Alma e Coração 1930 - Anno 13° - Fasc. 3° - Julho
Ass1guatura annual 10$000 ALMA, principio immortal que se eleva até Deus e cuja elevação deve ser a nossa unica preocupação . ~--- Tem valor de ser verda– deiro, disse Jorge Herbert, nada ha que valha a fraqueja duma mentira As almas precisam de reli g ião para seu consolo, no degredo ter– reno das espiações e provas . O que é o Espiritismo purnmente scicnti · fico ?-Um agglomerado de provas, que pôde sa tisfazer a razão , mas deixa a alma vasia. Que bem pode– rá fazer o E!::p iritismo ads tri cto aos .., gabinetes, se elle, por sua :pr?pria feição e ntis'3ão, é de expans1v1d ade mundial, attin g indo, pe la med ium· nidade, todas a camadas socia9s, e os sa bios são tão poucos ! ? .. Quo é o Espiritismo, sem o E ·an – gelho, sem a mora 1 ? Creio que a maioria dos seres mediumn s dispen– saria, gos tosnmente, a intBrvenção dos irmüo:inhos do au de lá, se não tiv essem. a amparai-os, nos amargurados transes do mecl ium· nismo, o fim altamente sagrado d e bem servi r uma casa santa , que provem de Deus o para Elle v ?l.ta . Fechar, restringir, os 1Jenef1c1os da Nova Fé, ao circulo feneo, or– gu lh oso o presumido dos estudos scicntificos ó d ecepa r a arvore da Fé - a fron'dosa arvore bemfazeja e bõa ondo se abri eram os simpl es, > b . os amado~ do Deus, os «peCJ ueni - nosJi a que so referiu Jesus, n a for– mosa linguagem pal'abolica dos seu:::; ensinos. N:io negamos 110111 contestamos a sc-i0ncifl, srria inopcia ridicula, e ll a seiru(• o seu curso, a se dcgladiar co7i1 a fé .quando é absurda, mas ao Espiritismo, não cabe o papel de aniquilador da fé, cingida a fron– te com a serpente, symbolo de ~a– t.au . Elle concilia as duas e explica a narn;a e o porque das causas. So o Espiritismo não pode ser religião, deixem-nos com as velhas theorias; não peecisa estragar mais ainda o que o demonio do mal co– meçou . E Jesus '? Nem Jesus quérem ! Orgam de propaganda espirita Circulação mensal ~açao ANNO XIIl 0 - NUM. 0 3 Pará- Belem - JULHO de 1930 Oirector espiritual-ALVAR9 (Espírito) Versos d'alma (*) ' A' mí1Jlm li/Jw ELllIIRA Acolhe, minha filha; dentro d'alma , o pranto que me viste derramar; abriga, junto ao teu, meu coração, repleto de amargura a soluçar I ... Por ludo quanto soffro e quanto sinto, recorro ao dôce nome de Jesus. No sangue d'alma o coração é tinto como o do Mestre na pesada cruz J E quando a morte me embargar a voz e de meus olhos apagar a luz, deixa que eu sinta em minha miio já fria o santo lenho em que morreu /esus. E quando a noite desdobrar seu véu; enc/tefl(/0 tudn de cruél pavor, em cada estreita que brilhar 110 espqço verás minh·atma soluçando Amor ! Ceará - Outubro - 1897. ANGELICA RIBEIRO (') Publicado cm memoria ele minha qu!'rilb Ma, m,1e - .\ngclica de Snlles Bibeiro. ELMIRA L/JHA E para 4ue Jesus, se os benefi– ciados polo Consolador l'romettido por Jesus Nazarethno, quorem os espi1·itos ape11as para esquentar alambiques, redoirnr r etortas , pu – char nórns, soprnr businas, o ctiri g i.r jazz ele vitrólas macabras, para di– vertimento elo curiosidades'? E então, para que veem os f>Spi– ritos batedores, á escala elos quaes pertencem, commttmente, os alchi mistas cio invi f:: ivel, se não tem ou– tro fim, a lém do phenomeno em si ? Virão apenas adextl'ar os dedos na technica de tangedores de eolias harpas mectiumnicas? Não terão elles o fim providencial de chamar a attenção de sua existencia, e fa– lar e dizer aos homens o caminho do bem? E porque, e para que impor si– lencio aos espiritos, assim que elles abordam as questões moraes, achan• do·OS massadores, redundantes e prolixos, - se o fim da communica– ção entre os dous mundos, é a mo– ral, para evolução humana! Que veem fazer os espiritos quando batem, sopram, rangem, CORAÇÃO, parte material do cor– po no qual collocamos a séde do amor e do soffrimento, caminhos maximos para a elevação da alma. Alfredo Sandoval (Esp.). aglomeram fluidos que prc<luzem rui dos e phenomenos varios '? Vem dizer ao sêr terreno: Ho– mem, reformn os teus costumes, sê bom . Nã0 faças como eu fiz. Escuta o que está ·batend0, repara neste facto que te parece inexplicavel : Somos nós; somos almas do outro rnundo; somos espirilos d e creatu– ras que viveram como estaes viven-– do e voltarão a viver, de novo , em novos corpos, pela reen ca rnac:ão. Corrige-te! Vê o que és; não forces o mundo invisivel a expor o teu in timo, em mani fos tações expont aneas, toman – do med iurnn s clA assalto, aqui ou ali, para te endere~nr mensagf:ns que se rão rxprobações á conctuctas menos cli g- nas das vistas de Deus. Depois, so terás uma sa hida, e essa covarde : -consideraes mysti– ficaçâo-as palaV-l'a.}; a ti àirigidas. Homem , meu irn1ão, sêr imperfeito em caminho nara a conqui sta da luz; não ceri:a os tC'US ouvidos á moral sublime cio Christo. « EllA quer que o homem se salve e não que se perca . Elle veiu e poucos o quizernm muitos o detes ta ram e ninguem ~ pondo ig ualal'. Elle ago ra mandou o <(Consola– d~r ,, que somos nós, ó homem! afim de qu~ .ª -1: l_impa se faça no campo _e o 101_0 v_a desapparecendo, para na.9 pre1ud1car a colheita do bom grao11. Não y ó_de consistir as benesses d_? Esp1r1t1s-m_o, apenas nas explora– çoes elos gab111eLes scientificos, dei·· xando em aba n~ono o campo da alma! o v_erdade1ro campo, da ver– dadeira vmha a qne se referia Je– sus, o santo, e inimitavel Rabbino' que não vinha conduzir corpos ~ sim espiritos. Se queres estudar sriencias, ma– tricula-te nas escola s materiaes da T_ena: Estuda mathematica. mc.cha:, n!c~, astronomia, engenharia, me· dwma; aprofunda -te nos conheci· mentes positivos da sci encia da ter_ra; e, mesmo assim, não te en vaideças ! - não estás só em nada do que_ ~studaE?, ages e adquires, os espmtos, muitos dos quaes fo·
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