Alma e Coração 1929 - Anno 12° - Fasc. 8 - Dezembro
Asstgnatura annual 10$000 Orgam tle propaganda· espirita CircÚlação mensal Aln1a e .Coração ALMA , principi o immortal que se el eva até De us e cuj a elevação dev e ser a nossa uni ca preocupação. Expediente T od a a cor_respondencia para es te jorna l d_eve ~e r e n viad a pa r a a r edacto ra-secre ta– rrn, ca 1xa postal 168e travessa Apinagés, 10. o M e s s ias A desolação das dores affligia o coração humano. . A desesperança regelava o seio dos infelizes. Os velhos gemiam baixinho a tor- / tura das desillusões. Os moços tripudiavam sobre os frangalhos da crença moribunda. As mulheres, fracas e lacrimosas suspendi am nos braços o tenro filh~ das suas entranhas, como num hos• l tiario de amor suspende-se a offerta do sacrifi cio. Os peitos seccos e es– fomeados não podiam nutrir o peque– no _ soffredor, e o grito materno de a~ctedad~ e desespero, offerecia aos ceus a vida do filho innocente, teme– roso das dores do futuro . . . A riqueza dos argentarios, os the– souros dos _poderosos só chegavam para as org~as dos gozos impudicos, para as vaidades dos prazeres lou– cos . .. O sorri so do pobre murchava, an– tes de nascer de todo, nos labios des– botados . . . ANNO XIl 0 - NUM. º 8 Pará-Belern - DEZEMBRO -de 1929 Oireclor espirilual- AlYARO (Espirita) 1 fecundo da terra dolorosa, uns pasto– res humildes foram ac0rdadas pelas vozes celinas dos anjos divinaes; e suspendendo as cabeças humidas do orvalho que beij ava as campinas onde dormiam. fitaram, pasmos e radiantes de ventura, o manto estrellado dos céus formosos, indagando: -Que será ? ! .. . A mais Hnda das Estrellas a faiscar raios de ouro sobre uma gruta onde dormem os animaes ? E o écho magestoso dos hymnos angelicos, enchia, céus e terra da nova alv içareira: - <Glori a a Deus nas alturas e paz– na Terra aos homens de bôa von– tade! l) O grupo singelo dos pobres pegu– reiros, repeti a o cantico celeste - Nas– ceu o Messi as, o nosso Redemptor ! Cheios de santa uncção reli giosa, olhos pousados na . luz guiadora, o bando pastoril foi ajoelhar contricto ehumilde aos pés da mangedoura onde se achava deitado sobre pobres pa– lhas, i:nais humilde do que elles, o corpo infante, roseo, delicado e lindo do naza reno Jesus. Era_vindo o Messi as- a Esperança do n:irsero, a Esperança do nú, do seqmoso. do esfomeado! A Esperança da lagrima que rola– va, a se embeber estanque no sorriso consol ado . . . O cl amor dos opprimidos se ele– vava e crescia, attingindo o throno da Justiça suprema. Urna u n i c a esperança luci lava, corno um santelrno sobre as ondas cavadas, movediças, tetricas e apo– vorantes do mar negro da Vida-Era a Estrella da manhã no céu pesado do futuro- O Messias. . Era vi~do ? Messias! Jesus !- o Ly– no dos Jardins de Deus- Era a flor . mages~osa de belleza e encanto a espargir_no coração da terra O aroma pulchernmo das virtudes do Eterno! L EOPOLDO R IBEIRO (Esp). A voz dos prophetas annunciára,– de quebrada, em quebrada de monte em monte, de colina em coli na, de povo em povo, resoando como cla– rin s de promessas celesti aes, desde os dias idos dum passado longínquo até , aquelles ternpos,-a vinda do Messi as Divino. A anciedade dos espíritos era in– tensa, esperando o cumprirnentq da promessa do Senhor. A' 25 de Dezembro, quando a noite .enchia de aromas campestres o seio Med-ELMrnA Rrnemo L1MA. O Congresso do Estado e os «Caminheiros do Bem)) _A nd_a de parabens a Confedera~ão Espirita «Ca– m111he1ros do Bem» com a resol ucào do Con– gresso Le..ai~l~tivo do 1 Estado do Parã, consideran– do-a de uuhda?e Publica, com todas as vanta– gens desse pred1camento. Os yabal~o.s da Confe t ração no espalhe da doutrma cspmta, dentro os moldes da sua subli– me philosophia, sem n sticismo, abrangendo um campo largo de amor' iostrucçâo public.1, de ca- CORAÇÃO , pa rte mate rial do cor~ po no qua l coll ocamos a séde do amor" e do soffrimento , caminhos maximos para a elevação da a lma. Alfredo Sandoval (Esp.)- Fundador - FRANCISCO DE P. MENEZES De se ncarnado em 19 26 Director - A.rchimimo P . Lima . Red actora-secre tari a - E/mira R . Lima. O Natal do Messias A' Alma Cbristã. Dormia a noite, calma, brandamente, entre coxins de luz, quando as vozes do ceu, lyricamente, annunciavam - j esus I Era nado o Messias - Redemptor. E a Terra, de subi/o, acordada do impudico torpor, fita os céus, num susto, deslumbrada, deslumbrada de Amor/... Além, no Alto, a scintilar, fulg ia, a estrella annunciante; de magos e pastores, noite e dia, a caravana errante olhos nos céus, a caminh~r seg uia.. . Ao chegarem 11a g ruta, ali paravam em frente â pobre e velha n;a, 7 gedoura; e sem saber porque... ajoelhavam perante uma creança rosea e loura ... Era tal a sublime maf{estade que a fronte do menino circwndava dlr-se-ia que a estrella que brilhava' era Elle a fulgir na immensidade!...' E de joelhos, simples , adoravam como Deus, como Rei - o Salvador. deslumbrados da Luz, se deslumbravam ' deslumbrados de Amor J ' ELMIRA LIMA . ridade aos desp~otegid os da fortuna, tem desper– tado a sympath1,, de todas as camadas sociaes . O anno p:mado fo i o Poder Legislativo Muni– cipal que tra tou do assumpto, votando uma lei que tomou o numero 1.567 de 23 de julho dt! 1928, com a sancção do dr. Intendente, ampa– rando a escola «Caminheiros do Bem». Este :111no é o Congresso Legislativo do Estado com o seu projecto numero 86, convertido cm lei numero 2.835, pelo Governador do Estado, reconhecen– do de Util idade Publ ica a Confederaçfo, isentan– do-a de impostos e dando-lhe todas as vantagens prerogativ:is e direitos desse predicamen to . .' E' a victoria da causa espiri ta e'.::~ terras para• eoses, ou melhor, é o testemu nho da cultura dos nossos homens de governo. No Couselho Municipal não ha um unico es– pirita; no Congre so do Estado, somente no Se– nado existem deis que se têm revelado estudio– sos- d;1 _sc!encia e da philosophia espirita, o emi– nente Jurista, _dr, . Amn o!1::is de Figut>iredo, e 0 coronel Apollmano l\Iore1ra, este tendo já occu– pado cargos de destaque nas associações que adop tam essa doutrina, codific:ida por Allan-Kard : t?~os os _outro_s militam nos arraiaes do cathc, hc1smo, mclus1vé s. exc., o M. D. Governa d o– do Estado, dr. Eu1 ico alie . or
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