Alma e Coração 1930 - Anno 13° - Fasc. 1° - Maio

Asstguatura annua/ 10$000 A ALMA , prin cipio immortal (J ne se e le va até De us e cuja elevaçã o deve s e r a nossa unica preocupação . Ha Yin te a nn os, re lo mc1 d e _ja neiro de 1910, n ascia o A LMA E ConAÇÃO. Fu ndado po r Fra nci sco d e P a ula Men e– zes, d two ta do pro p:i~nntl i~ta espiri1a c uj a in te lli ~cncia cu lt a se poz ao servir o da Doutrina dos es píritos, \' ivc u este _jornal – zinho os tres prime ir os nnm<' ros ti e s ua exi s le neia, a c us ta el e tlifficuld ades m il, nas mã os do se u fun da d o r, ra p az po b fe e em preme nte situação d e e nfe rmi <la des . Ao 4° n . cm vis ita a o casa l Archim imo E lmi ra Lima , F r a ncisco Me ne zes t e ve occas ião d e p riv nr da co n vivPncia da fa– milia , em maior inti m ida de a ffect iva, e , r econhece ndo os d e vc llos q ue a irmã El– m ira demo nstrava pelo se u j ornal, ap ieda – d a d a s ituaçã o <l o moço p ropaga n d ista, este co n cebe u o so nh o eonsofado r de e n– contr<1 r um coração mate rn o p ara o que– ri do filh o de s ua a lma , co mo elle costu– m ava ch am ar a o A1 MA E CORAÇÃO . Casal sem fil hos, era- lhe fo c il a perfil ha– ção do p e q u e no o rgam da Bôa Nova, man– tendo-lhe a vid a, qu e e ll e ja n ão p od ia dar .. . Ol hos c h eios dag,rn, nu nia emoção de confiança, c heio de alegr ia e ca rinh o, de– pos itou n o co ll0 da nia p rt>!.ada irmii o jorn al, qu e fôra imr resso com o pe nh o r do seu r elog io de a lg ibe ira . e di sse :«T oma ~_?n ta d e!IP·, D qu in h a , se n ~o m_o r r e ! Eu Ja não tenho mai s c om qu e 1mpr1mil- 0 a o nume ro vind o uro» . .R ec usou -se a irm ii acreitar, ind iYidua l– m e nte , o j o rna l e o pro pri c tari o, e nti:i o , romb inou Pm faze r a offe1ta ao casal Ar– c himimo-Elmira, qu e d irigia o gru p o , Dens, Amor e Ca rida d e » onclc ~l en l'ZC feira cu– r a d o de lc rri V(• I ohsessà o . A enlr(• ga foi fe ita Pm a rt igo de fun d o , ao 6° n . deste o rgam, so b .,.., a uspi r· ios el o ge n oroso g ru po qu e o cur,tr,>. Viv<' u d e l!)JO a 1!l l 7 , n a 1° p h nse, cm prirH' .p io, <:0 11 1 os r eenrsr,s do c: a• a l. au– x ili adu p e las tl a d1v:ts tl<is c on fra ,l •s d o g rup o . P<1ss1nd o a se r de aS!>ign at.u r a. em líJ12, tn111nu l fe ic:Ul d e re vi c: ta . a d mill indo pa- g inas rlc .111n 1inc ios : . . Foi :t p lrns<' d e ma ior lida do casa_! L1 nw, o irmã o Arch i~ imo ,rng:1r1an d<? a.5_:>1~na _tu – ras nas repa rtições pu bli cas e a 1rma l◄Jm1 1-.1. no c ommc r cio, co l!, l' ncl o .issig nantPs e a n n11 n ci1,s, afim d e a~scgurar a vida d o pe– nh or Pspi ril1wl que lhec- f ,r:i cnnfi, do p ur nma :t lP1 1 ((li ( rid:i. Adoece nd o gr:iyemr11l1> ,1 irm:i Etmir:i , .<? j.1r 11,dz111hu '! Ul', h avi:i 11111 11nno .itraz. .lª Vlllh a l11c-lando p:i r a l'iva. sem ter saido e111 JV1 3, d, ·vid n ú ac~':'10 J,o lit i•·a a q ue forn fo rca d o r, c ;1s:1I en t ra r. ,-,11,.1,rio. E a ssim , o A1.i1A E Co n.H:.,o dura n tP 1JS a n nus 1lc l!J l8• Hl26, não p,iud, · ,-:1hi r Quand11, 1· n rad a peh m lra culos:i lrnnda – tl e do se n hor De us . qu e d c rramarn efflu- ,· Orgam de propaganda espirita ANNO XI Il 0 - NUM . 0 1 Pará- Belem - MAIO de 1930 Dircctor e1piritual- ALVAP.O (Espirita) vi os de Am o r sob r e as chagas de F ra n c isco de Ass is e se us p ode r os os env iad os ~d u ~ ::i r rlo rlc Siq nei ra e Monl'A lvenc, a 1rma E lm ira s e erg ue u do le ito do s offr im e nto,– p a lli d a sombra do qu e fôra o uLr' o r a , r e vi– v ia o ALMA- E CoR,'v-ÇÃO, o rgam de p ro p a – g an d a espiri ta . \"inha s e r vir , çom as suas paginas frn tC'rnas , d e n oticiaris ta d os t ra– b a lh os d os Ca m in h e iros cio Bem . qu e o ajuda . mnnc t.i ri::unen le com um a u x il io m e ns.i l, el e :1 cco r<lo 3 0 c us to ela t ira gem . · Es tá, rlc no va me nte , assegu r a d a a vid a drs lc o r ga m . ,\ Co nf'ede ra~·iio Es p iri La «C:i mi n he iros d o Be 111 » da presid c ne ia ge– ra l de Are him imo Lima, q u e é tamb em pro– prietario e res pons avel d o j o rnal qu e tem pe rso na li dad e ju rirl ica desd e 1910, ao 7° Adesillusão da Fraternidade - Lágrimas 110 seio ccmdido do cc .4 /ma e coração• O' ALMA E CORAÇÃO, penhor de af(ecto que das almas de par, do espaço, veio, és bem um filho d'alma, um sér dilecto a cantar de esperanças no meu , seio, Desmentindo a ing rata l111111anidade, desunida, a mentir santos ensinos . tu palpitas de ..lm()r- fraternidnde sob a luz dos am~gos teus, celinos ! Quando n ol·wr /e•·;Ja c!:nrn e solli·c aos traiçoeiros g olpes fraternoes, á lag rima vertiaa , és, tu , um cofre transpa, ente de limpidos crystaes . .. Fraternidade lwmama ! vâ palavra, chimerica illusâo. formosa e doce . .. debaixo de tua cinza o fôgo lavra . .. tal se um ne1!ro vulcão , perpetuo, fos se / Jnsania ? bôa fé? ingenuidade ? De que estnfn $e (e.z est,i"11 /mr1 crente que nâo sabe ,Je.,crer, fravl!z a idade, da forçada fala.z da humana g ente ?. . . Fraternidade ! . . . Sim : um sonho veio - que embolava rninh'o!mu de illt•dfda ... - morto de Dor. vem, ,u, mP11 coraçúo ag uarda, os albores doutru Vida! ELWIRA ll.WA n ., tP1n , r o is, cm o Sl'10 an 1igo d J Auu E Co11A<.:.;. o n r l1·1,11 IHl' ,1 hicu 'ar a tr,1r.:-;– m illir rnimu:iusan c n l •, loún o mo ri me n– to opr r usP ,, ntil das suas »l'<·çii~.- cx h ube – ran tes d 1' sc i1.i , anima da s de aleg ria e fa r tas d e abr nçnarlns frnct os. Com pl e ta nu o neste mcz - o li nd o 111c z d as pri1na vP ra 'i que rc fri ger,:m r adoçam 0s d es:1le11tos d 'al111a, ü Sl' ll .{o an n i1 crsa l"i o , cumprimen tam - no os seus ani 1g<)S do e - pnço que lizcrnm d o inmio A lfre do Sando– val (~:sp), o rn tcrpre te dos seus s1-mlime.n- Circulação mensal o CORAÇÃO. part e mate r·a t do cor– po no qua l co ll ocamos a s éde d o amo r e do s@ffrimen to , camin hos maximos para a e levaçã o dà a lma .- Alfredo Sandoval (Esp.). t os d e jubilosas co ng ra t ul:1ru e s e <'o nso la – d? r a espe ra nça de q nc o .\ L MA E CORAÇÃO nao mo rrer~i ma is e mquan to v ive r o c asa l q ue lii o a m orosam_cn te o pe rfilh o u _ ALI<'REno SAN OOVAL (E-sp) . NOTA: - Prim e iro d irector cspi r i lu a! d o A UIA E CORAÇÃO Mcd-ELMIRA LIMA . !CARTAABERTA 1 IV 1 Meu caro . .. Fórte foi a emoção de susto uo de pa\·or que te causou a minha ul tima ca1ta. • Pareces \·er cadave res po r t0da parte e ~ poes ia da vid~ nem em sombras se pro– Jec tou na tu a visão de sonha<lor. E's certamente um poeta que reflectes na alma como, em crysta lina lympha, os tt-us sonh os <l oirados, como con tem pl as ch eio J e susto a maldade hu ma na. Conversas como as cri,rn cinha~ de s– pr1::occup:1Jas do ç mai s innocentes casos d,1 vida, e possues idei:is maravilhosas, e can ~as poemas com bocca de oiro como os 1rn !lól ortaes. Os teus devaneios são alimentados ao clarão do teu gen io. , Não podes por' isso sn comprehendido pe la vulga ridade huma na. Eu conheço que nos va lles profu ndos do teu coração ha um vago sen ti mento de info rtun io que procuras occultar aos que te cercam. Por isso mesmo desejas ter o coração aberto aos fracos e aos de sgraçados, of– fore cer-1hes os teus pe rfu mes, sentir com elles as s~as de~gra! as, mas que de ob– s: acu los a reali zaçao do teu maonifico prc posito ! ., E soffres ... corno sabem soffrer as grandes alrr.as. Aqui ouves lamentos, mal di ções ori– tv s de raiva , rugidos de dtsesper"s, cl~o~os, e reconheces o esmaga r di> vidas; mais adiante, orgul hos, 1·a1daJ es , toleirna s, tfa– qu elles cu ja xistencia dt: sl isa tra nqu1ll a, e se sentem emballar na s azas \11 ionuna : ba gosos, ni nhos de prazu-..s; tu~!o alegria , sorri sos e flô,cs. Outros têm olhos postos nun,.l mi ra– ge:11 enga nado ra, qu e lhes f(lge senwre, deixando-lhe os pés lacerados de espi-

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