Alma e Coração 1930 - Anno 12° - Fasc. 10° - Fevereiro
4 ob ra é Llt toJos; nos se us Estatutos não li a fron tt i ras á Fé. Todos os cr ntes da qt1alquer credo t" ntre os . «Cam inheiros do Bem» terão o seu lagar. De prog rrm rna largo, a ConfeJeraçãu abraca a todas as almas bôas, a toJos os ..:Ôrações ge nerosos gu e dão uma par– tícula do se u affec to e uma porção <lo s, u appeio ás crea ncin has pobrfs e aos desval idos da fa rtu ra qué alli vão busca r instruc~ão, car inho e confort o. fa •á orçJtlo pela importante firma cons tructora Freitas Dias (J . S. <l e Fr i– ias & C. •) , em 90 :55 7$500 (noventa co ntos qu in hentos e ci ll w nta e se te mil e quin hrntos réis), a con strucção <lo edifil.'.io dos «Camin heiros , . Não nos ca use espa r1to a rn ltosa qu antia. Em qu atro annos ce t xi stenc ia, os «Cam inh eiros dn Bc: 111J1 já entraram nc wração l!o po\·o. Todos á po1fia lhes têm <l u111a praça, a fogueira rcdemp tora que lh e iria al1ri r a p<,rta dn cé n . \ ' iu o;; tições a cL:n,os q ue fon11av ,i111 ln – harnda ,; v iu as d1arnmas se a ltf' arrm f1 L– riosas na deva ·ta,[10 dos iu ccmd ios. E ouvia o so litçar da rnul tidiio dos im– pl ~ · e do, bon,; ~1uc se P L:oi1dia horro ri– sada e t mero,a da i11g-ratid:i.o do mu ndo . E se v111, t· ll 111c,1110. a111anndo á to r– tura do fogo , como nm criminoso. E como e a uito sin t" a dor, pe rg nnrnva de s1 pa ni cum,,igo? Como re· po; ta do in vi ;; in•I, viu, nmorto– cendo o f urn r das cham;:i:l~, i11te rpo ~to en– t re o sen cc,rpo e a cr ueldnclc ve rme!ba e fum are nta da fogueira nrna camada de tin i– do, 11 iv cos e lumi11 os11s, que quns i o c u– co hr iam, como a 11 c,·oa protc ctorn ciuma 11 cb linn eelcstc a r1,c iar a d1•lic.1ela ,H.;uce – na quci 111ada pe la ba r ba ridad e dP k nli ado r brutal , Era bem oll ,· que ia morrer 11 a fog·ue ira . Viu o seu rosto pall ido e de fa lleciclo qnc o fogo co111n.çava n lamber cm li11 g·u1t– r:i d,1. n • bras. Uma crcpitn çi'Lo esta 10 11 a ma– de ira rr ; i11 0:5a; era a h ora- U m g nto es – t ridl·nte part iu do JJJ ito tl o m11 r ibundo. -Deus! leva - me cumtig1> ! E comi\ a essa invo cação ·u prema o fo– go se torn " u mai a lto e mnis de nsa a fu . m.Had :t e~cu r,t, c11 rno a encobr ir dos olh os do mundo o r pirito liberto do l\lis ionar io dtl f,'1>.,. Viu a su 'a lma fv1·a do corpo , le11 clo na turb,l .fo se u, pereguitlores o desejo de lh e ap.igar r, 111rmoria , Viu em espirit.. , co.no um J es us so •rifi– cado, quae · . ~ram de ntro da sua }'l'tpria jo-rej a. os rn11111g-r,s que o entrno•111·ron á· charn mns, p••r nã(l podrre1n sup rtfü• tL Ju z ria sua palavra, ab rnz:ida uo fr,go di– viu n que cen:mr.wa, ex!i , rta va e br1d,\vn, n moi te cio peccado e u _n•gcnc r,1çftu µ lo urrepe 11 climcnto e uma vida rnr~. . A rnnltidii.o qtte o cerc_ava 11110 o pudrn, ll11ll' ver; pa ra essn, fi cav~m ap~n as o. cal'VÕ 5 abraza.ltis nos ult11no toros de Icn ha rcs i11 11sa. Elle, po rém, via.-se na irrarl ín~ii.o do~ n uido$ p rotcctores, q Lle aug1ucn tavan1 de ALMA E CORAÇAO Carta A berta u 11111,w1uu, uu11M.•1"•• •1JI 111 •.1.m,uu1m111111■1on1a1110 i\fou ca ro . . . R e cebi tua ca rta. L i toda ella com o inte resse quu me desperta todo o que vem de ti. Cc>n h ec;o a tua alma, le io no teu co ra – ção como no liv ro a berto . Que res trnba– lhnr, que res espa lh ar pt- los q ue te ce rcam n1n pou co de a ffecto el e qnc es tá ch e ia a tua a lma boa . Mns... desejarias e ncon trnr c m vol ta de ti um campo de paz, a qncc ido pe lo so l ,lo amor, regado pelo r(lcio do affcct-o, beija- trazido o seu appl auso, desde o si mp les opl·rario e a mu lher <lo povo até os de– tentores do poJ er e a imprens,1, qu e em1 •rc fo i a portageiras das causas 11 0 - 61 es e san tas . Ricos e pobres nos virão trazer o seu au xilio generoso á construcçf, o do edi6 cio i11 te nsid.ade, formnnclo sobre a sua cabeça a a un;;11 ln rc,plandecc u te dn , san tos. A . n \ li – ma libertada cio cyclo iu ferior das e ncar- 11 11 çõ es tf·r re nns , subia acima el o lodo in– m11 11do d11s paixões huma nas , a g·oza r, e n – tre o~ eleit,1, , as delici a s do R ei no Prome– t ido por J esns . F, i p;sa vi iiu du fnturo,-foi es a re – cr 10p1•11 a fi nal e11 t re os justos , c u rva ndo uma \'i da de re nun cias cvm n mn r te 11 11, fo. gue irn, o q u:i rlro vivo quo lho 1111,strara m, e nco r j andu-n a v ir conquista r o troph eu g lnrinso, na existe11cia de \ fiss iona rio da Fé. FIM NOTA :- Esse esp íri to a travessou existen– cias e exis tt! nc ias d e dô r e d e q uedas: Foi re i; fu i mages lad e e n tre mages ta des de J?O· d e ri o , o rg ulh o de grn ndczus; a os e lag1os i11lcrlll ed ia r ios d as e ncarn ações, era le va– do na luz do s •u g uia ao e ludo d e s i mes– mo, e uccenado a a vanca:·, sempre p e la re– nun c ia, em bc n ficio d o proxi mo . No Ps la do de e rru licid ad e, em pri nc ipio ca h iu e fall iu m u ito, pe rseg uin do oss us inim igos. Dahi a nPccs. id ade imp ri 0s a de cami - nh:ir d ireito, em ex istc n t:ia.; masculi nas, onue c ulti vasse a inLelli gcncia, mas onde, se sa c rificand o, domass e as s ua, pa ixões, pura consf'gui_r alc~nça r a ~raç_a da e nca r– naçã o d e Miss1o nrmo d a Fc, a l1111 d e pode r no encam inbame n to das 111u lt idões, pe la su a p a larra Evange li ca, co nduzi r ao .be m ao que se des viaram para o ma l, e paga r e m prntec~·ào e p ritua l e perdões de Amor supremo e d ivi no, a d irida cont rah idas oulr'o ra. Ao pl'incipio ci o seu evol uir esp i ritual as e nc at·narõcs fC':11ini nns se a ltrrnav,1111 á nia scu lin as. O se u pro lc.-tor,· p orem . conhec ndo-lhe o d es tino, e a 111i:;sf10 fin a l q ne lh e se r ia outhorg,,úa ·uro«nclo a obra <lo seu r "sga– le, n este planta, via como lhe haviai 11 d e se r di ffi ce is, ·iuão i mpo~s iv e is as e ncarna– ções C' m corpo femininos, em que llic fo sse tolhida a liberdade ue acção. Sab,rnllo co1no a mulher e ra 'o nside rada u m sêr in fe rior, sem direitos a illustrnr o espi rilo, mos Lravn-lhe os ai ysrnu dns que – das a qae seria forçadu se viesse no spxo l'elllinino, por te r d se VPr, ignorante, na dependencia forçada e bruLal cio home m. do pelas brizas man;as que passam cantan– do pela tua fr(l n t illumina da ! Isso nã o póde se r!. . . Se queres t rnbnlh a r , se que res levar aos outros as nlcg-ri11 , as illuminá ras e as es.:.. pe ranç:i5 qu e e nchem a tua a lma, prepara – te parn o soffrimfln to . Conheces, po r ventura, alg uem na h is– toria das g-ei-açô<) que se ar vorasse a es – pa lhar u ma id.e ia no va, uma co nqui sta da sciencia que não tivesse por premio o in– sul to, a zo111 bnr in, a calumn ia? E 's então um eng·e nuo. .. . Dei:f!o ri11c1 o h o111em excede a crave ira no rma l da Li uma 11a vulga ri dade, provide n– cia ndo l arn as l:trgas nva uçad as do pro- social dos Cami nh ~iros do Bem» torna n– :lo -o o reJ ucro <l e consobção e de espe• rancas . Ó terreno já foi adgu iriJo e neste anno ainda, passada a qu adra inve rnosa, e re– u nidas as primeiras offe rtas, se dará começo á cons trucção. 1 aquelle tem pos d e b a rba ri a e d e a tra zo, nos r ec uad o le1 npos em qu e s e desen– ro lo u o p rog resso do es p iri Lo pro tooo n is ta des te r oma nc e, o j ug masculi no er~ oran– tle: rr ct uzia a mulhe r à si111p les maJh ina re productora , igua lhada aos a nimaes do- 111csticos, o u, o q u e é peio r, e~cravisaram– na d 'o ulra ma ne ira mais infame: obriga– ram · n 'a a s e r odalisca, i ndust ria d a ao n1ando do h omem, se u se nhor, seu impu· d ico deus tenes tre e seu impla cavel car- r as o . . s e nca rn açõe femini nas, p ois, lhe fo– ram dadas q uando ainda se n ão tinha fir– mado no pl a no invis ive l a s ua m i ão fi na l d e r esgr lc, neste pla ne ta. Serviram ellas pa ra qu, e ll e act q uirisse humildade, sof– freml ? 1._ .ta lme nte a do r d o aviltamento qu e t111ha cuusmlo aos o ut ros. . Ho n! ' 11J, e ll e po_d e ria illus lra r sua intel– J1gencia, _e com o l1nh_a _fo rças pa ra gove rnar a m~t..:ri a, progre d in a como os enuc hos d o ce u . , Govern:~nd o -se a . si mesmo , n in g uem na 1 ~1-ra te ria o d ~ rc1_lo de o desv ia r d o ca·– n11nh o re c to e direi to que lhe apon ta va 0 se n guia. Só nos te_m plos, se enfe ixava a sciencia naq ucll::i s e1)0C'a e e r ·• ll1e p t·e . ·' l • <,• CISO cam1- 11 iar, c ulto, hones to e ncoracado . . . d '1S ren · d .' . nas JUi as d' u ncias, e tend ido p e la modestia si~n bu i:~1 d e sacerJotc hun ilde, pa ra o :- esp111to chrga r ao ap ice da evolu- çao que lhe e ra dado co nquis tar ~nt!'º clle e o mundo eductor , o se u Gu ia lll terpoz a mu 1·al ha lum inosa d a p r o– m es -~ clo_s co nsagrados a De u ; e foi d es a maneira .iu::: ta e m ise rico r diosa que O x– p)1art1 ó d o Egypto, sob1·ccarregado d e d·i– v1clas, lendo u p ezar-lb c gerni;ões de od ios e_ de mal q ucren ças poude ir subindo, s u– b ,_n_do, c h orando e padecendo, amand o e p e1d o:1ndo, semeanuo a palavrn da Vida E te rn a, até as ex p lendidas moradas de \mor e P az, d e q ue no , fala o Evangelho. Es,-a obra: se chega i· a se imp ri mir em vol ume, tera o nome do - «A Reencarna– çtiO> (Como evoluem os esp il'itos). Qu e o nos ·o csfo r ,;o co1nmum, da Terra– e do espaço, do inv is ível e do mediurn, queira Deus p eri nellir eja util. • 1 AB C DE ZEV l-:00 (E~ p ?11 IW-EUJll\A LIMA
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