Alma e Coração 1929 - Anno 12° - num°. 7 - Novembro
O edificio dos «Caminhei– ros do Bem» Appello ás almas generosas Tudo é possível áquelle que crê- Jesus. O mais nobre estimtilante da acti– vidade humana é a Fé, Tudo o que se tem produzido de mtlhor, dt mais uti-1, de grande e elevado é obra da Fé. Só a Fé impele para a frente, des– prezando sacnficios, no proposito da realisação das grandes obras. Nós temos Fé, confiamos em Deus, por isso estamos seguros da nossa victoria. Desejamos construir o edi– ficio dos «Caminheiros do Bem» e elle se erguerá para abrigo das cri– anças pobres, amparo dos desvalidos d!i sorte, dos infelizes dcsherdados das :.ilegrias dos lart> s fartos. As trinta e quatro professoras,almas de mo1,-as que, num rasgo sublime de amôr, ministram gratuimente o en– sino a duzentas e cincnenta creanças da escola «Caminheiros do Bem», fornecendo livrus, utensílios escola– res e roupas, etc., ás n;ais pobres, terão rt>alizados os SPUS lindos so– nhos, os de abrigar em tecto pro– prio a infancia desvalida. A ~ecção de cMidade, generosa– mente amparada pelo louvado co:n– mercio desta capital, que ver..! men– salmente enxagando lagrimas e aque- Alma r Co1·atêio e-======= cendo lares, de mais de cem p0bres, terá o seu salão do dispensario Fran– cisco de As~is. O gabinete mer.liunico, gahi ntte dentaria, pharmacía homeopathíca, tudo gratuito; bib'iotheca, salão p:ira reun :ões publicas, tud u isto será ohra da Fé. Os «Caminhf-'iros do Rem» já se tornaram d ignos do .1pn ço de todas as camadas soci':ies, do ric'l como· do pobre e as mais altas auctorídàd es do Estado. co.110 do municip io, lhes têm dispensado o mais generoso a– colhim ~nto. E nós caminhamos impertubavei!,, na serenidade da nossa ·confiança, certos rle que se remos ajudados na execução da nossa obra. O edificío dos <cCa'11inheíros do Bem» s e erguerá breve. De toda parte nos virá o auxilio gen e roso . Archimcd es propoz-se leYanta r o n:undo se lbe d -: ssem um ponto de apoio. O nQsso pünto de apoio é a fortaleza da nossa Fé. Já ternos um esplendido t !rreno, para cuja posse ss. excs. os srs. drs. Eutico Valle e Hel.iodoro de Brito, dignos gover:1adores do Estado e do Mu:1icipio, abriram mão do imposto de transmissão de propriedade. Vibremos num ry thmo harmonioso , tendo em vista a sublime phras e dé Jesus: «Tudo é possível áquéll e que crê> e, num encantamento magn fi- co o caminho da r ealisação nos se- ' rá abe rto. De ricos e de pobr~s, attendf r.do ao nosso appello receberemos o con– curso val:oso. Na sédé actual dos «Caminheiros", avenida Padre Euty– chio, 98, estaremos todas ás ta_rdes á disposição dos que nos . quL"iram amparar. A caixa do co rreio tem o nume ro 168. A todos os que no3 tê :n auxiliado no desempenho da tarefa santa de ed ucação e de amór, oftc recemos o penhor do nosso -mais elevado reco– nheci1nento. A RCHIMIMO L il\1-\ Presid ente geral --------·------ Vianna ele C;irvalho •-•~•-•·• • • •·•·•:•·•·•·•·•·•:.e·•·•·• •·• •·•••·•·• •-•·•·• •·• •·•·•v •-«•-•:•=•-•».:.• •-• • •=--• •••••••••• 13 DE OUTUBRO Admiradores de votados do espírito que e 111 vida se chamou Vianna d e Carvalho - o phalangiario valente e devotado . cujo talento era o diamante estellar na constellação espirita, lem– bramos o seu nome com o carinho de amigos , no dia T3 de Outubro em que se completam trez annos que de– sencarnou. Espírito combatívista, alma leal e franca, sofíreu do mundo as injusti– ças, e ao mundo ingrato, elle deixou iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii____________________________iiiiiíiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiio-------=2=!!= Eu vou me expatriar; e o ~ en ino Amadeu de Va lerine, será lev.1 rlo á França, onde: o des tino 11::is ccnduz. Nuncn mais me vereis. Adeus 1 * * F.m cnminho da França, segnc 1·11111 0 de Marselha um gracios.J navio velit>iro. . A' am11rada, junt.os e tristes , Arl11u– r10 e Ledice deixam vnguei::.r o pen– samento, procurar.do esquecer o cas– tello_. E n11m mixto de esperança e an– g11slin, levantam o olhar das onrl :.H, que~ulas que o luar pratoin, e fitam a vasl1rlí\o cerulca a indngar de Deus ns dores do luluro ... De rnno ; dadas, nnsiando o silencio da_ sol_idno de outr'orn, nos parques ? Jardins umbrosr1s do antigo lal', os .1.o~ens e,posos nrchileclam um amanhã tehz, (>Jll tiue, suhtrahindo o filho ao juio do mnl, pela edncação, façam dei– IP 11m futu, o homem de b ' lll. Ti11l1a A11rndeu 8 11nnoc.;. InesperarlamPnte, surge no convez o pequeno Aruadcu, que burlára a vígi– lancia do aio, n traquinar aqui fóra. Sem que se pu<le!-se prever, o lraves– so e lurhulcnlo rnpazinho sóbe á amu– rada P, nllruhido pe lo abysmo, rnja-!"P no mar. Altos desi~nios de Deus, sopremos e subidos ctccrclos do Toclú Pock1•r,::io. En1 necessario nrTnncnr v espiri lo do castellào das cercan ias da alcleia, onde imperou, encn rn,1 ções e encarnações. Vngueinndo no mar, alé que o se u pro- 1(.>tlor o levasse á nova enca rn :,ção. o esp irilo rle Ama deu, sustido e co n– forlart0 por seu anjo da gna rda, a quem até e!:.sa !,ora nunca ourira, deixou li – berto, e para scmpr(>, a a lrna boa dr .\rlhurio, que a dôr p11rifi cn va ... Cousa inexplicavel, aos que não ro– nl1 cccm o myslcrio dos rennscimcnlus: A mor te do fill10, causo11 1n ais assom– bro q11e dor, no cornção tios se us pacs. Um i;o::10 q11e á! livio lhes ret, ige ra1•a as al111:1s ... Sen li a rn q11e lhes ti– , h1 sido arra11cado um p t'ZO ele sobre o peito, <', irr ro nscienlemen lr, qua -e :igrad ec-iam a Deus n morte do filhn. J\ssirn, por mais amoroso que fosse i:Hlhurio, rnlo teria de ter no se u seio o ns ussino dú S l'll artorndo pacirinho, o cura. A sua dôr, adoçada pela lembra nça do hom v0lh inho, diluin se num .,en li – menlo de snudacle resignada e doce. Nem imaginav :1rn clles que o e.spiriln luminoso do Guia de rlhurio, pralea·– va as espumas rio mal' á snas vista~, mais ainda ,1ue os osc·ulos mornos d.1 lun pr.,lea<la e lindn ... Assim, o espirito do 1·eil,inho rura, ra lianle de b~ll(.>7.,1 e p:17. unido para se1npre á luz nzul - Ye:rde - t' -1n cr~ lda, que fôra sua esposa qua n1lo sacerdote do Egy11to. acomµnnhnra o jo\'em con· Lle de Vulerine, recclicndo da brilhante rs lrella protectora, como :recebia Ar- lh urio, :i mor, esperança e fé. · E poi.,, ahe11çoados do céu, cumpri– da a missilo do resgate pelo perdl\1> do nmo1· pnlcrno, enlregue,; á l't'nl11ra do seu atfoclo puro, sa11liíicaclo, e sem sombras de c_ri111e, o j0vem par seg t1ia ru1110 d11 futuro, ernb:ilarlo pela musi– ca rio ma ranlante e atlorado ele onilinas mansas, qne lh e dolenlavaill as almas, preparanrto ns para as missões gra 11diosas do a111anliã .. * "' * Encarnuçilo de reµouso pc·di1la ao Senhor rios céus, afim de se tomarem de co ragrm para alcan\·nt· no \'ê10 cxlrc- 1110 da Hesurrt·içilo fi1ial a plena Luz, ,\rlhuri o e LNlice eram p.:rnpsdos á Dôr, nei xando cxpnndir a,; suas alrnns nas doçuras do lar, 110 Am<k sublirnisa– do da !amilia, reunin ,io todos os seres que, idos dl'l~nixo do mesmo teclo, res - 1: irnndo o mcsr,10 a1·, no carinho conti– nuo dos fcliz.rs que sabem amar. Conlinúa lll'O'r.A.-Por um descuido de oattinação, no nosso numero transato, houve a transoosiçáo de 2 linha$ qu,e o leitor facilmente corrigir(!,
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