Alma e Coração 1930 - Anno 13° - Fasc. 1° - Maio

permittem aug1 ,1enta r a<;_ fa~ u\dacle_s el a alll!a f irma r a U'l 1ncl 1v1duah • ' . . cl ade, a apt'es cn : 1r -se nos . pnme~- ros :urnos cio u; n[l <' xi stencw fam1- li a1 is ada com os transportes subli– mados da a r t9 e com as especula– ções mais transceclentes da sci encia. Não ha anor ma lidades a r egista r nessas crianças procli_aios; h a, sim, o tes temunho de estudos sobr e clif• fe rentes a spectos nas vidas an te rio– res . Ass im , ternos nm l\Toza r t, aos 4 aunos executando son a tas ao pi a no e aos 8 compondo operas. Beethoven , maravilhando o a udi – to r io aos 10 annos de id ade. Pasca l, aos 12 annos; descobrindo a g eometria pl a na e, ant es d e sa be r ler , Rembrandt, desenhando como um mestre. Jacques Chri cltton, aos 14, con – quistando o g r áo de n1t,s tr e e aos 15, discutindo sobro qualquer as~ sumpto em latim, g r ego, heb rai co ou arabe . . Henrique da He in ekern, aos 2 an• nos falando tres líng uas, apprond ou a escrever em ~lgun s dia s e com 2 aimos e meio fez exames d8 Hi sto– ri a antig a e mod ema e d e Geog r8:– phia. Seu uni co al imento era o lei te d e ama e qu ando quiz eram eles • mammal-o, fal lC'c.:e u, aos 5 p ara 6 a nnos, com pleno conhecimen to da ~ua morte , affir111a11do a sua es– perança na vida futura. Van de Kerkh ove de Brnges, vi– veu apenas 10 annos e 11 rn ezes de' xa nclo 350 peq uenos quadros mn– ai s traes. Wi lli am Hamilton, aos 3 ~11n os, es tudav a hebraico e aos 7 annos tinha vas tos conhccimontns : 1 no~ 13, conhech 12 líng uas, e HOS dezoi to, admir a va a toda a gen te a ponto d e um as tronomo irl n11clf:_l. di zer : Eu não di go qu e cll e sera , mas que já é o p rimeiro mathema– ti co do S<' U tempo,, . Como concili ar u~ tes foctos com a omnisriencia <> uontlade de Deus se, ao lado d as cri anças ge nios, ou tras existem tão med íocr es o outras er ia– tn ras haque por maiores esforços no c~1lti vo da in tcll ige ncia, uã o passam d a vul garidade humana'< . Só ucccila ndo a lei das r c11 1car– nações . E sses s,..,t·es quo nos p a recem ex– tr nonli1iai-ios, Jll'Ojcctando lnz na h iFt oria das ft<'t'il<;Õ r> s, emerg iram da:-, tl'a,·ns da iunot·ancia, 11'uma - to asl' <: 11sao gradua l, atravez dos sccu- los. de euearnado em encarn ação, at ô o dmo da sabedoria, a cul mi – nanda da espiritualidade. E não param alii ; vão de p lano em p lan o, revestindo n,;pect,1s cn d a Yez mais g1·a11dio~os, na con,p1ista po sem; destinos . • 3 ALMA E CORAÇAO - -=------ --------------- M RIR DE COS· ~~ ~ ~~; ORACULO (Esp. ) ~led. }ANú PARENTE Maria de Cosí, era assi m ch amada uma bella romana que ex istiu na época de Ces.1r. De est irpe nobre e de for mosura rara, bem jovcn.ainda, con trnhio nupci as C 1 ll1 u111 opulc: nto cortezào roma no. s ~nJo um sonho rapi (~ O essa un ião que nasêi,\ dos esco•ubros de um ideal sem vida, Mari a de Cosi ao c~poso enganada entregou -se , não p. rJ o Amô r. mas, p,1n o abysmo em qu: bem cêdo se afu ndou... qual gal éra nova que sos5obrasse n'um ma r profun• do e dl s.:onhc.:i<l o, J c.: nada lhe valendo a 1·, ,rça Je seus estanda rtes e a resisten– ci.. Jo ca sw bem armado e construido... q u , era rn os seus brazões e as prerogati vas dos seus mul os . Apagado este a:nôr, 11a apparencia sim– pk·, honesto e ,·frdaJeiro e que não me - 1·c•.·u nLm as honras de um fac to fortuito e commurn , fo i Maria procurar um am– p.11 0 long.; do lar. E po1 .. ..:c,1s0, lern brou– ~c Ja fomili a Cembn, que hab itava um r1cn pal.1cio, tal\"C: Z o tn ,tis sum ptuoso d t nob·eza romana n'aquelles tempos. .- su I physionomia de Deusa Ja Bel– lc.za !'.e mos trara sorride nte, na conceção i,11 p-:ccavd do seu todo , recordando uma téla sallllla das mãos de .i lgum mestre d 1 sublime arte do pincd encaixada n'urna rica moldura de luxo, esµ-i lhando no co n– juncto harmoniorn , uc11 cspll nd 1do es– tc qJ:: I 1 c Aru: , su ri i,lo, ce rtamente, do a11>b ie11t, das g,derias cdt.:bres, c.:01110 urna ext ,1 nha imagem qti..:, por mibgre, viesse A alrn a n~tud 1 :P lll!Jl e. e obS<'l'- ' Y:11Hlo o pa ;;~,Hlo, l1 e rda 110 fu t uro o 'Jll O no pn·so111t, "" lll P ÍO!I . ,\ lei da r l' ill<'.a 1·1rn\.: ão completa a Yicta 110 r: ni v~ r so Jiriuindo a s a l- ' >:, mas p1rn ma gniíicos d c>s tinos, em- bell ezand u n:-; de• l'un lH!<'.lll<' tltc.,s o pun ficando as i, r lo :.imo r. Leva a luz Olltile ha tt- evas, fo z dcsapp ,irccP1· a injus tiça. r esolvo os prob le 111 as rl as cun trn cli ~õcs da v ici a, oxplic:rndn o~ pol'ques das des igua ld ades soci nes . Appi·ox inrn os homens, qualque r q ue seja n. sua orig-r m, desfaz os od1os e gc> l'a o amor espir itual izado no seio do Iodas as classes. Com n lei d a rc 111 c::u·11 8ção, os d eserdados d I t,rtun a , os misera– Yeis, cncontrnm cousolnção no al'!'e pendi mc>n to t' na espctan<: a de um fut u ro feliz o ns pod e1·osos a pµl' o– xi mam se dos desg r açados, p ara mi no r ar-llws os soffri ·neutos. E ' tamlJem a lei d a r eincarnação , se mostrar, para in spiração dos poetas e modelo ext raordinario dos grand i.:s pin – tores ! CAPITULO I Corriam , si lenciosamente, os dias para Maria, sem que ella se ape rcebt sse dos desgostos que lhe assaltavam o espi ri ta, _quando n' uma man hã, esp len<lente::mente rJJiosa, sentiu -se impulsi onada p lo de– sejo de julga r-se a si mesm:i. da sua levi ân– dade, apaixonando-se por um h mem sem o menor exame, cuidado que lh e corn p~ti:i toma r, antes d . contrah ir casn•· ruento, união que deYc p.! rmancc1. r por toda uma t::xis tencia. De. ,·f; ri a ter ,·c:: riticado se era correspo n– dida, e se de,·ia ali mentar o que sentia , arrebatadamente. dt' ntro do coração. . «Os meus so11 hos se di ssiparam para sempre na amp li dão vastissi ma do esqu e– c! rnento.._. S~u uma_des,·c" nturada que amda boi e, neste retiro em que vol un– tari ame nte me encontro , sinto dent ro de minh'alrna, a paixão di lacerante que me corró~ as fib ras se nsívei s <l o meu pobre cor~cão.. . » M~ria assim pensava, no recoltii mento e na med itação, passando em revi ~ta men– tal os to rme ntosos dias que passára . - Nà_o fôsse a loucu ra de um ruome1ito, U1'.1 r:i p1do e fug:i ce capricho apen as da rn111h a _,·,uda_de ~es111 edida , continua,·a no seu solil o_qu10 1ul~1<l or, ainda hoje :ne • en_contra n,1_ no seio pu ríss imo de mi nha Mae amant1ssm1a, áqucm fi z soffrer tan– tos des~osto_s qu e occ,1sionam-lhe a mor– te,-para aurar-mc nos braços traiçoei ros de _um h_o n~em cruel qu e não soube pou– par a 01 111 ha desgraç~, que bem repre– sen tava a sua, se a~s1111 Julgasse e agisse com melhores _sentimentos de pudor. Mas, 0 de 5t mo da minh a vida não ~m. appre~di zado dos g randes de– ' e1 es somaes e das elevada s vir– tud es. . O homem conhece, pela lei da re– mcar_n ação, a s ua r ecompensa final , e ass1f!l, em cada e tapa evolutiva da su a vida ten estt' e, se apresta a es– ten der a mão aos r e ta rdados des– pres:1ndo odios, n ' um verd~d eiro sentunento d e fr a ternidade . Conhecido que O mal é um attri buto _da vid a terr ena, q ue a dô r e o soffr 1men to es timulam a levanta r a vista para o futuro na esp erança de uma ho r a mais feliz, o homem adquire coragem, p ar_a m~lda r .º caraC'ter, tor na ndo a ex1s tencia rn ~1. 8 activa, g eradora de fe itos ma~nifI· cos a tecer do luz os sous destinos. Apprende a supportar _as ama r · g uras, abr indo novos horizontes ás p otencias do sêr que prep~ram ª sua evolu(~Üo para a vida rad10sa. ARCHIMIMO LIMA, •

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