Alma e Coração 1930 - Anno 12° - Fasc. 9 - Janeiro
lauda Costa & C.ª Antonio Joa– quim Ribêiro, Marques Fernan– des, Alberto Medeiros Branco, Pire.s Gurrreiro, Affonso Fonseca· &O.a, J . C. Veiga & C.a, M. N. de Azevedo. E. Pinto Alves & C.a, Isaac Roffé, Chn ve de Ouro, Casa Coelho, Casa So'l, M. M. Alves, of– fertaram faz endas, meias, sapatos, brinquedos, doces, bonbons: Antonio Areas, Primavera, Sapataria Leite, Casa Corrêa, Casa Globo, Sabino Sil– va, Bazar Liqu idador, Restaurnção, Sapataria CatTapatoso, Casa Africana, Bom Marche, Casa Carvalhaes , Jorge Corrêa e Comp. A. Duarte e Comp . P adaria Central, Nova America, ~asa Rodri g ues, Leonor Pueyo Clov is Sil– va , Padaria União, Elmira Lima, - ( dezeseis vestidinhos), Deodato S il– va, 7 pares de sapatinhos, Maria Araujo l'1 vestidinhos duas touca~, 6 calcinhas e '13 brinquedos, .ôme – lia Motta, 12 vestidinh os, i\Janoel Corrêa, '10 cadernos de papel e ai -• gumas pennas. Uma amiga das cre – anças, 60 caderno,; pautados, 12 ca– netas, 6 lapis, ! ca ixa de pennas. Offertas em di n beiro - Marcos Ar– guelles-lista n. rn, 85$000; Lutfal– la Frayha-lista n. 14. 38$000, Joan- na Nunes-lista n.11 10 ()(X); Elmi- ra Lima-lista n. 15, 50$000, A:nelia i\lutta -lista n. 10, 38:r.,000; Acbill es Gnma lis– ,ta n. 6, 23 900; M.aria de Lourdes-Jista n. 5, 28$000; Deoda to S il va - lista n. 4, 17$700; Francisco Cetrnno-li sta n. :2, E o filho dos futuros rcvolucio na rios, dos martyres cio dia seguinte, sem no– ção exacta do perigo que co rria, so– nhnndo com~ outro começou, a ca ntar um hyrnno guerreir", cujas notas se iam altean– do na limpidez da manhã, como o canto d 'a– vesinha dourada, que volta pnra a ga iola, , por amor ao clono e/a seg uir para escola - levando nos olhos satl<los(ls as pn ir.agens re– lizes dos li vres céus ún de voou. Quasi ao findnr as ultimas notas, o rui– do duns passo& o faz voltar a cabeça. Ra– pido _como o ar, cerLeiro como umn flexa, alvepram--no com uma pedra , Ferido na fronte, com um fio de rn11gue a lhe co r– rer no rosto de creança, o me11i110 o·irou sobre os calcanhares e cal1 iu nos degraus -do monumento. O sangue e a queda chamou a attenção dos garotos, fez-se um grupo, choveram os commentarios, partiram os gritos de - Morra a nobreza ! Abaixo o throno ! Guer• rn aos poderosos! attrahindn os gendarmes. Forafh avi;,,ar os d'Avrey do que aconte– cera ao filho . Na estupefaci;rw do inesl'erado, ~ão po– deram atinar o que teria acontecido para lhe fe rirem o menino. Caladn ora a sua vida; desconhecidos do5 nobres, educando o filho no respe ito do,, de veres de cidad;w, era -lhes ' impossível formular uma phrnse que res– pondesse nos que v inham. Loucos de dôr, abraça ram- si.! e beija– ram-se, a se conso lar na desventura e a se ' r,ncoraj a1· na Lora decisiva; após, enxugan– _,.ao os olhos humidos, onde começava a se lêr a h istoria das 1·eivindicações, ers-ueram ALMA E CORAÇAO 3 A entrega da primeira cuia de mingáo aos pobres; pela irmã Elmira Lima í$0(J0: Cio.vis S il va-li , ta n. 17, •.•.• 41.f.)0f'O. üffer tas exp,nt11 11eas em, dinh eiro: Ma– ria Costa, 20 ; Albano Lopc~, 15:jj;; Julieta Sá, 5$; Carlos V. Damasceno, 50.p, Acb i- FOLHETIM DO A L M,A E COR AÇÃO POR Nabuco de Azevedo ( ESP!RITO) Narrativas do mundo invisivel Medium - ELMIRA LTMA X X \ '1(1 a cabeça, fortes, unidos e serenos, sabindo com os guardas e populRres em busca do filho adorado. Conduzidos á Concergerie, lá encontra– rnm o pequeno Etiennc, bello e enterne-· cedor na 8Ua figura de creança heroina, fi– gura Que se tornava varonil e magcstosu, augme-ntada pelo scenario bellicoso, que ro , deava taes foctos, naquelle tempo de Terror. O primeiro movimento ao ver seus paes, foi correr para nbraçal-os, no cario ho in– fantil e <'Onfiante dos filhos adorados, o que foi impedido pelos g uardas. - Meu filh o ! g ritou Andréa. -Etienne ! ex.clamou Antonio . E ambos, ~oagidos pela g uarda de gen– darmes, foram forçados a estacar, sem po– dal· soceorrer o innocente rintriota ferido , que lhes estendia os brnçÕs, com a linda mimo Lima, 40$; Um ca rid oso, :i$; mano• nymo, 5$; Um anonymo , 3$:200; Um ano– nymo, 20$, pnr .mão da servente Maria l g nez , 34$, fron te loura e candida a escorrer um fio de sangue. Instauraram um processo aos pae~ de Eti– enne, por educar o rilho nas ideias revolu. cionnrias da época. Dirigiram-,e a casa dos d'Av rey onde deram busca á cata de documentos poli– ticos. Nada foi encontrado, mas os pobres ar– tistas foram reco lhidos á Bastil,ha, a engros– sar a cohorte dos inimigos dos reis covar– des, que, qua es fi g uras de horridos Cains, imag inam que o sol nasceu para dourar os confins dos seus estados, o mar se espraia e se este nde para curvar- se á fimbria doe seus mantos, e a lua desce das purezas do azul para . cingil-os no diadema, real de amphitriões perennes de saturnaes orgias onde o irmão sem brazões é afoo-ado n~ lama das infamias, e aindll vae'O ao cam– po da batalha offerecer a pureza nobre do seu sangue, que e,;padana desconhecido e desprezado, ao serviço da'corôa que, mui– tas vezes, o deshonrou. Emquanto _os paes do menino patriota, foram conduz idos á prisão o pobre Etien– ne cujo crime de leza magestade fora sol– tar a vóz numa canção, no ar livre, nas runs do seu paiz natal, fi cava a cboror, nes– sa hora, tão creança .como o menor dos pe– queninos , exposto á dor do ferimento , do insulto e do abandono. Estava, escripto, porem, que os heróes nascessem para exemplificar os homens : A lembrança das lições cívica!! do seu lar a historia dos g randes vultos dos gigan'tes - cidadãos que elle app1·endera a admiral'• • - 1
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