Alma e Coração 1929 - Anno 12° - Fasc. 8 - Dezembro

ALMA E CORAÇÃO ----- .. --.---- --. -------------- :DOUTRINA DA REINCARNAQAO TRAVÉS DA HISTORIA ANTI– ~A. MODERNA E CONTEMPORa– i.EA. (Con~inuação) C hrístianismo Uma das preoccu pações de J esus ,ra affirmar que não vi era destruir a e i, senão dar-lh e cumprimento. Accc itava Jesus a doutrina da r ein– !aTnaçào e a en inava aos seus di sc i– pul os. Quando pregoavam qu e Elle era Eli as, '.que dev ia vir, interrogava a Pedro: - qE tu quem dize is que e u 50U)) ?... Off. a conf. D. EL:IIlfü\ LIMA. : O amor e a dôr são de uma essencia Di- vina. São dois Deuses : O do alto o amor. O da terra a Dôr. Aquelle é a magestade do silencio de Deus; a dôr a manifestação da Vida. j esus teve por esposa a D9r, deixou um Orplzão por quem deu a vida em sacricificio cruento .:...o Amor. Esse fructo germinou , floresceu no coração piedoso das gerações até nossos dias. Nada mais completo e -melhor no céo e na terra; porque o Amor e a Dôr procedem de Deus, e só n'Elle, póde _descançar, acima de todas as creaturas, porque é a fonte de todo o Bem. MARCOS ARGUELHES. E' verdade que Elias dev ia vir r es- raüo dessa desig ualdade intellectual belecer todas as co.usas, <l i.sé J es us, e n ão se me r es pond e sen ão qu e um mas Elia s já veio e não o conheceram e outro nasceram dos uH~smos pec– e o trataram co rno ente nd eram. · cados. Não ha nis!:'o uma irrist"to '? Então os disc ipulos acreditaram qu e Aquelle que nasc·e se melhante a um era de João Ba ptistagae J es us tratava. bruto não tem r azão em dizer, a ffirma João-o Baptis ta-era Elias r e in- Snnto Agos tinho: «Se eu so u filho do carnado. , peccado o me u irmão o é eg ua lini3n- E e u vos digo em verdade , di sse I Le, nós somo ambos cul pados ou in– e u , não ha e ntre os filho s dos ho- noéen tes, porg_ue a nos a co ndi ção é m11n s, um homem maior que J oão a mesma». ap ti ta, e, qu ereis a ber, e ll c é o Disse muito bem . propr io Eli as que dev ia vir. S e as almas tivessem uma exist e n- Ora, sabemos que J oão Ba ptis ta era eia uni ca, n ada r es pond eria ás des i- 1.i lh u J c Zacha t'ias e Elisabr.th, prima 11:ua ldades do ge nio, da in lelli g-encia; de Mar ia de 'azare th; logo, para ac- g ráos de maldade · fl de amo r que e ce ilar a :1flfrmaçüo de J es us : «João observam entre filh os dos m esmos Bapl. is ta era o proprio Eli as qu e de- paes, nasc idos em condições semcl ban– v ia vi r», temos qu e co ncluir com a ac- tes. e itação da doutrina da r eincarnação , E' prec iso que a a lma Lorne a nas- pe lo proprio Chris to. <.;er, para ver o r eino do cé u, no di- Quando o Jude us dis seram á J e- z0r de J es us . us : «Tu viste a Abrahão e não t en s Torna-se preciso varia r eincar ná · inda cin co enta a nn os? ' çõcs, pa ra a alma adqu irir v irlucles e l{•~ ponJ eu -lhes o' .M estre: <( Em ver - cultura, no campo da s competi ções dadP, em ve rd ade te digo <1u e antes das vidas j) la ne tari as. Só assim se ex– q n" Abra lúo fo se fe ito, . ou l'U. plica Commudo erfilh o d,~ Marco Au- Prgo.ram o Jud eu 0m pedras para relio. lh'O a tirare m , ma J es us t•nco bri11 -sr Os primeiros chri_s lãus criam fort e– e sa hiu do Temp lo (S. J oüo, Cap. m c nle na cloulrina dos varios r enas- V III ; v. 57 e ci9) . cimeutos. Doutrinando sobre a tb eo ria da rc- lJ'ah i o cu es toicismo n o: t ormcn- :Ín<.;al'llaçüo, di s J es us : «Em ve rda- tos das ca ta_c umbas, nos co ly eos, cn– -de, o homem qu e nüo nascer de no vo treg ucs ás féras, na foo ueiras se m- d O . d ºl'f O ' nüo verá o r ino o céo - qu e n as - pre 10 L · cr ente:; á voze iria se]vagem ,ee ela car nç é carne e o q uc nasce dos seu algozes. do ,. pirito é es pírito- r~Lo vo admi- Criam qu' o qu e nasce da ca rn e é reis do q ue vos digo que é n ecessario carne,_ e a carne é a vP te do espírito, nascerd es de novo ». em «dtver as morada da casa elo Pae» , Foi e ta doutrina q11 e, certamen te, conforme lh es ens inava Jes us; a carne d II qu e pen a~· mu ito · ccu los dr po is é ma tcria que sr mod ifi ca, se a s imil– a. Sa nto Ago t111 ho, padre da Eg rrj a la e se desass imilla , se transf'orma cm Romana :-«Se nós nascrmo Lodos cor pos uovo com nova fo rmas e com filho ' do pecrado, 11ós na cemos todos e~1~ rg ias no~a -. E o qne na ce do cs – igua lmen te c u lpado , 11 0 a co ndi ç~to pmlo é cspmlo, es te nao nas de um <levPria pois ·er a me ma (doutrina pae ou de uma. ntü\ Vt' m de De us, e da. Eg rr ja Ro~ana). E co ntin(~a: «Por para Ell c vae, Pm marcha progr siva {jltL', enlão,._dots ge1_n •o , um e dotado a.lravé · d,~ ~t ra~ue , de Plo.pa m ,de um gen 10 s uper10r e o oulro se as - e la pas, hoJe numa Pncarnação d •sgra– semelha a um bruto~ Eu pergunto a : çada por suas proprias c ulpas, amanhã Confederação Espirita "Caminheiros do Bem" -. ----. - Edificio social Bem a nimados vão os «C aminhei– ros do Bem.» na construcção do edi– ficio para s ua sede socia l. Ao appello do pre side nte gera l, já se inscre veram protectores, com o a uxilio· m e nsal d e cinco mil re is, os srs . G e ny Tourinho, Ame li a /i' Motta, _Antonia Nunes, Clo r is Silva, ( Oda lea Nun es, Familia Al buque rque, Bem arda Vera, Antonina Prado, Mari a da Cunha Fe lgueiras. Um ami go fez a generosa offerta de cem mil r e is. Do festival do P alace :I'heatre 1 h ouve um saldo ate hoje, hora d e em nova vida plane taria mais fe liz; ·. agora rudr , ignorante, dP. poi s, illu - t_rado , culto. Tudo por se u proprio esforqo, cum– prindo as l eis immutave is d,e De us, par a ter m P.rito proprio. Na edade ·m edia, muitos Judeu s eram partidarios da doutrina da rein– carnação. Leou de fodina affirma :-«Il a Ju– deus qu e cree111, como Pytagoras, que as almas passam de um co rpo a ou– tro a que chamam Gi lg ul e q uc a poiam a s suas opiniões em pa sag~ ns da e:scriptura e pela ma ior 'parte do cccles iasticos e _de Job, mas es te as– se ntimcnlo não é universal. Não se póde Ler por her eti cos, n em os que dete nd em, n em os que a tacam a dou– trina». \ arios padres ela Eg rcja Cat holi ca Roman a s ns lc nlura rn a doutrina elas vid as s ucce s iva . São J eronymo, n asc id o em 31:6 a f· firma _va qu e a clo _ulrin a da viLla - 'pro– g ress ivas era c ns 111ada, desde os tein– pos ma is a ntigos, como · uma verd adl! eso terica e tr~d\c\oDal, ::i. um peque– no numero de 111iciados . E r ccommen– <lava _el e não se a• li vu lgar. Orige nPs, n asc id o em 13~. con idc– ra va essa doutrina (rein carnação) como a unica ca paz de explicar ce rtos ver os cl_a Biblia P, prin cipalm nte, o an tagom smo profundo qu e ex istia en- tre Jaco b e E aú . · Tratando <las diver as mora.da . da casa elo P ae , notamos nos co rnm en– tarios de Ori g nes :--«O S nhor, fa– zendo all u ào' ás e tacõ s diffcrentes. que as a lma dcv m · cc upo.r de pois que tenham s ido des poj adas do· cor- • pos actuae ;-ó que f'!l a Lhn ele rc ve til' el e novo o uL1·os corpos\>. Continúu AHCHl ill\1O LIMA

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