Alma e Coração 1930 - Anno 12 - Fasc. 12 - Abril

...... ALMA E CORAÇAO ~ ---------- /\s alma, Trad. do hespànhd . Usamos o :nesmo titulo que encima o be rn estudado artigo de <cMAR IANO RA~Go o'ARAGONA >> , inserto ás pagi nas 7 do o. 100 da revista Luz Y VIDA de Buenos -Ay re!'. Será que não temos assumpto proprio? Será que não nos assi stam, por outro modo, os espi ritos encarregados ào~ tra• bailios in tellectuaes junto dos med iuns cuji"tarefa é espalhar sementes pela pala– vra escripta ? Não, decerto; pois que, e eu poderia affirmar, ptla voz que estou ouvindo e o arzinho de mofa que percebo, intu iti– vamente, que a verdade contida nas pa• lavras-c(Anda 11111a ideia no ar ... >) é cc nfirmada a caJa passo. Esse assumpto, muitas vezes, me tem preoccupado; agora, se a preoccupaçào é minha, ou de um dos espírito que traba– lha commigo, é que não ha muita ne– cessidade em sabei-o, para pro vei ro de quem quer que me leia. Vamos a<, assumpto. T empos idos, le:-!do continuamente, estudando, posso di zer, as pãg irnas castiças e buriladas de Leon Denis, poe::tico prosador e doutri · na<lor fra ncez , encontrei es ta affirmativa, q uasi categorica do mestre litterario, de que os seus guias lh e di ziam, que as «almas irmâs>> eram uma re::.lidade, em suas per-:grin:ições atravez dos mundo~, quer dentro dos corpos, quando encar– n,,dos, quer na erraticidade, depoi s da morte. Ass im , pois, o art igo tão profunda– •nente elucid:itirn de RANGO o'ARAGONA, \'eio a ca lhar para me satisfaze r as inter– ro•%:àe., i11timas, sob re as quaes eu ti– r:i~a ·conclü sõc:s bem pouco accordes com a Ju s1iç1 Divin l . O ani:.:o, t·s.: ripto em língua ht!sp a– nhola, é longo dema is para a es tre iteza do espaço Lf'e nússas co 1 umna s. Li-o, :1oro ,: ie1 toJ.1 a Yerclade ah i expend1da, em 1.!StVlo simples e claro, e tomando a penna ·n~nho tratar, sob o mesmo titulo, do moment0s0 as<urnpt0: Haverá «almas irmãs», no ,;entido de h:1ver e i irico, jungidos um ao outro como os pJre~ de calcuas das gJlés ? . O mesmo conhecimento que nos da a doutrina espirira da variedade dlls desti – nos, em alegrias (bem .P?u~as na terr~ !) e em dores, dJs rnu ltiplic1ss101as maneiras porque se progride. a mudança de en_car– ne em f 1mili1~ diversas , a troca, ate de mundos, co i1.-o r111e a opinião de ah;uns, e bem abíl li saJos, tu<lo i11cicle n.1 certeza ' <le que não ha, nem pode riJ h,l\'er, «almas irmãs , , no sent1Jo lato do t~rrno. SiOJ ex is tem affin1u ,1des de sentimen– tos b;ns ou máus, affinidaJ~s de ~ostos, _grdsseiros ou espiritualizados, affimdades (De uma serie de sonetos recebi dos mediumnicamente por uma senhora que nunca fez ver– sos) . A' pequenina Ninette Norat, com todo o amor carinhoso de PENSéE Pallida virgem dos meus sonhos, linda ! Encanto doce d'um primeiro amor I Doce visão , O' casta e pura itnaf{em de um reflexo divino, encantador . .. Repousa, ó terna imagem, no meu peito, sobranceira, em teu magico explendor, -das mais lindas aureolas da virtude, envolta em gazeos véos do teu pudor ! Teu rosto ·de madona, sorridente, meigo , terno, gentil, esparge, linda I doce efluvio de encanto seductor . .. Incita-nos á prece ao Deus clemente Pae de Bondade e de ternura infinda incutindo em noss'alma luz e Amor! Recebido mediumnicamente do espirita de Alfredo Rodrigues, fallecido aqui no Pará . na similitude de tarefas, materiaes ou es– pirituaes que app roximem, quer no es– paço, quer na terra, os serês, uns dos outros, decorrendo, dahi, o nasce rem juntos-paes e filhos, irmãos, ou futuros esposos, e, amantes mesmo, que a lei não legalizou, porem que se uniram e, felizes ou infelizes, viveram e traba- 111:1.ram por decenios de urna existel'lcia, voltando, por via dos compromissos to· • macios, unidos, por seu livre arbítrio, ou forçados'a voltarem juntos, odiando-se e detestando-se tornaram-se cumplices em más acções. Eis , quando a ·felicidaJe não pó:le existir; pois que, a lembrança, no eçpaço, e a orevenção inexpli cavd quando no corpo, que chega a ge rar antipáthias in– soffriveis, não dá en se jo a que se considere felicidade viver com as nossas 11alrnas geweas ... > . Irmãs no crime e na maldade? Não! Antl:'S bem desigvae s; porque a desigual– dade trará a recusa na cumplicidade do mal e assim, mesmo imperieitos, mas Jiflerentes, não chegarão a usar para si proprios o sabio proloquio popu la r : <( .•• e o diaba os ajulltou ... » Só existiria ventura nas «nllllas irmãs~, conforme a opinião <lo articulista em fórn, quando os dois espíritos e5tivessem, ambos elevadíssimos, para realizar, só ent~o, as nup:ias celestiaes Je que fala Leon Denis. Em toJo caso, para não deixar mar• gem a enganos, aos que não tiveram o prazer e o bein de ler Rango d'Aragona, repetimos: Não ha «almas irru:is> e muito mais do que tudo, que se irma– nassem pelo matrimonio que, como diz o intelleccual citado,-é um dos meios, (E a pratica no!~o demonstra) mais do- 5 Seárª espirita mundial PORTUGAL-A Federação Espirita Por· tugueza tem desenvolvido a propaganda debaixo de segura orientação, sob os va– rios aspectos do trabalho proficuo e onde cabem todos. Pelo seu orgam, K <e Revista de Espiri– tismo>i, ella abriu um vasto campo aos lidadores da palavra escripta no manejo polyforme da penna, a accionar, valoro– samente, a marcha das idéas que se– meiam h..z. Traz em suas fortes paginas, além de farto noticiaria mundial, que a todos in– teressa, um rc Inqueri to» interessantíssimo a aguçar a curiosidade do leitor, que fica sabendo, de original, a opinião dos esl)i– ritas, em destaque no mundo social, que trabalham pelo a\·anço dos seus irmãos em Fé, e a maneira como se fizeram crentes, acceitando as bellezas claras do Espiritismo . * * * HABANA·CRUCEs - Constituiu-se mais uma nova agremiação espirita de alto \·alor representati vo no mundo hibanez, sob o nome <cCoração de J esus». * ~ • * BUENOS-AIRES - Fundou-se o Centro Esp iritual Magnetico Psiche -sofia, cujo fim é divul gar os phenomenos produzidos pelo Medium Y. Psycómetra italiana se– nhorita lima Moggi, por cujas faculdades é bastante conhecida n:\ Europa, propa– lados os factos med iurnnicos da sua acção p_c;l os i?rnaes t'~piritas e profa:10s de va– nos pa12es. • • Soi;:crA-Em Stockolmo, Vont Peters tem reali zado valiosas experiencias, se · gundo consta do periodico hollandez Grest en Levim. Os factos psychicos, con– ta o collega de imprensa, foram teste– munhados por mais de 2.000 pessôas. Fundou-se, para me lhor estudar os phe. nomenos, uma sociedade em ,Gotteru– burgo. ·•· "' * lNGLATERR.,-Um novo apparel ho de delicaJi ssima acuidade, acaba de ser des- lo rosos. de se progredir. Accio nados, por que ass1;.u era m1stér, para o pagamento de di\·it.las, os pares de sexos differentes, por syru pathias mo ::nentaneas e enoanosas como diz o L. dos Espíritos cap~ Uniõe; antipathicas, une:n-se para soffrer e ao entrarem no mundo dos espaços, des– unem-se, para repousar um pouco do constragi men to soffrido. E, confirm:tndoa a maior gravidade do erro das «alma~ gemeas , , e ~011J von– tade de rir de que:n isso creou primeiro, (Creio que n:io fosse Denis, aquem sempre r~ndi a !11inl1:1 admiração– lembramos os v1uvos DE ~IOIT..\S MULHE– RES E VICE-VERSA. S.'\NS GÉNIE. l 1 t ~ i

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