Alma e Coração 1930 - Anno 12° - Fasc. 10° - Fevereiro
r .• parte l) Abertura dos trabalhos pelo dr. Archimimo Lima, presidente geral da ConLderação. . li) A criadinha (ca nçonat<::), pela menina Fran– cisca S .lva . il i) A peqi.:ena ch ie (cançonate), pela -menina Cir, ne Corrêa . IV) A dor (pm:sia), pela mt:nin:a lris Araujo. V) A caridade (poesia), pela menina Dulce Pe1 eira . \' 1) Ser ch ristão (poesia), pela menina Jura~y Merd es. \ ' II) Supplica (poesi:1), pela menina Edm.:e C01 :t'.-a. 2.• pa, te 1) A morte nl'gra (mon ologo), pela men ina Fr:·ncisca Siiva. 11) l\b[,dak na (potcs1a), pela n1eB in:1 Cir,·ne Co,. 0a. lll) A lagrirna (poesia) pela men i11a Edmée Co11<':a. 1 V) Prece (poesia), pel:1 meni11 a Du lct: Corri'.:a. Y ) Dança no salão (cançoneta ), pela menina Fra:xis:a Silva. Vl) A orphã e a eugeitada (diJlogo), pelas 111e- 1,i11as J urctry Mendes e Edmêe Corrêa. VII) Discursos <l < agradecimento pelo dirccto r do Centro, sr. Antonio Medeiros. EUS pacs ex tremosos , foram dous es piri t, ,s ami grs, urrnn cados por cl– k s e a luh 117.ul- verd c- csmernldn. da nef!Tid {ta do pas~ado, o e volui- dos, ao se u exemplo, atrav rz ns etn pas tio seu caminhar. A pr..tccçilo da luz tla Edtrelh magicll, du11l ificnda., com as i rrad iac:;õcs rusea- dou– radt~ e azul saphirn do vnll-10 padre do E gyµ to, apontavam-lh e como num qua– drante matliematico a eulrninan ci,, do seu tireci11 io esp iri ~ual , demarcando - lhe o fim do sou prog resso 11 0 J>lan e ta, on tre os te r – ren • s, numa ul tima encarnação de Missio- 1rnrio da .l!'é. Le vado a a!turas immen surnve is dis– tan ~e:~ das miserias do mundo te rraqueo, o espmto ele E tie11nc foi conduzido a uma es~a 11c1a de paz, a u111 loga r bellissimo em cu 1.1 atmo~phern transpnre ntc me rg ulhava ven turo,n, na clclicia pura dPs seres fe lizr.s'. que têm 11. fronte nimbacla pela co rôa lumi– u osa e tr1_plece da Ca5tidacle, do Amor e do martyno. A deshrn1brn11 tc luz a:aml, vc rd c-csme– r~lda era secundada, ag·ora, pela irraclin– çao de outra luz, rosé,.1- nlar.:injada . _Seus amorosos protectures, elevados ir– maos super_101:es, que lhe se rviram do paes em recuad1 ss1mas encarnações e que ªl ós . l . ' , um no P J~aço_, a uz mais pura e que se eleva ra pr1me1ro_- sua ~file, e outrn, liga– do a elle por d1ve r os laços tl e parentes– co e de affccto, tem varias enea rno ço ~ o acomponhr,vam no extase de fe li cid ade , n nm dos oasis do céu- morada do se res fe lizes que 11e ennobrecernm na conqu ista da perfeiçfio . O enebriamento do esp iri to era indes– criptivel; tili, entre aq~elles amores pur os e bemdictos, numa faixa explendorosa de luz divina, magestosa e nltissima, clle teve a vi são do Paraizo ~os eleitos e a prnmes– s a da entrnda uo seio da b_emaventurança, após O cumprimento da m1ss~o do. Fé sn.– .,.rada e bemdicta, que elle ainda tmha de ;ealizar a bem da familia humana, que se- l'Ín a sua. . . E nesse ambiente dnlc1ss1mo, rodeado '1e seres amorosos em cujas frontes res- ALMA E CORAÇAO Foi uma bcll a noirnda, tendo agradad o a tod:1 a assistencia . Falo1,1 felicitando o Cemro, o presidente do Grupo Lealdade, sr. ........ .. ..... ........ .. . .... . «VIDA DOMESTJCA» Echos do 1' atal A cxplend ida revista, ill ustrada, «V ida Do – mestica», que se publica no Rio de Jauc:iro, traz as quatro photographias dos as pectos das festas natalinas de 1929, nos «Caminheiros do Bem», acompJnhando-as da gentil noticia : «Das festa s de caridade com que Belem com– memorou o Nata l, destacou-se a prornov ida pdos «Caminheiro , do Bem», sociedade bc11efice□te f6 rmada da él itc social p.1rarnsc. Das suas commemorações, uma de muito d s– t.1 que pelo co:iJu ncto, foi o «mi11gáu» p3ra as creanças pobres. Na Eu1 op:i e no sul di~tribuem a sopJ; 110 Pará, com accen tuado regio11:1lis1110, os crn1 i11gúus» que trazem uma verdadeira tra · dição dos seu~ costumes regionaes. O «ming::\ u» dos «Caminheiros do Bem» foi pois um :1contcci111 ento social de verdadei ro ~uc– cesso . FOLHETIM DO A L MA E COR A ÇÃO POR Nabuco de Azevedo ( ESPlf\lTO ) Narrativas do mundo invisivel Medium -- ELMIRA LIMA XXVIII plandccia a le i da fraternidarle já g ravada, na conqnl ·ta do .Amor po lo martyrio, ia perman ecer o espí rito de Etienno, até ser chegada a sua hora de vo ltl\l' á Te rra, a e ncarnar como mi ssio11a rio da Pé . As ma is nobres e le vadas li ções lhe oram facultadas pelo exemplo do habitantes desse planeta fe li7., e emquanto a sua al– mn. ali se retempern va e adqu iria forças p: i.ra a missüo 1ue o esperava, era- lhe mos trndo, em baixo, no pesado ambiento da Terra em mov imento atrnvcz o es paço, num quadro vivo que se amortecia e brilhava em côres fórtes e in confundíveis, o desen– rola r da encarna(,'ifo fu turn, que seria o rn– matc ás suas ex istoucias tonenas . E.ra- lho mostrado o lar onde ia nascer : Pacs de~c-onh ecidos aos qunes não se sen– tiria pre o, senão durnuto a iufancia e a primeira jn ve utude, pai:a não erabaraçar– Jb e na tarefa. As explendenciaJ do estudo o attrah i– riam desde o dealbar da vida. E só na rer,uncia de todos <1s g-07.0 do mundo, na pme7.a dos agrac iados de Deus, lho corre– ria t,1d:L essa encarnação. Mostravam-l he a casa pi,terna, fochadn, cm Iucto, e elle, so no mundo, enternan– do-se uuma casa relig-io ~-unico redueto , naquell as épocas, para o ser chamado por Deus, ás missões de rotamentu á. humani• dade pela F :, 3 Edificio dos ,,Caminheiros do Bem )) GranJc enthu iasmo reina entre os «Cami nheiros Jo Bem », para a constru– cção do sc: u eài fici o social. Se a verdad e é que todo3 os «Cami – nh -:! iros>i são pobres e com os seus pro– prios recu rsos diffic ilmente conseguiriam reali z.tr o seu lindo son ho de pos, uir u m pred io proprio, tambem está fóra <le du– viJa que todos ell es ~ão ricos de Fé e «a Fé tra nsporta montaohas>i na sublime phrase de J sus, o mestre incomparave l. Frrnci , co Jc: Assis, o patrono J s ccCa– min hc:iros>i era, tambem, pobre, porém ri co e muit0 rico Jc aLCo r µ los que sof– fri :tm e por isso mesmo entrou univer– ~almeute no coração de mil hõ es de cre – atur:ts qu e, hoj e, bemuizem o seu traba – lho abencoaJo. Os ccC~minheiros» ve ncerão porque a Envolvia-lhe o corpo j ovc n e bcll o a tumca do3 co u agrados , e na sn'alma tran – quill a e limpicla como a faco lisa dum l~g o f'or111<1so n se t1spe!l111 r a grandeza o o Amor de D,clU . Pa ra consolo n ustentnculo da su'alma e llc_via o~ seres_ d.', inv isivel, seusamigoi,, a voeJar, cm rnm1g1os scrc110 ·, aeompanhan – Llü-O em todo o pcrcurs J dessa oxistcncia até n prova final. E ell e so via nos templo:;, nn boll eza austern e mrtica do ,ncrifi cado , n voz poten te o abia a pregar o caminho do n;v,mgelho a ce11tc11:1s o cc nt •na elo creil– turns . V ia o rebanlio á sua g na rdn ir . ubi nclo a lade ira ing remo o L'strcita qao condu z a o seio de De us . Via a lcgiiin cios qao choravam , con- o• lados ao cn lnr d.:i SfüL palavra ard nto do missiona.rio. Via gr upCl' de p readoras ª . lnnu· em ]acrrimas as nodoas passadas, cle,;p111do 11.dor – no~ 0 vestindo nú~, para ont ra r no ra mi – nh o da sA lvaçt\o. Via o bnntlo I uco <l os man ce bo' tur– bulentos e vici,·sos, caminhar ao toqu e do seu chamado, para os emocionantes lances do arrependimento e da regeneração, ViiL o · velhos deselluclidos, num ol ha r su1 piice o timidos, lhe implorando bençam dos uJtimos dias. Via _as creancin li as-imagem syrnholica dos _auJo do Senhor, l he estendcnclo os bracmhos, corno a qu re r voar ao eu en– con tro. E 1111les e espo as, e virgens e 111ance – bos, p occadores e innocen '.es mendi o•os scul1ores, ricos e desgr,iça,!ns, 'todos 11; qu o escutavnm e lhe seo·uiam a- cxhorta– ções ·e irem transfor111~11'10 e sub indo na escada de J acob. E viu a guerr<L surJ a que lhe moveriam : A intrig·a, n pcdidia, a deshonestidade, o desamo r dos maus a tr,imarem n a e euritliw do odio a ponl!l do seu corpo peresivel, para. qt1e a victoria do . en espirito foss"' com– pleta. E v iu, depo is, :\. guiza do a.l tar, no meio
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