz nos corações. Meus hymnos cantarei ao divino compasso das rnusicas do cfo, vivendo lá na altura nrnito acima do sol, no cimo azul do e paço ! E si ha tanto esperar dessa vic!a futur;i avilte-me o viver, seja-111 e o go~o escdsso; e a terra não me dê a mais parca ventura ! ... JOÃO Então, nas horas de maior soffr i– mento, lembrar-se-á com prazer do proverbio orienta l: aquelle que saco– de a arvore da dor , s('meia os ger– mens da alegria. A dôr se apaga e os instantes de 1 afflicções passam ligeiros, para dei-1 xa r Jogar !:l tranquiltidacle. e .a ani-_ Fundador - --FHANCISGO P. MENEZES Des e nc ,1 rn a do e m 1926 b irector - Archimimo P. lima. Redactora -secreta ri a - Elmira R. Lima. . - mação, na lemb l' ançn das horas fe– li zes. E ' por isso, m<-'u am igo . que a d~ miras osi grandr-s vultos da huma– nidade, nos i n!'ltHntes ct0 · grandes agonias, a nio.sLrar e rn a face t r an– q uill a o ol ha r se r e no, te ndo nos la – b ios a pa!Hvra de perdão como fi– ze r a .Tesu s , o g rande Mestre. Experime nta ! Ap rove ita os inolv irl nveis momen– tos que o teu c:;ent imentalismo offe– r ece uma lag ri ma , a b r ilh Hr 11 0s tem; olhos, como _.i-otLas d e o r va lho , para tece r a co rô n da tua fol icid:-i d e, of– ferecendo-a ás al111aia: at ribulad as e, H r ecor davão cl Pssas horas te tor– n a r á for te quando a dor te quizer tomar d e assa lto. Vela junto do berço da criança e n ferma . conforta a 11, ãe afflicta, r ean ima o pob re desamparado, re• gula o animo do j ovem, esperança a ve lh ice. cuida do bom estar dos que te são mnis proxi111os, opera o r egimem d:1s t uas aci;ões e quando as horas se <'scoar•111 , para o teu desen ca rnt>, te r áR semp r e a e n vo l– ver-te us mimos cios te us protegi– cins ou a recorda<;ào feliz dos teus fe itos nobr es. E' a reco 11µensa dos bons . Do te u A RCHIMIMO LIMA O son~o ~e Nanuco~onozor ~~w e as visões ~e Daniel (Co11li1111ação) GRECIA O te1·cei1·0 reinado fôra constitui• do de um povo f61'te e viril, que. na época, attingira o maior grão de cul– tura política, nas artes e na scien– cia :-os gregos, e de um povo indo– lente da mesma origA111 que os pri– meiros, é verdade , mas que só po– diam representar o ventre da esta– tua metalica de Nabucodonozol', como os grngos represen ta ram as coxas. O01-ria o nnno 330 A. de O., quan– do Alexandre. o grande, depois das suas conquistas da Asia menor, par– tiu com 35 .UUO homens, sobrn o go– verno de D 1rio. na Pe1·sia, pondo termo, em 331 A. de G. ao segundo ( Continúa na 4 ªpagina,)

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