Alma e Coração 1930 - Anno 12 - Fasc. 11 - Março

ALMA E CORAÇAO ---------- alqueire de farinha; e Antonio Rodrigues, 1/2 alqueire de farinha; dra. Antonina Pra– do, uma caixa de sabão, e Elmira Lima, 10 kilos de assucar. Secção de musica e canto Regulamento Interno da ~ecção_ ~e Mu– sica e Canto da Confederaçao Espmta« Ca– minheiros do Bem». Art. 1. 0 -A inscripção não tem numero li– mitado. Art. 2. 0 -As pessôas inscriptas tomarão o compromisso de assistir ás sessões solen– nes constantes dos Estatutos da Confedera– ção e tambem ás ordinarias effectuadas ás 8 horas da noite de todos os domingos e ás 8 horas da manhã do 2. 0 domingo de cada mez por occasião da distribuição de obulos aos ;pobres amparados pelos «Caminheiros do Bem». Art. 3. 0 -A's sessões solennes somente te– rão direito de prestar o seu concurso, as inscriptas que tiverem tido assiduidade nos ensaios que as precederem immediatamente. Art. 4. 0 -O comparecimento ás sessões or– dinarias será obrigatorio a um determinado numero de inscriptas, previamente agrupado pela presidente, sendo que ás comprometti– das para uma sessão é facultativo fazer par– te da sessão subsequente. Art. 5.o-A inscripta que faltar a 2 sessões consecutivas para as quaes estiver designa– da sem justificação dirigida á presidente, será eliminada da Secção de Musica e Canto. Art. 6. 0 -Nenhum numero de musica e c anto será:levado a effeito nas sessões so– lennes sem auctorização da presidente, a me– nos que seja desempenhado sob a responsa– bilidade individual de quem o executar. Belem, 15 de março de 1930.-A presiden– te, Vidinha Ponte e Souza. Approvado.-ARCHIMIMO LIMA, presiden– te geral. 1 BibHotbe0a Espir~ta Alllm iardem MIIIIH/llnlM!IUIIIJl!!!llil!l:lnm.:lllll!Ulll '1ll!iilllllf'J!llllltllltllltlll!IIIIIUJIIIUlll1Uttlllffl'!lllllllllllll!!Wlllllt[D,ll'llllll'lll!lltlt:l!I ~~ Em Santa Clara, Cuba, abriu-se á visitação publica uma Bibliotheca Es– pirita, sob a égide do nome de \l: Allan Kardeo. Revestiu-se de brilho festivo o acto de inauguração, f aliando, inspirada– mente, o joven poeta cubano, Miguel Jimenez, elevando um canto de glo• ri a e de louvor aos vultos dos gran– des propagandistas do seu paiz-Luz < :aballéro, Marti e a Kardec. Falaram outros ainda , debaixo do enthusias– mo e alegria presentes. Parabens á Santa Clara pe o seu excellente melhoramento , e cumpri – mentos aos esforçados fundadores de tão util iniciativa. Federação Espirita Portugueza Cumprimentamos, cordeai e frater– namente á esforçada « Federação Por– tugueza,, , pelos seus novos Corpos gerentes para o triennio de 1930 a 1~32 eleitos, por accl amação, na As– sembléa Geral realizada em 14 de dezembro de 1929. Que a luz suprema do Amor do Pae Celestial os conduza, illumine e felicite, enchendo-lhes o caminho de odorantes flôres, são os votos do AL– MA E CORAÇÃO. AOBRA DA EYOLU~ÃO ~-----~-- AS MISS6ES O homem e a mulher - Tiia t1b1·a m ais bella és lit mesmo. . L EO DENIS . Difficilimo se nos apresenta resumir num artigo o plano g randioso, vastiss imo, das missões multiplas e variadas que se podem cumprir na terra. Alem do que, é mistér mais simpleza de linguagem do que aquel– la da qual se se rviu o auctor da legenda, nos seus admiraveis trabalhos litteral'io– espiritas, para que este humilimo aTti go fique ao alcance de todos os espiritos, afim de alcançar a JJOl'ta de muitos corações. Não podemos, a não ser de relance, e apenas como padrão de comparações, nos occupar dos Missionarios que sahiram da craveira commum, pois que esse~ vultos superiores, crescem e se impõem pelo ge– nero de tarefa que escolheram a bem da humanidade, na medida da excelcit.ude da sua obra, atravessando a camada poeirenta do tempo, es padanando luz sobre o mundo , que é forçado a admiral-os, quando não tenha forças para seguir-lhes os exem– plos. Descemos, pois, deisas alturas, pP.rma– necendo no ambiente das missões com– muns. Vidas obscuras que a historia não registra, nomes apagados no carnet do mundo, cuja acção se desdobrou na fami– lia, se reflectindo numa sociedade res– tricta. O homem e a mulher quo tomam a res– ponsabilidade de vivei· juntos, constituindo o lal', teem deveres inherentes a esse en– cargo moral-social, o que eleva acima do nivel commum áquelle que melhor os tiver desempenha.do . Logo abaixo dos anjos mis_sionnrios, são collocadas as mi ssões do lar. Bom ou mal cumpril-as, é que se torna ca obra de cada um>. Ha o dever e ha o sa crificio . O dever é o cumprimento dos actos que nos com– petem. E' a obri gação; como seja , rio pla– no a-e ra!, o homem prover as despezas da n . . . famili a, que voluntunamente const1tum, e a mulher superintender zelar e vi g iar para que os excessos de dispendio não one– rem o lar, tornando-se este uma cruz de peso exhaustante, acima da5 forças do chefe da familia. NestB especie de missões se cumprem e exercem peq ttenos actos, inapel'cebidos, por vezes, a quem se benefi cia; se execu– ta m e se praticam sacrificios contínuos, o que facul ta, para cada um, «a obra de si 1nesmo». A mulher que procura di rig ir o seu lar sob a orientação da prudencia, da ordem, da economia, do asseio e do trnbalho equi– tativamente distribuído e pago com j ustiça e generosidade, terá cumprido o seu deve r de companheira, dona de casa o esposa amiga, nas funcções que lhe competem. A mulher que trabalha e au fore recur– sos para ajudar o casal, e junta a isso o 5 cumprimento da sua m1ssao de economa e mãe de famili a , excede, pelo sacrificio, á. craveira commum das mulheres que assim não procedem, e torna-se superior ao com– panheiro a quem auxilia, muito principal– mente se elle dispender por fóra o que poderia trazer mais conforto e alegria ao lar. Se ainda por cima, o homem que tem no seu lar desses anjos de sacrificio, fôr estupido, atrabiliario, grosseiro, e intem– pestivo, torturando a alma da mulher que o ajuda, elle descerá tanto, no nível da justiça do espaço, quanto se elevará a mu– lher que se sacrificou. E se o trabalho da mulher é fóra de casa, se a heroina tem de ultrapassar o_ limite imposto ás funcções femininas, para. trazer á familia uma parte do conforto, ou o humilde pão que este dispende, esta mu– lher só deveria iuspirar e receber o culto respeitoso e admirativo dos extranhos que sabem do seu devotamento nobre, do seu, extremo sacrificio, exposta á maldade dos murmurios dos malevolentes e á agg ressão indesculpavel dos seductores. Eil-a, a mulher hodierna, - e quantas que se mantem o mais digno possivel sob a. saraivada do ridiculo, dos commentarios, e dos apresentamentos masculinos, muita ve:z.· sob a pressão do mesmo homem, pae .ou marido, a quem traz o sagrado auxilio do seu_ traba-lho, - estendendo a pequena mão delicada, feita para abençoar e acariciar, tremula e assustadiça, a receber o salario (inferior ao de seu collega, por que é ho– mem) e vendo, nos olhoi que lhe pagam, as phosphorencias tenebrosas dos lôbos rapa- ces . . • Pobre mulher, ultrajada , vilipendiada no • passado, sem as compensações justas igua– litarias, ordenadas por Deus, quando diz, pela lei da moral divina, ex:tractificada no Livro dos Espiritos :-c.r A emancipação da, 'Yl_iulh er acompanha o prog,•esso da ci-ui– lisação; a sua escravidão marcha a par da ba1·~a1·ia,, . Pg . 326, n. 822 . Por isso, talvez, muitos, a seu favor proprio, por egoismo e estreiteza de vis– tas não podem supportar a luz do E van– gelho . Céga-os i_1s ful gurações fo rmosas da lei · - - do Deus, faz endo-lhes doe i· a ca taracta. secular do egoismo , anti thcse da Caridade Mais atra z um pouco, no mesmo livro ~ sob o mes:110 n~mero, _ainda este pedaci– nho que nao deixa duvidas sobro a inteira igualdade dos sexos : «A lei humana: para ser equitativa, deve consagrai· a igualdade dos dfreitos e1i l!'e o hom~m e a mulher; todo p1·ivi– legw concedido a um ou a outro é con– trario á j u stiça». E remata as im o lumi noso período onde se euce rra toda a lei, no caso que trata– mos: « Dtt 1·esto, os sexos só e:'C;iste-m pela 01·– g?-nisação physica, e visto que os cspi– ntos podem tom,ar um ou outl'O, não ha, differen.ça entre elles sob este ponto; po,,– consequencia, devem go zar dos 1nesmos dii-eitos -.. Pobre mu lher, a sem alma (!'?) das ge– rações passadas ! Salvó II nobre mulher de hoje, exalçada pelo merecimento proprio, fazendo <a afü·a.

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