Alma e Coração 1930 - Anno 12 - Fasc. 13 - Junho

2 :.:,q)edieote Toda a corrc!>pondencin p:na este jvrnal d eve s-=:r e nviaJa para a re (l.ictora-secreta– r ia, c:- ·xa po:;t:ll, 168 e tra, cs~a Apuwgcs, 10 A HUMILDADE . Humildade é ~entin1cnto . -E' uma \·ir– t uJ c: das o,ais diftict:is Je ~e conquistar. E como :.. s rerolas m.1is .:ustosas são as w~ :~ Yºr:•~ - ;1e rola <i;i~ ,·irtudes-a liu · mi lchd e rara,11(·11te s~ possue na terra. · i:.', po.s . a ,·inude !J :: hurnil<la~c.: ~1U ito ca r\ aos o 1 hos do S.-:r.hor que <ltstjJoJo apresentar :::o rr,undo un , typo perfeito de hunidda<le --nos mandou Je,us, como exc u5'p:o vi\·o <lts~a ,·,nude_. foi humilde o seu nascimento € hu• mi l le o s_u vin·r . Li..:ç;'io perpetua <le huri, il<l1cc:, Elle: a exempiificou, J esde as p.1l has, r:<le re1:omou o corµo mfoore ao la,a·l'és do, homc-11~ pecc;idores até o su pplicio entre lad rõe... . E mc,1 1tnJo, peJ:a: Perdvae-lor!s , Pae, porquto elles 1:àcJ sab:111 t' que fa zem! .. . ALMA E CORAÇAO r que vem encarnar tlas espheras inferio res e!? sociedade, ~ão espiritos que commet– te r'.\ m mal dades no pet ca<lo <lo orgulho e prc:cisam espiar em ,·iJ .1s de hu mi l.Je condição, o que fi zera m outrora. E' assim que vemos, Jeixanclo o exem · pio da rainha, que é wuito alto para nós, vermos senhoras e moças de condição me– dia e acima da media, pertencendo ~ pri me-ira socieJadt, as vezes, chei;is ,h virtu– de da humildade a se hombre:ir co111 as mulher~s do pnvo a trat.d-as com frater– nos sentimt:ntos de b~oevolencia, onde se es i·. '.ha a fo rmosura Je su~ ~,!ma, ja ornac i :·•!·1, <S 1, 1"1:xr·~ d..t- Í,> : r ,a--a perol:i mimosa da hnm il Jadc-. E fazendo ccnt1aste com esse qu adro , ouvimos mulhtrl:S de condição <le scrvir, com os olhos coruscantes de orgu lho, di ze r a c:ida hora: Ah, se c-u fosse rica! ah!, se eu fn. s· par roa! ft1 fari ,1 isto... isto.. , e isto! Eu? ... han! ... Eu?!. . . E, silenciamos, rambern. • Que Jesus continue a pc:Jir perdão par,1 toJos Ctque não sabem o q:1e /aze111». · ANGELlC..\. Fundador - FRANCISCO .DE p. MENEZES O ese ncarnado ern 1926 Dircclor - Archimimo J> Uma. {ledactora-scnctaria - Umira n. Lima. 1 ONOSSO DiRECTOR Dr. RrchimirT)O Lima -~ > ~- Graças a Deus, podemos noti– ciar as melhoras do nosso queri– do irmão Archimimo. director deste jornal. Avisados por tele8ramma, sou... hemos a de.;agrad3•:ei noticia de que desembarcára •.:m lisbôa, meio da viagem a qu~ se desti– nava, em grave estado de enfer– midade. Trocados telegrammas com a f amílía, dias depois, tinha - mos o consolo de sab2r que esta– va melhor. ? ~ A crca•urJ humana ta lvez pela mesma razao µo r que J ;:q1s pt:d tu o perdão do Pae-por ignura ncia , coscu111,1 balbur– dear e conf..u'. d:r a limpidez d~ tudo qu ., ,. ;u u céu nos Já, rn is turaodo e ccr- ' rom r•~nJo os .. ,.,~i1, os t! os prupl1.."t:is e mis – sionanos <le Di:-n , pr,ra b. m se r\•ir o s<:n egois1110. o ~;eu a~or pruprto, a peque– ntz d.,~ "~1 .;s p. ·- u ~.- Os seus amigos e os dedicados «Caminheiros do Bem». têm fei– to corrente de preces pela sua saúde e feliz regresso aos seus M ~ 1 fl ~~~~ 51 I___ r __ ;: ...... b ..... al,...h--os..........,e...... ªº ____ se.,....io....-..J--e..... su_a__ f ª ___ m_i....... - . ■ E .1ss:u1 .., h:z c;c1c é c!::ri , pcnur.1 na escuridão do erro, e o homem de má fé ennovela tudo na confusão ardilosa, ao ponto de fi car o ensino, que é a luz, tão 1 obscurecido e incornprehensivel, que se pres ta á encapaçào dos maus como se mal– dade o fôra. O sentimtnto l!a humildade póde se enconrrar r.o co:-açio de uma rainha. Quanta vez e;,ta mu lher <le testa coroada não pr..ti ca, entre os sem subdi tos, actos de verdade:rr, hurnildaJe e quantas e quantas vezes, 0 laca:o, a camponeza <lo povo que se ~c(.;rca Jo potentado tem o co ração cheio da f,e rpe irnmun<la do or– gu lho? ! A rainha que pr:itica as acções de cari• <laJe moral, de <lar as suas palavras pro• t:l:tc. ,as e o seu ol11ar beu.::volo e brando J (j subdi co oi.. ao servo, é humilde, pois oue ri nguem a obrigou a ser bôa. E o i; 1 ie:-ior curva a cabeca e beija-lhe a fim– l ri.l do vestiJo , porque não a póde mor• det. 7-ocasse irnmediata n1t:11tt as condí– LÓe< corco por uo1 pod er m.1~ico fizesse i~ r li a ;i ,amponeza ou a 1nú s:: r\·a e ,.i·:,Jt rn a estas o throno Je rainha, - lia,enarn de ver como 111Hnedi.1. tamenre, í :, u ·r ulhos,i s.::n·1 ou subc!1to correria de r t•~rtd de si, por importu na a .sua info- j ,i1va. A condição de: nJs.::er em das,e bJixa .;u .. •.1~ er pobre, não implica em hu– n1il!a.:e. SAo!t:', p-.,.J (.,.)",~!,,. i0, O:, ~tl'CS 1 ORACULO ( Esp.) l\led. JANú PARENTE ( Co11tin11a.ção) II Pairava nc espírito calmo e pond..:ra<lo de ~fari a, uma du,·id1 atróz e crnci Jnte: v:ici lava entre um:i 1 1 ro \·ave:l reconc iliação e 0 esqueci:11ento eterno. l'ensar no pri– m~' iro problema, era perdoar o p.1ssado; era confessar que no seu coração arn<la ex is:Í;', la1e 11te, o fogo abrazador de um a:u or qu e a111d,1 não h,1,·ia se apag ,i.lo . Cuid,tr (Í0 5egu ndo, era co1n-erter a sua ·, ida n'urn son ;10 de- e )flh ecido. Era en frt11tar o destino, esperando que <lo futuro vago e enganaJor, surgisse a sua fel ic iJaJe almejada. l'l Ser e não ser », eis portanto, o Catai dite ,nrna , que como uma gaze tenui ssima e muito minsparente, envolvesse aquella irmt~inação creadora dt magnificas 1déas, est:i beit:ceudo a duvida no seu cerebro, strnt'lhante a dois camin•hos que d~, ltsas– sew diante de seus olhare ., tomando c1d.1 um, uma trajt'ctoria opposta, sem .:01 tu<lo, alterarem a mesma s1gnifica½JO: e, ?i 11 hoso no perwrrel-o e ignorado o ~c u fir11 . Escolher qu:il dos dois consul– ruia a;; 5U,is ,o:tvcnienci1s 111oraes e so– .:iat s, era precisament~ a sua perturbação, p:1s s:rndo os dias em constantes scimia– rl!s, indicio seguro da sua org:rnisação sentimental, permittindo qul.! o seu co– r.. t,-t.> iespu1111ess.: por di I que não ~;1bi:1, ~ ,~ 'l"'l'~-', '-i UJ, Jull IU.l,J,l t.:i.d .,; jUSlO, ~ decisão condemnatori~, ou absulv itoria i . ) pomo um term tno 1 -st:h c,) n;:a11tes lucras dos sonho, do pa~sado, :, ~ JS J;;>s,_;raças lJO :ires, ot~. III \.~omo d co, tu1,:<;, Mari,1 :id1a va– se encos t:1d.1 p .i esp.d 1 ,r i:,tu fi.lo d' uma poltrona er~i st·u, a ,)<;>;.:: 1 _r, ,<; quan,1 ,, s, m sentir, n .1 inconven 1 t1:c :1 ,hs ~u ,s p.ila– vras, se encontra v., 1:11,·0i\ ida uo ,on; 10 sentimental que não Ih .1SJ.nd •na\·, 1 l'S pensJm~nro~, i.:,~•1 ·1 li J,)~ ao rl'.:,•,~n in– timo Lle sen coraç"iu; e n'c: ·t..: , s,ad , J\1 : n.i, se expr<:csav.1 d,1 se~utnt·~ Ío•·111 , : A minh;1 viJ .1 é e ' 'll • •11;,11 e,•;- 1.:ia sem perfume. Cu-;ca -n1-.: .\ -.-~. ! r:1 ·· que 0 meu id ~al r.:11.:,al ) d•~ii · , ..! 1 mi ·svt\''.l conv c;io d-: a.:_•n.. r, fi-.:1,, :.- Ji.: u.11 1no m ·• 1 o 111:J outro. · .1·., i,.1 11,•;ic. Je,truid0. t :l e,, 11, 11 •11 e liti ·.,, f,:i ') ~<>1,~ ,1.., m tiLlre, c·xig-· n.:·as ar..:lt t ·t.. 1.~a , ,: r; ) tirn ru is~e por ri.:rr.1, ltVáU[J lJ c1cl Ih.) dcs111oru;),llllen– to, uma esµêss,1 nuvem Je poeir,1 e ..:om ella se escap.1s,e o ndhor <los esforços e das e,-µerfoças do seu constructor. S?nh.1r, é um enlc:\o Je quem ama. Mana, portm. no.; seus scismares, pro– cur;1\"J .1pen:1,, pre~ndier uma lacuna aberta no <;i:u coraç:10-o vácuo deixado por _um amor fatal, po • outro, que não contl\·ec;~e o gi.:rmcm do ciume - côrvo negro do dt:3en~J 11 1 a es\·oaçar 110 firllla– mento azul das suas t.Sptranç,1s. - \l'esres consta ,n es devant!i o .-1 . . . - l1e rn ' tl pen:;:unento, :,111lo•me 1 u.:nti~a. : . a 1nan..

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