Alma e Coração 1930 - Anno 12 - Fasc. 12 - Abril

Assiguatura annual 10$000 Orgam de propaganda espirita Circulação mensal • A·l· í _____ a_ é Ooração_ ALMA, principio immortal que se eleva até Deus e cuja elevação deve ser a nossa unica preocupação. "Doutrina de reincarnação atravéz da historia antiga, moderna e contemporanea Cmtinuação Opinião dos sabios Schlegel nascido em 1767: «A natureza não é outra cousa senão a escola da resurreição, na qual de grão em grão nos conduz ao alto -ou melhor- que remonta do abysmo da morte ao cimo da vida ». * *. Luiz Figuier nascido em 1819: « A nossa existencia actual não é senão o seguimento de uma outra >. * :t- • São por demais 'conhecidas as opiniões sobre a reincarnação dos nossos sabios contemporaneos: Fla– marion, Gabriel Delanne, Leon De– n is, Pauto Gibier, Everton Quadros, Pinheiro Guedes, Bezerra de Mene, ses e outros. Allan Kardec, o codificador da doutrina dos espíritos, firmou o ac– certo: «Nascer, viver, morrer, re– nascer ainda e progredir sempre tal é a lei> . , Contestam os nossos contradicto– res, por r.ão nos lembrarmos da vida anterior. Não _comprehendem que isso é o cumpnmento de uma lei divina. O esquecimento do passado nem por ser uma provação é mais ain– d a , para as almas retardadas, uma necessidade como elemento de pro– g r esso espiritual. P ermitte ás almas que n'uma en– carn ação se comba teram,se od iar am, v iveram em r ixas, poderem em outra v ida se approximar, habi– t arem o mesmo tecto , n ' um traba– lho de reconcili ação, de paz, e de progrnsso p ara a v id a espiritu al. . Difficil seria v iverem jun ta s, par – til har do mesmo ca ri nho do lar, r e– solver juntas o problema da vida na terra, se as recordações do pa&• sado avivassem odios ou malque– renças, combates por vezes sangren– tos a alimentarem vinganças. ANNO XIl 0 - NUM. 0 12 Pará-Belem - ABRIL de 1930 Director espiritual-ALYARO (Espirilo) Recordação do passado Entretanto,as recordações dopas– sado estão latentes, vividas nas pro– fundezas do sêr, bastando apenas passarmos do estado normal para o supra-normal, ficarmos immersos na hypinose, para recobrarmos a memoria integral dos factos passa– dos nas vidas anteriores . TRAJECTOTORIA ESPIRITUAL - Formoso soneto, transcripto da «Luz e Caridade». BRAGA-PORTUGAL Doucle viemos ?- no além, 11a cele.!le hannonia de 11m fluido 11irgi11a/ que em tudo anda disperso, íJUe no vento solura, e nos ares radia. que voe da rocha d flor , de umn se1nentt a um verso. Que somos?- Divinaes swntellias de a/mo gui:1, particulas de um raio em vibrações inunerso, nebulosa a crescer para tornar-se um dia vtrdadtiros fanais de gloria do Vuiverso. Onde estamos ?-- Num chdos de trevas e esplendores num planeta inferior dejubilos e dores, em bu.~ca de progresso ou /112 espir.t11al. Para onde vamos 7-Para o alem, para a ventura, para esse eterno Ideal de nmor que nos ,Jepura que 110s con<lu: d Deus, á perfei,,io final, CLARA SANTOS O estado somnambulico traz á consiencia do paciente os factos mais remotos, o passado longinquo, com– pletamente ignorado no estado de vigilia. O que :parecia morto revive na consciencia supra normal como um panorama que desfila em successão doR factos. Ernesto Volpi, no seu discurso pronunciado no Congresso das sci– encias p sychicas de Chicago, disse : «Devido a factos magneticos e es– píritas, ligados a outras circum– stancias da minha vida, é que che– guei á inabalavel convieção de que conheci minh a esposa actual em ou– tras exi stencias terrestres e de que, por affeição, com ella me teria ca– sado em toda s essas existencias. Ha pessoas, entretanto, que n a vi d a d e vi gil ia, d er am tes temunho de recordações das sua s existencias an teriores . P itagoras, philosopho grego, nas– cido em 608 an tes d e Christo, se r e– cordava de tres existencias passa- CORAÇÃO, parte material do cor– po no qual collocamos a séde do amor e do seffrimento, caminhos maximos para a elevação da alma. Alfredo Sandoval (Esp.). das : chamara-se Hermotino, Eu– pborbio e fôra um dos Argon \ utas. Juliano, o imperador romano co– gnominado o apostata, nascido em 331 depois de Christo, recordava-se de ter sido Alexandre da Macedonia. Ouçamos Lamartine na sua Via– geni ao 01·iente : «Eu não possuía na Judéa nem Bíblia, nem roteiro á mão, nino-uem para me dizer o nome dos Jogares e o nome antigo dos valles e mon– tanhas . Entretanto, reconheci im– mediatarnente o valle de Therebin– thio e o campo de batalha de Saul. Quando fomos ao convento, os pa– dres me confirmaram a exactidão das minhas previsões; os meus com– panheiros não podiam crêr. Assim tambem em Sephora, eu havia apon– tado com o dedo e designado pelo nome uma collina dominada por um castello, em ruínas, como sendo 0 Jogar provavel do nascimento da Virgem. No dia se inte ao pé de uma arida montanha reconheci o tumulo dos Macchabêus e o affir– mava sem saber. Excepção feita dos valles do Líbano, etc ., quasi que não encontrei na Judéa nm logar ou uma cousa que não fosse para mim, como que itrna recorda~ão . Ter e– mos, pois, vivido duas vezes, ou mil vezes'? Não é a nossa memoria mais do que uma imagem desbotada que o sopro de Deus faz reviver'? ». E' o seguinte, um facto Ba r rado por Delanne, e que vem á propo– sito: «Em um artigo biographico sobre Méry, publicado quando ainda vivo no jornal «Littiraire , de 25 de se: tembro de 1864 o auctor affirma. sem que_tenha sido contestado quà esse_ ~sC~' IJ?tOr acreditava firmemente ter Ja v1v1do muitas vezes; que ell e se recordava das menores circuru– stan?ias de suas preced entes exis– tencias, e que as p ormenori sa va com uma fo_r ça d e certez a que imp unha á convicção . Assim di zia o b ioora– p ho, elle affirmava ter feito a g u~rra d as Galli as e hav er combatido na Germania com Germa nicus. Reco– nheceu , dessa, vez, sí tios em q ue n 'outr o tempo pelejá r a. Um dia em sua v ida actual acha~

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