Alma e Coração 1930 - Anno 12° - Fasc. 10° - Fevereiro
ALMA E CORAÇAO ---------- O CORPO DE JESUS Quem a mim vê, vê aquelle que me enviou-Jesus. O nas cimen to, a na tureza do co rpo, a resurre ição de J esus são fac tos ind iscuti– . ve is pela r e:ação qu e existe entr e e ll es, e qu e a ra zão n ii o poud e r epell ir. Não s e pe rde o va lo r bíblico por a nda r– ·mos taclea ndo ain da, no c re pusc ulo d a ma– nhã do e~ piri to. «Aq uelle qu e acceita r os eYa ngelhos é obri gado a ccei t:i.1-o todo»-S. P a ul o. Não é Jesu s carnal e tem poral esperado p elo povo judeu . Assim que d 'aq ui po r deante a ninguem conhecemos segu ndo a carne, lodos a go ra segun do a ca r ne nã,) co nhecemos-Ep . Co th. V[-VU Se vós a mim me conh ece is tambem co– nhece r e is a me u pae, e desd e já ago ra o conh ecei s e tendes Yis to- S. João XIV. Porém isto d igo irmãos quP. a ca rn e e o s a ngu e nao pod e rão herdar o rei no de Deus, nem a co rr up çã o h e rda a incorru pção, vêdes aq ui, vos d i150 um mys teno-Esp . Co th .-XV . g resso, de ve esta r prov ido de co ragem, de vontade fir me, de consta ncia para e nfren– tar a bana lidade, o melindre , o conveu • cionismo, a vaidnde e o ,,d io que se np re– s entam de mil ma neirns a provar-lhe a pa– cien cia da fé . Se o homem a vança sem olha r para os lados ou para a r ectao- ua rd a, se tem us ou– vi dos fech ados aos maldiz n tes, vence rá conquista ndo ded icações, ternuras , pelas a mizades des interessadas e a massa dos contradictores e dos me drosos ir:i recua ndo, 1rnrn rug il' clistante espreita ndo u ma fra – queza . Estás propnrado para a lut11? Sentes-te for te pani o sacr ificio do seu ocego? Desistes da pa z se rena ci o ton lnr para to ded icares á feli cidad e gera l das gentes? En tào, preparn- te para o nrnrtyrio, faz – te a migo da do r; e xpõe-te ás mord e~uras <las se rpe ntes qu0 agazal ha res no seio e • i d,~s pe r tares o r i. o dos que te não com_– }Jl'ehendem ni"LO te-u haes no c01 ação quei– mado ao fo o-o le nto elas ing ratidões dos Zoilos, um u~1ico se n time nto de re vol ta . Se n il o c5 t{,s preparado pa ra a luta, 1.'ecua em te inJJ º· R efl e te . Pensa . T e rás de te haver com as g·rn lh as e as coruja~, até sereF purifi ca•• -<lo pe lo soffrimen to. En tfio , te t1,rnnrás j usto e bem e te rás torças pa ra p rd oar r econhece ndo que mnus si10 mais desgra çndos do qu e maus, 1 por vive rem , ninda, na ceo-ueira ria te rra , : a fn ds g ad, s pe la tortura do ego ísmo. . Refl ct,1. A tua re,sg na ,ão e a tua pie– dade , pelas faltas, alheias te farão desfe rir 0 vôo , para fe licidade que se en contra pe r– feitn sume n te na vid1t do ,\l ém, pela r e– c ordações das acções ~:ene rosns e pe lo des– J)re r.o do- m:uty rios po-sado na terra. Se tens fé cain inha. Se 11i\o tens fé, deixa-te fi car, ainda n o ,,.oi:;mo do teu isola1ne nto. bSou todo teu.-Archirnimo Lima F ica ple n amente d emons trado q ue se fo sse um co rpo carnal nã o haveri a o ph e– n ome no un ico da vid a cosmica , a Res ur – r eiçã o de Jes us . Se quem vê o filh o vê De us; não se l he ti ra a p erfeição infi n itamen te ma ior; a es– sencia d o cor po m os tro u a o mundo a ima– gem do De us «Desconhecido , . A r egr a que d'a hi res u lta é q ue é mis te r gua r da r - se da preci p itação nos juízos. O espírito é uma cs pecie d e corpo , De us é a subs ta ncia do co r po . Ora, não é d iíiic il vêr como d evia affec ta r a c r es ce nte te nde n– cia pa ra ve rem cm Jes us um sêr na tu rã l, materi a l e g rosse iro. Na fi gura d e seu corpo, temos a n o tav e l p rova d as materilis açõ es, é s ua a ma is per– rei ta difi nição e e xem pio . E s e lhe accres– ce ntai· º"' a ltributos divinos op postos á ma– teria- Immeas id ade , - lmmuta b ilidade, - Inta ngibilidad e, temos que acce itar a r eal t ra nsfi guração, pois que todo s os ma is at– trib utos s e li gam, com o espirito co nsag ra– do a h ab itnr ne lle o «Creado r» ,-a virtude d e Deus, e elle ser um se u o Pae . A unid ade de cada o rg a nis mo veio no m u ndo vege ta l, de ca da p lanta ou de cada fl o r, é o r es u ltad o da coop er ação do s ele – m e n tos da a tmos ph e ra. do s olo e da l uz conj ungados co m a acção do p rin cipi o d e– vida que ne lle r es id e. Es te princ ipi o r e– j eita todos os elementos extra nhos e assi– mila tu do que é necessario que a lei d o c resc ime nto impõe à va ri edad e. Es ta opinião d e ve r econh ecer, com o igua lmen te leg itima , a esse ncia do corpo de Je us pertencen te a nm a natureza d i– ve rsa a c uj as le is lh e fi cou s u 0 e ito. Nenhuma crea tura co n hece ve rd-adeira– m ente e com ce rteza a p rop ria essenci a. Quem és tu ? Quem so u e u ? p er ,,.unta mai s g rave que um homem p oud e diri g ir a ou trn h omem, m ys tc r io, a té o dia do s egu nrlo nasci me nto, até a l uz p le na da resurrcição. Vã e loqu enc ia, po is, entre a s ab edori a d ivina e os h om rns . Jesu s tin ha o p od e r d e le r nas alm as os segredos d esco nh eci dos d 'cll es mesmos . Ell e e ra o uníco a co nhecer com uma cer teza i nd ep e nde nte d e p rov as, a s ua na tu– reza so bre as irred utive i& llos tes da na– tur eza. Elle d ecla rou positiv am e nte q ue tinh a «Vindo » ao Mu nd o e que lrnv ia de rrlr» p ara o Pae . Asseve rava q ue havia d e «As – s um il-a» novamente. Esses testemunh os s ão bastantes p ara desfaze r toda a duvid a sob re a ma te ri ali – d ade d e Chri sto . Que h omem carn a l res is tcl'i a ao beij o de Jud::is, á fuga d os d iscipulos, :'t co r Ja nos pulsos, as ameaças dDs j uízes, ús troças c ru e is d os g ua r das, aos u ltrages dos leg,o– na ri os á caminhad a do Golgo tlia, e n tre açoites e insultos dos Roma nos? Que co rpo h;uma n<_J ~? de ria b ro ta ~· es_sa ma rav ilha de 111sens1b11iclad e e pac1enc1a, verdad e irame nte evangelica! Eis toda a s ub li me ve rd ad e crucifica da n' um corpo Di v in o. 0 5 p roprios a postolos nã o espe ravam a res urreiçã o, o que ao con tra rio c us L:wam a tn itil o. Continua vam a du vfda r , me s mo cm pre • s e n a do resusci tad o, ta n to nã o es pe rava m vel-o vi vo, q ue o prime iro cff ilo d e s na a p par içào fui de te rror; p or c re l•o um h o– m em igua l a Elles , o t omam po r outro q ua ndo veem . Magd a lena julga-o j a r d ineiro; Clap has e s e n companheiro n ii o o r econh ecem na es trad a, Simão e os outro;;, qunnd-0 o vi – ram a mnrgem do lado , não :i bi á ru qu e era. J o u . T e 111-sc a: i:.ai pre sã.o , lc nd u o E va ngelho , q ue -0s Apostolos longe de i nv nta rem sua volta, a aceeitaram, con trnngidos p o r 5 Dr. Morison Faria Subiu para a v ida do além o nosso querido confrade dr. Morison Faria . Espírito illustrado, um dos melho– res mestres na sciencia do direito, era tambem alma bôa e honesta, feita de carinhos para a sua famili a e de affectos para os seus amigos. O Espiritismo, em terras paraen– ses, muito deve ao dr. Morison Fa– ri a. Se alguma vez deixou-se arras tar por opini ões de amigos, fo i sempre con fi ado em acertar, pois sua alm1 leal e franca estava aberta a todas as causas que julgava bôa e prompta a todas as luctas em campo desco_– berto , para defeza da doutrina espi- rita que abraçara. . Com as nossas saudades , desej a– mos, sua alma illumi'nada, possa go• zar, na vida inter -planetari a a alegria que experimentam os que muito tra– balharam , para a feli ci dade dos outros. A Confederação Espirita Caminhei– ros do Bem se fez represen tar, no . enterro, pelo dr. Archimimo Lima, presidente geral e no cemiterio fa lou a nossa redactora Elmira Lima. um a triumplla nte evi d encia , e apó mu ita e ra hesitaçõ es . Qua ndo s e p e r suad iram d a r es urrei çii o e vo lta de Jesus, de tal modo ro bus teceu– se e firmou -se a s u a cre nça, q u e da seme n– teira d'este p rimeiro leste~u nho fo r<r_ado, s urgiu u rna meza de res usc1tad os. na li é . Assim, viram Jesus pregar e1~1 fo r ma hu– ma na como d'a ntes aos capl1vos; co meu com e ll es, pe rn'l itou, e v is itou s esse n ta es– tad ios em J eru sa lem; e tod os o co nhece– r am nos s ignacs ev id e ntes , dos esp i nhos da fepida ca usada pe la la nça no peit o e a m a rca roxead a dos c r av os . Jes us ultra p assa no seu r es ple nd o r, os limi tes do co r po huma no; b r ilhando só– me nte p ela r efl€.xão in te ri o r . O se u r os to mostra a co r habitual; o seu pode s· é como d'a ntes, o traj e o mesmo; e pe reg ri na, po– br e, e ntre os companh eiros , ma ra vilha do s . « Vêde minhas mãos e meus pés, que sou o mesmo. Apalpae-me e vede que o espirito não tem carne nem osso, como vêdes que eu tenho.» JE·us «Entfo lhe deram part d'u,n p eixe e um favo de m el que Elle lo111o u e come u. >, S. Lucas XXlV-36 . Como é possivel a vida volt a r p ara a cs rn e do nde fóra a rranca d a? Aqui , morrem tod ns a ('Once p ~·õ.:s qu e fo rm avam o trama d e ~L' ll ,·sp ir ito lrrin si– ta ndo do futuro lo nginqu o pa r a o presen te immedi a to . Desco b r e-se agora , g rn ç:is ú s ubi ta ap – proximaçà o de d uas on• e n;; d e fac tos dcs.. e nvol vend o-se e m do is pl a nos diffe rc n le ·• a vida p resente fini ta e a dctu e te rna 111 - fi ni ta. Ass im, um g rand e nume rn d e phc– n ome nos nos escapa, c uj o , 1c11 1ent~s p r:– ma rios s ão a i nd a d ,•s(·onllccidos , cuJas le15 est~o ainda po r achn r. . Em loda intensa uniã o c.;1J lll .los .\ sc11 pa , ad (! pti vo , n iio ha da p ·1 rt c d ,_i me,.,: no , () ma1~ p e queno movi nw n lo nu. u u pu ls nl) senhdo de i ntervi r vol un la n ame nte, tH\ escolha d o filh o-pdr o u nã o consi de rai." se u.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0