Alma e Coração 1929 - Anno 12° - Fasc. 8 - Dezembro

4 colo ri das e além com as suas ~stro– phes commove nt es-, e assim va e ella esparg indo as fl o res do se u cons– tante trabalho, tod-c1 ri sonha e fe li z com o seu es pírito de· vi vaz intelli– genci a, re forçand o o valor de seu companhe iro de j o rn adà. Parabens a Arthemira Medeiros Branco , pa stora e·ncoraj ada, reba– nh ando 25 0 almas ca ndida s. Sempre ava nte, lev::rnd o as ovelhas ao re– ga ço do Senhor, juntamente com as suas compaqheiras de mag iste rio. A' Anto nin a Prado, Julieta Sá e out ras tant as ab negadas do t ra balho, pa rab.ens tambem. A ' Ameli a .Motta, no seu misté r de ca r idade e· amôr, idem, idem. Véde cri aturas ami gas, como eu me regosij o com as vossas v icto– ri as; vêde como e u chego atê vós com as minh as v ibrações ami gas. E ainda assim perguntaes: Aonde é a mir. ha ermida?. E' no ,J.Jni ve rso . : . -procura ndo co ra ções ami gos, po rque o meu, temi muitas morada s! Eu proj ec to a minha amizade , no coração reli g ioso do catholico, no co ração fe rvent e do protestant e, no co ração mys tico do hebreu, no co– ração gellido do atheu e fin almente no coração reli g ioso, fe rvoroso e ideali sta do ve rd a-deiro c bri s t ã o, porqu e o me u uni _co idea l, - é a fe . li cidade da humanidade inte ira, fun– did a no amôr do g ra nd e Amô r. . Com fl o res de Paz e Sympath1a sej a ado rnado o qua rt el ~o v~sso prog resso e eu vos deseJO Boa s– Festas irrad indas por Jes us, bem como 'uma qua d ra prospera e feliz, no prox'in10 anno. Bele rn , 1 de dcze rnbro de 1929 . I DA MEDI 1 A. Cravador desde a ado lescenc ia, A11to– nio d'Avrey , pae de El ienne, era encarre– gad o <.l c grande nu mero de legendas lau– dalorias no sopedaneo de es tat uas, de t ítulos, nome e datas hist0r icas nas der– mas e 1,os obeliscos publicas. Ao co ntacto diar io desses nomes , se u espírito desejou conhecer a hi sto ri a dos se u fe ilos para bem julga r do mereci– mento de carl a um . E dah i na ceu o amor ao es tudo na alma do mode Lo grnvador, que odqui . r ia li v1·0- pa1·a e in Lrn ir nas horas de desca n o. Sua espo a, 111ãe de Etienne, edu cada nu m co llegio de orpliã , linli a noções de pinlul'a, e era, ao lad o do e_poso, o me igo anjo do la~', que o manL111ha em asse io na cra rrcd1 e dun s pa1ne1 fres– co• e' nos ~1o lhos de fl ore- fabri cados por suas mãos ll abeis. Ambos se entenderam alravez das multi dões e cam inhando um para o ou– tro , na si nge leza dos hones tos e dos _di – ç., nos, deram-se as mãos, pobres, sun- ALMA E CORAÇAO ~~ganfür cro JJ®~M~ 111(1: ' " t llt Ultll llUt '"" ,1111 l lH11P 11\fllll ti' 1 11•1111111 •• IIU l 'T'lt r11111111111t11m!t l l l JM•t l 'llll , lll tllll llllllilll Ullh ll/1,11 1 11 t/U IIIUIW{llltlllolltlllllllll,l lllllltl IIWIWUIIJlll l!Ullllll lOII IIUH .J esus nos elevou alé Deus : fizemos baixar a Deus ·até nós . Vestimol-o de toda s as paixões, de tod as as ambi ções; de nossos vicios e de nossos crim l's. A cl emencia humana occupou o Jo– gar da ~abedoria divina: e a crnz, ins– trumento de suppli cio e redempção, ao pé da qual não devia haver se não arrependimentos e virtud es , aprese n– ta-se-nos rod eada.uni camente de vi– ctimas e verdugos . A lenda envolveu a eclosão do es– pirita sublime de J esl!s, n' um extenso véu de mara vilhas , talvez para vedar as verd ades psychi cas áqu elles qu e não podiam comprehenâ el-o. Aquelle symbolo de pureza, J e cas– tiJade, alravéz de lagrimas e offri'.. men tos, guardava no escrini o de seu coração as joias raras de sua pi edade, el e sua doçura, el e sua fo rça incl oma– vel para o• soffrimento, atteslando a justi ça el a ca usa sagrada, quand o p~e– gava sa tu ra J o el e amor e el e sa becl on a. { Crede, amae, t ra balhae, e· qu e a esperança sr,ja a alma el as vossas ac- 1 çõcs . Di zia o espírito divino de Jesus : Ha para além d'cs ta tC'rra cm que viv0mos, um mundo de almas, uma vida mais p rfe ita. . Eu sei di sso,-porque de lá venho, e para lá vos conduzire i. E fa llando sobre o poder marav i– lh oso el a humildade, el a compaixão qu e el evemos ter uns para com os ou– tros, cn in ava : Di go a vó que m_e ouvi s : Amae ao vossos · ini migos , fazei b.. m n qu em vos fe re, dizei bem cios qu e vos ca lumni :im. \ pi es e hu mil des, parn se am para rem, mutuamente, no desdobrar da vida. Aos vinte annos de idade Andréa era· 111ãe du m' louro anj inho, ab qual puze– ram o nome de Et ienne Augusto. Os annos foram corre ndo e os cora– ções santamente unidos de An t.o nio e Andreza, se nt iam-se dil atar de alegria ao ver o desa boloar dos nobres senti– mentos do f11 ho, cujas qualidades in– vu lga res lem bravam aquell es nomes im– mo1·tacs dos vultos da leg nda , cuja hislol' ia irnmorredoura ell es leram tan– tas Yeze · aos erões. Na Esco la, o rapaz inho es tudante era o primeiro das au la ; conhecendo a ca– turr ice de id eias re trogadas ào mrs tre, bebia ali OE co nhecimentos dum curso de lettras que pretendi a ampli ar mais tarde, deix an~o, po rém, de parte as 1de1as do prole so r, por es trn itas e ta– canha ao eu e piri to evoluído e edu– cado no ca lor palri oti co do lar paterno . O. mes tre, qu e não podia adivinhar debaixo daquell a blu sa de filho de ope- Sois filh os de Deus; sêde, pois, mi– seri cordi osos como Elle, quc ama P, proteje a lé o qu e lhe são ingra tos e má us. , O mais importante qu e pod emos adquirir é o conh ecimento dos ensi– nos de J esus, recebendo-os em nossos corações. Cada um dos milagres operados por Elle, encerra uma li cção para nós, es– ses milagres nos mos tram qu e Deus póde dominar os elementos e usal-os em benefi cio de eus filh os e de sua obra, se como fi eis se.rvos seguirmos os precr iLos de sua lei de Justi ça, Amor e PerMto. J esus é a font e do Eterno consolo; dá a confiança e a coragem, transfor– ma uma noite d,i tri steza n' uma al– vorada de aleg ri as. Scmeicmos as semente de sua pala– vra, e offertemos os fru clQs de sua vinh a aos corações escravos da pai– xões e, o pas tor do [ ni vcrso as mul– tipli cará. em bençãos sobre o seus plan tado rcs . «Elle di sse-Bern aventurado os qu e t rabalba rem pelo meu reino a té que Eu venha, porqu e hão de reinar com· mi go no Heino d0 meu P ae. Segtiir a J esn , é a trajectoria da vida terrena, caminh ar humild f' , bran– do e res ignado, di stribuir o pfto bran– . co da caridade, grãos de bond ade que cáem J a cesta do ceifadores da vida sobre o rebanho q'uc Ellc deixou. Ellc tra nsfor mou cm ilexas de luz, os proprios es pinho da sua dor ; seu na cimen to teve por obj eclivo alva r o re~anh? _d e Israe l. Bemdita. sejas tu, noite dtv1na que encheste as consc i– eneias de luz, e de perta te as almas nos turnufos com o nascimento de J csu . MARCOS ARGUELHES !'ario as pu_lsações daquell e coração de J~ve~, considerava-o o primeiro dos seus d1sc1pul os pelo res peito que lhe teste– munl~ava em todas as suas att itudes; respeito que lhe custava o sacrifk io das repressões continuas aos seus sen timen– tos, para não desgoslar ao ve lho mes tre e não da r máus exempl os aos condi scí– pul os. Co nhecendo os1uü ecedentes do nosso he_róe, vo ltemos aq uella to1:a em que o deixamos no meio da praça de \'and ô– me, chapéu na mão, li vros sobraçados na ac:o la ao lado ·qu el'do , a contem– pla r so1Tid enLe o g lorioso obeli co. Co rno era bello o !'Oslo ado lesce nte, a fai ca r os olhos lum inosos, a ro ada bo ca enlrea berta a pirando a pl enos pulmões o ar bal ami co da manhã, a parece r qu e ia oltar o g-rilo fe rvente do seu enthu ia mo guardado no fundo do peito juvenil° : Viva a França ! Viva a Liberdade ! Conli nú~

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