Alma e Coração 1930 - Anno 12 - Fasc. 12 - Abril

ALMA E COR::.:.:A:.:..Ç~A_0 __________ 3_ ------------------ constituem o mundo espiritual, como nós constituimos o mundo corporal du – rante a nossa vida terrena. Dizem êles que vad.1 se faz, .:iuer no mucdo espiritual, que r no corporal, sem a vontade de Deu~. Por isso, nos convêm, procedermos lle acôrdo com Deus. D eus e eterno , imu– tavel, invisível, unico, onipotente, sobe– r?.namente justo e bom. Creou o uni ve r– so que abrange todos os se res animados e inan imados, visíveis e inv is íveis. O s se- , res vis íveis constituem o mundo corpo– ral e os in visíveis o espiritual. O mundo espiritual é ch amado tam– bêm mundo espirita que é o normal, pri– mitivo, eterno, preexistente e rnbreviven– te a tÚdo. O mu::ido corporal é secunda· rio, podendo cessar de ex istir ou nunca ter existido, sem que por isso se alteras• se a essencia do mundo ts pirita. Os es• piritos revestem tempora riamente um in- . volucro perecível, cuja destruição pela morte os restitue á liberdade. Entre as diversas especies de seres corporais Deus destinou a especie humana para a incar– nação dos espiritos chegacios a certo. gráu de desenvolvimento, que lhe dá a supe– rioridade moral e intt:lectual sobre todos os outros. A alma é um espirito incar– nado, de que o corpo é o involucro, chamado sêr humano. O sêr humano contêm tres elementos: 1. 0 o corpo, de forma espec ial, analogo, organicamente, aos out ros animais e animado pelo mes• mo principio vital; 2.0 a alma ou espiri• to incarnado no corpo; ,. 0 o laço que liga a alma ao corpo, forma corporal. Pelo corpo o homero participa da natu· reza animal, revelada pelo instincto, pela alma. da natureza espiritual. O laço que liga a alma ao corpo, ~ha– ma· se per is pirito, que por ser eténo é • in visivel para nós no estado norma), mas, acidentalmente, póde tornar-se v1• sivel e até tangível. O nosso director e o uAlma e Coração» ~~~ :;.~ Rumo da velha Europa , em ter– ra~ de Portugal, foi o nosso que· rido d ir ector dr . Archimino Lima, buscar um pouco de saúde para o seu organi smo enfermo . Será de curta demora a ausencia de sua ac– ção na seára espirita de Belem; apenas quatro mezes, na estação das aguas thermaes, estando de volta, com a protecção do Senhor, em dias de agosto. NOSSA REDACTORA E em princípios de maio, seguirá para Fortaleza, E. do Ceará, nossa redactora-secretaria, Elmira Lima, a se achar de retorno em Belem, no mesmo mez de agosio. Sem prejuízo da tiragem deste periodico, cujo trabalho intellectual fica feito até o mez de julho, a se– guir para a officina nos tempos proprios; todo o serviço de cinta• gem e correspondencia postal fica, rá ao cargo de nossa presada e prestimosa confreira. sra. Amelia Motta, á R. Pe. Prudencio, 222. Belem. E' este o endereco da irmã Elmi– ra Lima, em Fortaleza - Ceará: R. Senador Pompeu, 353. ·~~~* CRE:\ÇÃo nos EsPIRITOs Neste estado é aµrecia ve l pelos sentidos da vista, da aud ição, do tacto, etc. Per– tencem os espiritos a diferentes classes e são desiguais em poder, inteli gencia, sabed oria e moralidade . Os superiores distinguem-se dos outros pela perfeicão, con heci mentos, aproximação de Deus pureza de sentimentos, e amor :i.o bcrn'. Te ndem tornar-se cada vez me lhor. Os outros ainda não tendem para o bern que r. ão seja .para manter ~eu_org~lho, vaidade e cgo1smo . Os ma is rn fe n or':!s são dom inados pela od io, inve ja, ciume, orgulh o e outras paix_ões ou vicios con– trarios aos bons sentimentos e ao bem. Depois destes ainda dist inguem-se os– ru rbulentos, travessos, perve r~os, lev ia– nos e maus ou demonios !\, as todos proaridem no seu aperfeiçoamen to moral , Os espíritos foram ::reados simples com aptidão para conseguir pelo seu trabalho, a sua perfeição moral e intelectual, ten– do o merito e a responsabilidade dos seus actos; e, tambem para isso, o livre arbitrio, para acelerar ou retardar ;. mar– cha do progresso da sua perfe ição. Na sua forma çfo s6 operou a ,·ontade de f?eu s; pois ~ espírito é o principio inte– ligente qu ~, incarnado e animalizado in• dividualmente no homem, dá-lhe o co· nhecimento e a compreen são de tudo , guanto Deus creou e existe :io Unive rso. Identificado com a muteria que o reves· te, servindo-lh e de instrumento, recebe todos as impressões organicas, que o ha– bilitam a coopera r na obra da marcha do progresso uni ve rsal glorios? . Para esta " loriosa obra é que tudo fot creado. Esta go ra cons titue o in tuito e a gra ndeza de Deus atra vez de todos os seculos. e in~electual porque todos são aptos para adq uirir esse mel~orament? e alcan_çar a perfeição, assurnrndo o g,au de _a ni o na con fiança e graça de Deus que e a pe r– eição absoluta . (Continúa) Prof. FEux P ANTOJ A. N. R.-Rcspeitamos a orthographia do auctor~ AUXILIAE OAL A e CORAÇÃO Tornando uma assignatura O templo do Coração Hoj e, mai s esclarecida, a hu manidade acceita o mvs terfo da vida sobre a luz resplandecerite dos Evangell1 0_, e a ra– zão dos sabios confirma a fé se rena dos simpl es. O mundo caminha para um destino fora de sombras: acce ita, corno log icos, factos ou tr'ora consid erados alJsu rdos; as a lmas ascendem pa ra o estabeleci– mento do reino mirifi co da r az, com um oovo espirita de fé, olhando os tu– mu los corno berços da renascença d'al– ma, i 11 um inada pela verdade, en , rel a– ção do seu escuro p~ssado. Limpemos, pois, as vereda yara a nova semeadura donde flore$ce ra a llor divina do espírito, trazendo em si oba-' ptismo das verdades divinas _ob re os Jordões da terra . Elu cidemos as creaturas com :1s leis qu e regem a evolução da s al r na;: ._ tor– nando-as conscientes de se u dP$ l1no e da fiualidad e do sêr atravez dos mun– dos celestes até o reino de Deus. Ensinemos a reli gião da Evolu ção que constitue a esperança dos hu mildes. Doutrina l\IãP., cruzeiro de fé a irra– diar a luz espiritual sobre a humani– dade. O espiritismo não se limita á simples comprovação da cx,i ·tencia da alma, po– rem tira toda a moral do que se es– tuda e prega. Pelas con scqu encias dos nossos actos, estamos fóra de Deus, e é isto o que faz o atheismo, quando agi– mos em vista do resqltado do que nossos actos podem ter. A intelligencia foi dada ao homem para que elle possa conhecer sua na– tureza seu fim e os meios de alcançar o conJ{ecimento da verdade revelada di– rectamente pelo Pae, no coração do in– dividuo; é a unica chave possível do reino de Deus, de que todos somos mem– bros de solidariedade legal. O espiritismo nJo é uma relig ião com sacerdotes e Jithurgia ; é, porém. exu– berante do espírito relig ioso.. A ausencia do templo, na c1dnde aper– feiçoada, sig nifi ca q1rn a vida se lrans– formará n'um templo, e qu e todas as suas manifestações se rão outros tantos actos de culto, livre, entre indi viduos . Ameri ca é a rena que Deus proveu para a livre e pl ena representação d'este principio , e é d'aqui que ell o tem de irradiar até Cobrir toda a lerra. E' o reinado da lei mora l; nos res– plandecentes céu , a lu z e g loria da verdade triumphante na alma humana , nas all elui as do gozo das mult idões ves– tida e reves tida na ordem espiri Lua!, sob a dependencia de Deus . Cultura, re li gião, mora lidade, tudo se reunirá no tem pl o do coração, com o ma ll ogro das cerimoni as es peculativa::;. Com relig ião lucrativa, não é passi– vei ao homem acha r Deus. O que nós desejamos é qu e o mun do veja que o Novo Testamento consti lue a pa lavra evangeli ca de Jesus, sem o va li mento da tú ra religiosa. A immacul ada human idade de Deus, reílecle a gloria da soberana santidade e do soberano amor, tomando a inicia-

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