Alma e Coração 1930 - Anno 13° - Fasc. 1° - Maio

4 fi cou até ahi , no abandono de meu ma– rido assa ltado pelo ciume incontido e feróz ! Fiquc:i sem a minha bôa Mãe, que pouco ternpa depois d'esses aconte– cim .? ntos, encrega\·a a sua alma de santa a D•:us, d~ixando -me no abandono Je suas caricias e na orp !i:mdade de seus consdhos ... Seru os me ios de fortuna para enfren· tar :is vicissituJes da vida para mim es– tupd ~, senti os meus <l ias de juvenrud e se e, :iol:uem na morbidez espa vorida do lod:1cal d.1 mise ria. T em ia, fatalmente, ser a·rrast ada, tendo que me cobrir, talvez. de opprobios e de cu lpas que manch_ariam a intenção límpida dos meus sentun:n• tos... E temendo esra segun da decepçao, prncnrei lago consul tar os deveres mo– ra es que me assisti am perante Deus e a sociedade, e ac hei mais acertado tomar a resolucâo que me pareceu sublime e honro~a; procurar em um lar feliz e honesto o desca nço das minh as affiições e o conforto pa ra a minh a alma cançada tle tantos padecimentos .. . Maria olhava com vi são nitiJa, o ver· dadtiro cam inho a percorrer na estrada larga da vida honrada e doiorosa. (Continüa) . Doutrina _1:~!soladora : Deus e suas obras 1:-;CAH.KAÇÃO DOS E~ PI FI JT OS (Conc lusão/ Para poderem alcançar a per feição e ap rox imal't·m-se de Deus, o& esp íritos de– vem passar por tantas in ca rn ações quan– tas sej am prnc isas para a ti u!! irem e, gráu da stw pu reza . Esta concessão é a prova da equ idade de Deu_s a todas HS suas cre– uturns para progredirem. E' pela lei . de in carnaçõc>~ _que todos progridern o at111gcm a po rfe 1_<;ao . J á te– rnos tido e havemo, do te r ain da ~utras incarcac;,ões , ad e'luadas ao 11oss0 ad ianta– mento. A incarnaçfLo do3 e,p iritos efo– ctua-se somprn na cspceiu b nma 11a progTeE– sivame1;te. Depende do espírito ch egar mais ou menos rapido á perfeição. Assim con,o uns síto espíritos puros denominados anj0s hoje, outros só o poderão ser depois de muitos scculos, se continuarem endu – recidos e obstinados no ma l, em vez de se humilharem e segnirem o caminho do Bem. As qualidades da alma são 11s do es – pí r ito que se incarnou: _(? homem de bem é a incurnaçü o dum f' ~)Jll'JtO bolll; oh, rnem 11 r,r ve rbO, a de uw c-pirito múu. A aln1a tinha a slHL i11Jividu11liàad, · ant e: , de inc;ir– nar -se e c1,11~erva• a depois da mor te. O espírito vive s,ib ti influencia rln mater ia. Quan do o homcrn so brepuja n influencia dn mater ia l'ela e l~Yaçào u pm1•zo. do seu o,pirito, nprnx imtl -se. cl fla e,pirit .:is bons, com os quaps <'stara 0 por tun«ment~ . na 1.:íl nriançn e grni,:a de De u~. Os e pmtos incarna u115 hahitnm o~ ddcre utes globos po universo, entre o~quni~ lllO\' cm-se quan- ALMA E CORAÇAO ENCONTROS DOESPIRITO Encomr,im-se os dois em meio do camin ho da vida tormentosa e imprevista .. . - 0,1de vaes? Se ind:igaram, demansinho, pela estrada que o fi m bem mal se avista ?... -Ond e vou ? Vou além... vou ao destino; vou or 1r, vou soffrer ... lon&e, bem longe; t:,cteaodo, qua l cego pcquemno na soliwria celb, alva, dum monge ... -ê és t'd it assim ?. .. - Oh !. .. múito irmão!. .. tão fl'liz, e querida_ e desquerid~,. que dorn1ir, preferira, na amplidao o somno grande e calmo doutra vida ! . . . --Soffres então, recomidos tormentos, disfo rcad~s num ar calmo e jocundo ? -NãÓ tentes desvend ,r meus pensamentos que são pur:is demais para este mundo . - Que soffres, pois ?. .. Tua alma treme como o junco franzino a beira dagu:i . .. és a imagem de leve harpa que freme ao surro do ve nto ... e que diz: Magua 1 -Soffrer ? Eu soffrer ? Nunca soffri 1 Todo o mu ndo me acha bem ditosa !. .. soffre, accaso, a alma que sorri, e ri, oer~osameme venturosa. -Soffre, sim. E soffre, immensamente, o ser mascarado de alegria; é tili ntar de guizos. .. loucamente, tenta abafar a dôr q~e lhe escrucia, - Sim. Os guizos que tilintam, vezes, são sinos a tocar na campa dos palhaços... O rosto é a louza, e o pobre coração o templo onde se chora os 1.>ipartidos laços ! Do Lyra A:nl ELMIRA LIMA . e - do desinca rnados. constituindo a população invisível em acção constante. Constituin– do u rna. das potencias da Natureza, exer– cem os desin carnados grande influencia no pensamen to dos incarnados. p~ssa fór_mn é constante a rel11t;i\o dos espmt()S desm– caroados com os incarnndos. RP.LAt.:ÃO 00S ESPIRJTOS INCARNADOS E IJ ES I 'CARNADOS o~ esp iri tos tem uns sobre os outros au torid ade relativa :í. s utt superioridade, cxer· cend o por as:!e ndente moral irresistível· Po r fam il ias esp iritnnis, form adas por laços de simpa tia, os eapiritos vão trans– mi tir os seus pensamentos e aux iliar aos que são dig no~ ?ª sua b era rcbia . As re– lações dos es pmtos com os h omens são constantes; os bons induzem- nos a pra ti– car o bem, sustentam-nos nas p rovações da v ida e ajudam-nos a su portá-las com coragem e r esig nação; os máu s impelem– nos pa ra o ma l, -acbam prazer ao ver– nos ·ucumbir e identificar- nos c<Jm êles . A~ c.. mmunicu<;õe;; dos espiri tos com os homens são ocultas ou ostensivns. As ocul– tas consistem ua in fluencia, bôa ou má, que os esp íritos exercem sobre nós, sem sabermos, <'ompetindo- n os discern ir as suas iuspirações. As communicações ostemivas süo as que recebemos por escritas, pala– vrns ()U man if'estações mediun icas. As ma– nifestaçõas podem ser es-pontaneas ou evo– cadas . Os espi 1itos s11o atraídos na razão da sua simpatia 11eln natureza moral de qu em Cts ev oca: ns superi_o res, corl'cm ás reu n iões ~crias onde dnmrnam o nmor do bem e o desejn since ro de obter in, trução e melh1,ramento, afugentando com a ~~a presença ns espirito$ infe ri ~res. Os espm– tos in fe riores e ucon trum li vre accesso e obrnm em plemL liberd ade rntre pessÔ~• frivol ns ou curiosas, refor çando o cl om11110 dos mnu s instintos . E m vez de bom avi– sos e ensinos u teis, enc h em ,,s circumsta_n– tes de fn t ilid nde. mrntirns, gra~olas, 1ms– tificaçõe, e tud o que pode con co rrer para manter n o mesmo at rn zo. A di, tinção entre os bons e os mau s espí ritos pode se con– seg uir bem, por que a ling uagem dos es – piritos bons é constan te men te díg na, nobre, respirando a mais ele vad a moral e isenta de paixões baixas; os seu s cl'uselhos sí1o ditá dos pela sa bcdoria pma, e visam sem– pre o melhoramento e o bem da humani– d11de. A dos espirit<,s it,feri () reh é in conse– quente, ordin a~-ii~mentc trivial e g rodseira: só pregam falwlad es e absuí'dlls; zombam da c redulidade e dive rte r,H;e á custa dos que os in te rrogam, li so ngeando a vaidade des tes e embalando-lhes os desej os com mentidas esperanças. As communicações sérias só se dão nos centros sél'i os domi– nados por uma comunhão intima de pen– samento uo intuito de praticar o Bem A moral dos espíritos superiores resume - se na maxima evangeli cn: Fa zer para os out ros o que queremos que os outros nos fa çam. VOLTA DO ES PIRI TO AO )IU;>;DO l>O~ ES PJRITO~ Na constante cooperação do seu progresso o es pírito , quando, p elo dese nca rn e, deixa o mundo corporul. e ntra no mundo espiri– tal, onde o recebem os que uê le o esti~ marn. O justo é recebido como o irmito amado que se e, pcrava ha mui to tempo. O máu entl'II ne le cnmo o ente que se despreza . Os parentes a<l inutam-sr, para rece ber <>s seus, fo li citau <lo -os prl o eum– primcn to . da j nrnada que nca ha ra.m ele concluir . t,c é um espirit11 bom, vê - se con– fortado com a nsb istr ncia de to dos que apl a udem a sua con~ 1 e raçào 110 progresso uni ver,nl. P or tud o 1, to o es pirito. ente-se impubi onndn para c.-i ntinuar a trabalh ar pel<, bem ~e loJ a a h umnni rla de e }'elo l ro – grcsso umversa l. B'ELTX PA TOJA Rcspl·itam t..s a onhographia do :iuctor. N. da R. A obra da Evolução Pedimr 3 descul pas aos nossos lei tores do eu g;a111 1 pn <luz ido em o nume ro ras,ndo, pela offici 11a, retirando to do 9 artin;o de estudo dP moral-socia l, que tem do se r pu blicado em ~erit•;;, tod,,, ati t·diçõti, .. \ Ji('· u as i11,-c:1 irnm a eit:t,ao 1-,ft:rentt• .io tr.t· balh n de l\lari<, i\lc:11,,. J,1hi a nPce,,idnde ele iniciar, de novo, (pelu 111·i11cipiv) o ,ir– tigo trnnendo. AUXILIAE o A~rtl .~ -ª JJJIB.~ç~~ Tomand uma .1ssign.1tura

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